A Seleção
Brasileira, diante de um adversário frágil, conseguiu facilmente uma goleada em
sua última partida antes da Copa do Mundo. O Soccer City recebeu público
modesto para o duelo que serviu para Felipão reiterar determinações e também
fazer testes pontuais na equipe brasileira. No plano tático, o treinador
brasileiro não ficou preso ao 4-2-3-1 e modificou constantemente a forma do
time jogar no ataque. Já a África do Sul veio em um 4-4-2 britânico que
alternava para o 4-2-3-1 com a movimentação de Rantie.
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África do Sul no 4-4-2 inglês que alternava para o 4-2-3-1
com o posicionamento de Rantie e o Brasil no 4-2-3-1 com Neymar mais livre na
transição defensiva. Fernandinho ficou preso como primeiro volante à frente da
zaga enquanto Paulinho circulava e ajudava na armação das jogadas. Para cobrir
Neymar, como ,
Oscar voltava e compunha o meio. Jogando pelo lado ou centro, pertence a ele a
função de ocupar os espaços deixados por Neymar na transição defensiva.
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Brasil atacando com seis homens, assim como na Copa das
Confederações. Percebam quatro homens contra a linha defensiva da África para
proporcionar o mano a mano e a chegada de Paulinho com um dos laterais, no caso
Rafinha. A demonstrada estratégia de ataque com certeza será vista com
freqüência na Copa do Mundo.
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Aos 20’, Felipão mudou a forma de jogar, como de costume.
Nessa variação, Neymar vira ponta de lança pelo meio e a Seleção passa jogar no
4-4-1-1, com Oscar e Hulk pelos lados. Para ter superioridade numérica pelo
centro, visto que Fred pouco participa da transição defensiva, Paulinho sobe e
praticamente alinha-se com o trio de meias. Essa cobertura de Paulinho e os
botes mais altos sempre ocorrem quando Neymar vai para o centro. Aos 30’,
Scolari mudou de novo e voltou a jogar como no início.
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Transição defensiva à moda antiga, sem a participação dos
extremos. Novamente, percebam Oscar juntando-se aos volantes e dando
superioridade numérica para a equipe no campo defensivo. Essa facilidade que
Oscar tem em compor o ataque e ajudar a defesa o torna um dos atletas mais
importantes da equipe. E Felipão gosta dessa consistência defensiva.
Na primeira etapa, chamou atenção a mobilidade e alternância
da linha de três meias, apesar do Brasil ter muito volume (60% de posse) e
pouca intensidade. A preocupação com a ocupação de espaço também foi
interessante. Quando um dos três meias vai para a posição do outro, o seu
posicionamento é rapidamente composto pelo companheiro. E, como dito, está
decidido que Oscar é o quarto homem de meio na transição defensiva junto com
Hulk, tudo para liberar Neymar somente para jogar com a bola.
A forma de jogar da Seleção mais uma vez foi facilmente
deflagrada: uma linha de quatro na defesa, um volante mais preso à frente da
zaga, outro volante que marca e ajuda o ataque, uma linha de três meias bem
móvel e mais um centroavante. No intervalo, Felipão fez três alterações: saíram
Paulinho, Oscar e Hulk. Em suas vagas entraram Luiz Gustavo, Ramires e William.
Novamente, o comandante brasileiro alternou para o 4-3-3 na etapa final, como
de costume:
Após as entradas citadas, Felipão ainda colocou Jô no lugar
de Fred e Daniel Alves na vaga de Marcelo, afinal estuda convocar somente um
lateral esquerdo para poder selecionar mais um homem de frente. Iniciou a
segunda etapa com um 4-2-3-1 torto, desenhando quase uma diagonal no meio de
campo. Willian entrou pelo meio exercendo a mesma função de Oscar, sendo uma de
suas atribuições cobrir a meiuca sem a bola.
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Depois, Willian foi para a esquerda e Ramires alocado no
meio, sendo desenhado em campo o 4-3-3. Fernandinho e Ramires tinham liberdade
para atacar e auxiliavam na cobertura dos extremos, visto que Neymar não
marcava e Willian voltava fechando o meio e não a lateral.
Quanto aos testes, Rafinha foi discreto e Fernandinho, não
só pelo golaço, mas principalmente pelo encaixe na proposta, parece ter cravado
a vaga. Daniel Alves mostrou o mesmo volume pelo lado oposto, além de Luiz
Gustavo que também pode jogar no setor, o que abre vaga para a convocação de
mais um homem de frente. Com a proposta de jogo definida, assim como suas
variações, Scolari passou a régua e agora faltam poucos nomes para o fechamento
da lista final. Abraço!
Por Victor Oliveira (@vlamhaoliveira)
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