terça-feira, 26 de agosto de 2014

Os 10 maiores times do Palmeiras

Para comemorar o aniversário de 100 anos da Sociedade Esportiva Palmeiras, a Prancheta Tática buscou 10 dos maiores times de toda história alviverde. As escolhas foram difíceis, mas esperamos que esteja no mesmo nível do que todo passado palestrino. Palmeirenses e não-palmeirenses, vocês estão convidados a conhecer um pouco mais da história do mais recente clube brasileiro centenário. Confira:

Palmeiras tri-campeão paulista de 1932/33/34
De 1932 a 1934, o Palmeiras venceu três Campeonatos Paulistas seguidos e um torneio Rio-São Paulo. Na época, o esquema tático da “moda” era o 2-3-5 piramidal (esquema ofensivo, mas mais equilibrado do que o 1-1-8 que estava entrando em desuso na época), e no Palmeiras não poderia ser diferente. Através desta forma de jogar que, na época, o Palestra Itália encantou o futebol brasileiro e que fez duas das maiores goleadas em cima de dois rivais históricos do clube: Palestra Itália 8 x 0 Santos, em 1932, e Palestra Itália 8 x 0 Corinthians, em 1933.

Através deste 2-3-5 piramidal (perceba que a distribuição do time forma uma pirâmide), o Palestra Itália goleou por 8 x 0 o Corinthians e de que o filme brasileiro “O Casamento de Romeu e Julieta” tem como jogo de fundo da história. Imparato, que apareceu no filme, fez três gols nesta partida.

“O Palestra morre invicto e o Palmeiras nasce campeão” (1942)
Em 1942, devido a Segunda Mundial, o Palestra Itália foi obrigado a mudar de nome. No dia 18 de setembro de 1942, dirigentes palestrinos decidiram que a cor vermelha não iria mais integrar as cores do clube e de que a palavra “Palestra” também não seria mais usada. Graças ao conselheiro Mário Minervino, o nome “Sociedade Esportiva Palmeiras” foi o escolhido.

Dois dias depois, o time titular do, agora, Palmeiras entrara para o seu primeiro jogo carregando a bandeira do Brasil. Esta ação fez a maioria dos torcedores presentes, no Pacaembú, aplaudirem a equipe palmeirense de pé e, assim, iniciou a vitória do título paulista de 1942 para a Sociedade Esportiva Palmeiras.

Já no WM (esquema que apareceu após a mudança da regra do impedimento, em 1925), o Palmeiras venceu o São Paulo por 3 x 0, consagrou campeão paulista em 1942 e manteve a mesma base tática no título paulista de 1944. Pelo desenho acima, percebe-se como as letras WM eram formadas e por isso, este era o nome do esquema tático.

Palmeiras campeão da Copa Rio de 51
Para os palestrinos da época, a Copa-Rio foi um título mundial para a história do Palmeiras. Tanto que, recentemente, a FIFA o considerou como tal. Discussão a parte, o time do Palmeiras de 1951 venceu o Olympique de Marseille, Juventus e Vasco (time base da Seleção Brasileira de 1950). Sim, na final, o Alviverde Imponente empatou por 2 x 2 contra a Juventus, mas o título foi para o Palmeiras, devido ao regulamento do torneio.

Na Copa Rio, Palmeiras jogava no WM e destaque para Jair da Rosa Pinto, um dos maiores meia da história do clube até então. Disputou 5 das 6 partidas pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1950.

A Primeira Academia 
De 1963 a 1967, o Palmeiras encantou o Brasil. O único time que batia de frente no Santos de Pelé, conquistando dois Campeonatos Paulistas, um Torneio Rio-São Paulo, uma Taça Brasil e um torneio Roberto Gomes Barbosa. O estilo de jogo da Primeira Academia era de através do jogo cadenciado, toque de bola refinado e com ataque envolvente. Ou seja, no mesmo ritmo e  modo no qual o futuro maior jogador do Palmeiras estava iniciando a jogar no clube. Ademir da Guia regia toda orquestra palestrina.

No papel da imprensa da época, o Palmeiras jogava no 4-2-4. Porém o sistema defensivo se comportava no 4-3-3, com Servílio recuando até quase alinhar a Ademir da Guia no meio-de-campo.

A Segunda Academia
Com desgaste natural da Primeira Academia, em 1968, o Palmeiras passou a se reestruturar para voltar a vencer. Em 1969, o clube venceria o seu segundo Robertão, mas somente a partir de 1972, que o Alviverde Imponente voltaria a encantar o Brasil. De 1972 a 1976, o clube venceu três Campeonatos Paulistas e dois Campeonatos Brasileiros. Era a Segunda Academia palestrina em ação!

