Os primeiros 45 minutos no Maracanã indicavam que seria mais um jogo onde o São Paulo ia se impor, mas, diante de um Fluminense organizado, bem treinado e coordenado em seus movimentos, os defeitos do modelo de jogo do time paulista já escancarados no decorrer de 2014 voltaram à tona.
Ambas as equipes estavam postadas no sistema tático de 4-2-3-1, porém, a execução do esquema tático era diferente.
O Fluminense abdicava de ter a posse de bola, e, alternava a altura dos blocos na marcação, ora marcando avançado, ora marcando da intermediário para baixo, com todos contribuindo, ocupando os espaços na transição defensiva, buscando com a bola acelerar pelos flancos em profundidade, assim como o São Paulo, com movimentação e intensidade, e transição rápida pelos flancos.
O primeiro tempo terminou por 2 a 1, logo após a falha de Rogério Ceni e o jogo de corpo de Walter sobre Reinaldo que empatou o placar por 1 a 1, e a virada na jogada do gol do São Paulo, no cruzamento para Pato entrar em diagonal e virar de cabeça.
Mas a verdadeira virada viria no segundo tempo. O São Paulo recuou, ficou desatento, e não mostrou reação, tampouco vontade e criação para chutar a gol. O Fluminense se manteve fiel a sua proposta, marcando, fechando, ocupando espaços e aproveitando os espaços generosos cedidos pela desatenção paulista, e aproveitando também a fragilidade defensiva dos laterais que acabavam expondo os zagueiros tricolores.
Resultado justo para o time mais organizado, treinado e coordenado. O Fluminense de Cristóvão Borges é forte, e vai brigar pelo título brasileiro.
Por Diogo R. Martins (@diogorm013)