domingo, 16 de março de 2014

A compactação coxa-branca fez o time se aproximar da semifinal do Paranaense



Para que esta vitória em cima do Rio Branco por 2 a 0 viesse, o Coritiba atuou dando liberdade para o seu melhor jogador do elenco: Alex. O camisa 10 alviverde não tinha função alguma defensiva e, com o seu time com a posse da bola, fez a diferença para o Coxa. Os dois gols da partida foram de Alex.

Com o seu melhor jogador não tendo função defensiva, o time alviverde jogou no 4-1-4-1 sem a bola, e transitava para o 4-3-1-2 com a bola. Esta transição ofensiva acontecia devido à movimentação para trás de Alex, já que ele foi a referência ofensiva quando a equipe não estava com a posse da bola. O camisa 10 alviverde jogou como um “falso 9”. Já o Rio Branco iniciou a partida no 4-2-2-2.

Coritiba no 4-1-4-1 e Rio Branco no 4-2-2-2-.
Flagrante tático do 4-1-4-1 compactado do Coritiba (Reprodução: SporTV/PFC)
O meio de campo do time do interior paranaense marcou de maneira individual por setor. Deste modo, o jogador do Coritiba que um jogador do Rio Branco encostasse para marcar seria marcado até o fim da jogada. Assim sendo, o desenho de 2-2 da meia cancha do Leão da Estradinha frequentemente mudava para 3-1 ou -1-3, pois dependia da movimentação dos jogadores de meio do Coxa. Consequentemente, os laterais do time alviverde só sofriam marcação dos laterais alvirrubros. Aqui morou um grande problema para o Rio Branco.

Com os laterais livres, Victor Ferraz e Carlinhos avançaram frequentemente. Apesar da alternância de subida, estes jogadores foram constantemente ativados por todo primeiro tempo. Com Júlio César e Roni entrando na diagonal -devido ao espaço que Alex deixava ao atrair a atenção de um zagueiro adversário- os laterais do Rio Branco não sabiam se acompanhavam os atacantes do Coxa ou partiam para marcar os laterais que subiam. No flagrante a seguir do primeiro gol, Victor Ferraz tem a aproximação de Fabinho, assim abrindo espaço para que Júlio César atraísse a marcação de A.Rosa. Com Rosa marcando Júlio César e Cris marcando Roni, Alex entrou bem entre os dois zagueiros para cabecear e fazer o seu primeiro gol na partida.


Com os 2 zagueiros marcando os atacantes do Coxa e o lateral esquerdo marcando Victor Ferraz, Alex se projetou entre os defensores e cabeceou para abrir o placar em Paranaguá (Reprodução: SporTV/PFC). 
Além desta movimentação ofensiva do Coritiba, os volantes também apresentaram movimentações para se destacar. Germano, Robinho e Gil, assim como os meio-campistas do Rio Branco, marcaram individualmente por setor. E da mesma maneira do que seu adversário, o meio de campo alviverde alterou frequentemente o desenho tático. O triângulo de base alta e o triângulo de base baixa foram os mais constantes.

Como a marcação do time alviverde iniciava na intermediária ofensiva, a compactação do time em cerca de um terço foi constante e o 4-1-4-1 privilegiando Alex foi realizada frequentemente, o Coritiba dominou todo o primeiro tempo. O Rio Branco pouco pôde fazer para parar o sistema ofensivo alviverde regido por Alex.


Flagrante do Coxa iniciando a marcação na intermediária ofensiva, no primeiro tempo. (Reprodução: SporTV/PFC)

No intervalo, Dado Cavalcanti, técnico do Coritiba, tapou o único setor onde o Rio Branco conseguiu fazer as principais jogadas da primeira etapa. O comandante coxa-branca colocou o lateral esquerdo Diogo no lugar de Carlinhos. Já que o titular sofreu muitos ataques em suas costas nos primeiros 45 minutos de jogo. Com o time alviverde reforçado defensivamente e com o segundo gol de Alex, aos 2 da segunda etapa, o Coritiba passou a recuar em campo. A partir deste momento, o time da capital passou a iniciar a sua marcação atrás do meio de campo e a entrada do velocista Norberto no lugar de Júlio César, os contragolpes iniciados por Alex passaram a ser muito utilizados. 

Na imagem, percebe-se novamente o 4-1-4-1 compactado do Coxa, e com Alex exatamente no meio de campo para ser propulsor dos contragolpes alviverdes. (Reprodução: SporTV/PFC)
Precisando de um placar mais favorável, o Rio Branco passou a se defender e atacar melhor na segunda etapa. Para a última metade da partida, a equipe alvirrubra passou a jogar no 4-2-3-1 e o seu sistema defensivo passou a jogar com duas linhas de quatro.




Flagrante de uma parte do 4-2-3-1 que o Rio Branco passou a jogar no segundo tempo. (Reprodução: SporTV/PFC)
O sistema defensivo do Rio Branco formado por 2 linhas de quatro, após o intervalo. (Reprodução: SporTV/PFC)

Apesar de estar melhor organizado em campo, o time do interior paranaense pouco conseguiu ameaçar a meta de Vanderlei, já que a organização tática e a boa compactação coxa-branca se mantiveram por toda partida. Pois mesmo quando a marcação coxa-branca adiantava, a sua linha defensiva procurou manter o pequeno distanciamento em relação ao jogador mais ofensivo. Assim como mostra o flagrante adiante:

Na imagem, Victor Ferraz, junto com o restante da linha defensiva do Coritiba, adiantou o seu posicionamento, pois todos os seus jogadores do time haviam se posicionado mais à frente em campo. Deste modo, a curta compactação que a equipe se propôs a fazer se manteve. (Reprodução: SporTV/PFC)
Distribuição dos jogadores depois de todas as substituições já terem sido realizadas.

Por Caio Gondo (@CaioGondo)