Schalke 04 e Real Madrid se enfrentaram na Alemanha pelas oitavas de
final da Champions League. Como esperado, o time espanhol não teve dificuldades
em fazer o resultado fora de casa e decidir em seu estádio com tranquilidade.
No plano tático, o time alemão veio no habitual 4-2-3-1 que tentou marcar em
duas linhas sem a bola. Já o Real veio no 4-3-3 que Ancelotti achou durante a
montagem da equipe, com Di María e Modric alimentando o ataque letal formado
por Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo.
O Schalke começou bem e mostrava
vontade de atacar, mas o gol de Benzema, logo no início, esfriou o ímpeto do
time alemão. O Real fez dois gols na primeira etapa (Benzema e Bale) através da
pressão alta, mas o time de Ancelotti não tem um tipo de marcação definido.
Sabe fechar em seu campo para propiciar o contragolpe em velocidade e também
faz a pressão alta quando lhe convém. Parece que a trinca de volantes, que
marca e sai para o ataque, organizou o meio merengue.
Ofensivamente, o Real tem
versatilidade em boas proporções. Na transição defensiva, Bale ajuda a
equilibrar o meio e Ronaldo fica como segundo atacante esperando a bola. Já na
transição ofensiva, o galês abre como ponteiro, Di María encosta com Marcelo e
Cristiano Ronaldo vai para a área auxiliar Benzema como um centroavante. É
nítida a evolução coletiva do time merengue, que começa conciliar com
precisão qualidade técnica com segurança.
No
segundo tempo, tivemos um massacre. Com dois de Ronaldo, mais um de Bale e
outro de Benzema, o Madrid fez seis gols e selou sua classificação para as
quartas. Huntellar fez um golaço de honra, mas não tirou nem um pouco do brilho
da atuação de gala do adversário. Só o trio Ronaldo, Bale e Benzema possuí 70
gols na temporada. O time alemão inteiro possuí apenas 58. Mas, não foi só a
disparidade técnica que decidiu o duelo de hoje. A evolução tática e coletiva
do Real começa a ser uma preocupação mais séria para Bayern e Barcelona.
Abraço!
Por Victor Oliveira (@vlamhaaoliveira)