Já a Segunda Academia atuou no legítimo 4-2-4: Ademir da Guia era o meia armador, Leivinha como ponta-de-lança e Edu e Nei como pontas.

O início da Era Parmalat
A Era Parmalat no Palmeiras iniciara em 1992, mas começou a dar os frutos somente em 1993. Depois de 19 anos sem um título sequer, o Alviverde Imponente voltou a ser campeão, no dia 12 de junho de 1993. Após este título paulista e nos anos de 1993 e 1994, o Palmeiras venceu um Campeonato Paulista, um Torneio Rio-São Paulo e dois Campeonatos Brasileiros. Nesta época, Vanderlei Luxemburgo deu as suas primeiras orientações no CT da Barra Funda.

No papel, o trio “EEE” formava um trio de atacantes, porém, em campo, Evair recuava para armas as jogadas ofensivas junto com Zinho. O 4-3-1-2 era o esquema camuflado utilizado.

O ataque dos 100 gols
Em 1995, Vanderlei Luxemburgo voltara para o Palmeiras para iniciar o ataque dos 100 gols no ano seguinte. Em 1996, o Palmeiras, em 30 jogos do Campeonato Paulista, fez 102 gols. Tendo, assim, uma incrível média de 3,4 gols por partida! Teoricamente, o quarteto ofensivo formado por Rivaldo, Muller, Djalminha e Luizão era sustentado por Cafú, Sandro, Cléber, Júnior e dois volantes que sequer passavam a linha do meio do campo: Amaral e Galeano. Já na prática, foi um pouco diferente.

No ataque dos 100, Rivaldo voltava compondo o trio do meio-de-campo com Galeano e Amaral. Com este recuo, o camisa 11 partia de frente para a defesa adversária e se movimentava por onde Muller abria espaço.

A América é verde
O auge da Era Parmalat aconteceu em 1999. Para chegar até o apogeu, a multinacional contratou Luiz Felipe Scolari, no 2° semestre de 1997. O vice-campeonato Brasileiro daquele ano já demonstrava sinais dos bons tempos que iriam surgir no clube. De 1998 a 2000, o Palmeiras conquistou uma Copa dos Campeões, uma Mercosul, um Torneio Rio-São Paulo, uma Copa do Brasil e, por fim, uma Taça Libertadores da América.

O 4-3-1-2 do título da Libertadores: o time todo se movimentava para que os cruzamentos na área acontecesse, pois Rogério e Zinho freqüentemente formavam dupla no lado do campo com Arce e Júnior, respectivamente.

Um passo para trás para dar dois para frente
A queda em 2002 fez o Palmeiras voltar mais forte nos três próximos anos. Em 2004, 2005 e 2006 e com a base formada durante a Série B de 2003, o Alviverde Imponente classificou três vezes seguidas para a Taça Libertadores da América, feito que não voltou a acontecer desde então. O ano de 2003 não foi dos melhores para nenhum palmeirense, mas serviu para o clube dar um passo para trás para dar dois para frente de 2004 a 2006.

Em 2003, no papel era 4-1-3-2, mas na prática Marcinho Guerreiro recuava até os dois zagueiros para que Baiano, Lúcio, Magrão e Diego Souza formassem o fatal contra-ataque tão característicos daquela campanha na Segunda Divisão. Os, então, jovens Edmilson e Vágner Love fizeram a diferença na finalização dos contra-golpes alviverdes.

Depois de 8 anos, um título de Série A
Desde o título da Copa dos Campeões de 2000, o Palmeiras não conquistava um título de Série A. Em 2008, Vanderlei Luxemburgo fez o clube sair de outra fila. Em 2008 e com a parceria da Traffic, o Alviverde Imponente formara outro elenco cheio de estrelas da época: Henrique, Diego Souza, Valdivia, Kléber Gladiador e Alex Mineiro. Estes jogadores, junto com o time organizado no 4-3-1-2 que Luxemburgo havia montado, conquistaram o Campeonato Paulista de 2008.

O 4-3-1-2 do Palmeiras campeão paulista de 2008. A partir deste time, o clube se baseou para formar o time da boa campanha do Campeonato Brasileiro de 2009. Marcos, Pierre e Diego Souza formaram a base da equipe até o ano seguinte.

Por Caio Gondo (@CaioGondo)