quarta-feira, 5 de março de 2014

A digna atuação italiana na estreia apagada de Diego Costa

As expectativas de uma boa estreia de Diego Costa, no Vicente Calderón eram grandes, mais a expectativa não se transformou em realidade no amistoso pré-Copa diante da Itália.

O 4-2-3-1 espanhol ― que também assemelhava muitas vezes ser também um 4-3-3 ―, tinha Thiago qualificando a saída de bola e acelerando esse passe na transação ofensiva. A Espanha veio a campo com a proposta de avançar suas linhas, ter posse de bola, trabalhando e tocando com sociedades triangulares, e Iniesta e Fàbregas alternando posições, movimentação que muitas vezes ocorre no Barcelona. 

Mas apenas um jogador destoava ofensivamente: Diego Costa, que ficava muito fixo na área, fazia apenas o pivô, a parede, e não se movimentava como faz muito bem no intenso Atlético de Madri. Diego Costa aos poucos era bem marcado, e, sem um time veloz para trazer a bola para finalizar, tal como o Atlético de Madrid faz, o atacante foi sumindo cada vez mais em campo.

O 4-1-4-1 italiano apresentou linhas compactas demais, marcando no próprio campo, apostando na transação ofensiva veloz pelos flancos em cima da defesa adiantada espanhola. Mas faltou a qualidade de Balotelli na frente, e Pirlo e De Rossi no meio, para, respectivamente, ser mais contundente ― embora os italianos tenham tido mais chances ― e com uma saída de bola mais qualificada, algo que Thiago Motta não faz muito bem.

Itália no 4-1-4-1 buscando a transação ofensiva rápida, e o 4-2-3-1 espanhol que procurava, como sempre, tocar a bola, com sociedades triangulares, e muita paciência, mas faltou algo para ambos os times no primeiro tempo que terminou empatado por 0 a 0: contundência.

No segundo tempo, o passe e a transação ofensiva espanhola ficaram mais velozes com David Silva e Xabi Alonso nos lugares de Fàbregas e Busquets, respectivamente. Acerto de Del Bosque.

Prandelli mexeu no time, mudando o sistema para o 4-4-2, com mais descompactação, o que facilitou para que a Espanha marcasse o seu único gol da vitória. Pirlo entrou para fazer a saída de bola, Abate e De Scligio entraram nas laterais, e com Destro e Immobile na área, tentou explorar o jogo aéreo, mas a Roja conseguiu trabalhar a bola e administrar o resultado. 

Diego Costa não tem vaga garantida na Copa, Del Bosque sinalizou isso, e, para fazer com que o jogador brilhe, é preciso ser mais veloz, com o toque de bola, e que o jogador consiga se movimentar.

Atuação digna da Itália, cuja partida serviu mais de teste para o treinador devido os desfalques.


Espanha mais veloz no toque e na transação no 4-2-3-1, e a Itália procurando o jogo aéreo no 4-4-2.