Foi o pontapé inicial para Barcelona e Sevilla da temporada, na Geórgia.
Valia um caneco. A Supercopa da Europa. E foi um típico
JOGAÇO. 9 golaços. Grandes jogadas.
Um baita duelo tático e técnico. No banco
de reservas, duelo de dois espanhóis: Luis Enrique contra
Unai Emery. Propostas táticas
ofensivas, com modelos diferentes.
Sem Neymar, Luis Enrique organizou sua equipe no 4-3-3 com
Rafinha no flanco esquerdo do trio de ataque. Mascherano na zaga, ao lado de
Pique, com Busquets fazendo a base do tripé de meio-campistas. Iniesta mais à
esquerda e o croata Rakitic mais a direita.
O Sevilla foi a campo no tradicional 4-2-3-1, com Kevin Gamero
na referência do ataque. Na linha de três, Iborra centralizado, Vitolo na
esquerda e Reyes na direita. Banega se aproximando mais do ataque, como
box-to-box, meio-campistas que defede e ataca, arma e desarma, como mostra a
imagem abaixo.
Com três minutos, o placar já estava aberto. Era de se
esperar um jogo de muitos gols. Em bela cobrança de falta, Banega colocou na
gaveta. Sevilla 1 a 0.
O Barça partiu pra cima, começou a controlar o jogo, com o
toque de bola, pressionando o Sevilla. Até que aos 7’min, Luis Suárez fez o
pivô, girou e sofreu falta de Krychowiak, na entrada da área. Messi ajeitou,
caprichou e colocou no ângulo. 1 a 1.
A área laranja, onde Luizito saía para fazer o pivô e conseguiu arrumar a falta, que Messi empatou a partida |
O jogo empatado e muito disputado. Com o Barça tomando conta
do jogo, com maior posse de bola, maior intensidade, marcando pressão, trocando
passes, envolvendo o adversário, com muita movimentação e troca de posições.
Logo aos 16’min da etapa inicial, veio a virada. Após falta
na entrada da grande área em Rakitic, Messi deixou mais um. Em outra bela
cobrança de falta, o argentino colocou a bola no fundo das redes do goleiro
Beto que não conseguiu fazer a defesa. Barça 2 a 1. De virada.
Aos 27’min, Mathieu cruzou rasteiro da esquerda, para a
pequena área e, Luis Suarez empurrou para o fundo das redes. Porem, o
bandeirinha deu impedimento. No replay, Suárez estava ATRÁS da linha da bola,
configurando GOL LEGAL. Errou o bandeirinha, prejudicando a equipe culé.
Aos 35’min, o ritmo catalão diminuiu. O Sevilla começou a
ocupar melhor os espaços e não deixava o Barça infiltrar com facilidade na
área. O Barça tocava a bola na intermediaria. O Sevilla foi pra cima em busca
do empate. Principalmente pelo lado direito com o lateral Coke, buscando a
jogada aérea para o centroavante Gamero.
Porém, aos 43’min, Rafinha ampliou. Luis Suárez recebeu
lançamento em velocidade, bateu em cima do goleiro Beto, que espalmou e no
rebote, o uruguaio cruzou para Rafinha, na pequena área, tocar por baixo do
goleiro português. 3 a 1.
O primeiro tempo terminou. Ufa! 4 golaços. Maior
objetividade e verticalidade para o Barça, que fez da posse de bola, sua arma
fatal. Segue algumas estatísticas da UEFA:
Posse de bola: Barça 63% contra 37% Sevilla.
Chutes: Barça 8 a 6 Sevilla
Chutes a gol: Barça 5 a 2 Sevilla
A etapa final começou elétrica também. Com o Barça partindo
pra cima, atacando bastante pelo flanco esquerdo com o apoio de Mathieu, que
avançava bastante.
Logo aos 6’min, o Barça marcou mais um. Após saída de bola
errada do Sevilla, Busquets deixou Luizito Suárez cara a cara com o goleiro
Beto. O atacante uruguaio bateu rasteiro, sem chances para o arqueiro. 4 a 1.
Jogo praticamente decidido, né?!. Nada disso.
Aos 12’min, após cruzamento de Vitolo, Reyes cabeceou no
contrapé de Ter Stegen, diminuindo a desvantagem. 4 a 2.
O Sevilla cresceu. O Barça diminuiu o ritmo, o Sevilla
aumentou o volume de jogo, principalmente com o lateral Tremoulinas e aos
26’min, Mathieu fez pênalti em Gamero. O centroavante deixou o dele. 4 a 3.
Unai Emery mexeu. Queria o empate. Colocou Ciro Immobile no
lugar de Gamero e Mariano no lugar de Ibarro. Sacou Reyes e colocou
Konoplyanka.
Aos 40’min, pelo flanco direito, Immobile recebeu a bola,
após cobrança de lateral, foi à linha de
fundo, passou por Bartra e cruzou no
segundo poste, e achou Konoplyanka, que empurrou para o fundo das redes,
empatando o confronto. 4 a 4. Incrível.
Ambas equipes ainda tentaram, mas a decisão foi para a
prorrogação.
No 1º tempo da prorrogação, o Sevilla adiantou as linhas no
início e marcava a saída de bola catalã. Na primeira parte da prorrogação,
muito equilíbrio e poucos espaços para criação das jogadas.
Formações táticas da prorrogação: Barça em cima, no 4-1-4-1/4-3-3 e o Sevilla no 4-5-1 |
No 2º tempo, o Barça tentou, tentou e achou o gol. Pedro
entrou e fez o gol do título. Após falta de Mariano em Messi, o argentino
cobrou, o goleiro Beto deu rebote e Pedro empurrou pro fundo do barbante.
ESCREVEU DANIEL BARUD --- @BarudDaniel