domingo, 16 de fevereiro de 2014

Análise Tática: Sport 2 x 0 CSA


Na Ilha do Retiro, Eduardo Baptista e Oliveira Canindé travaram um duelo tático de alto nível pelas quartas-de-finais da Copa do Nordeste, com vitória do primeiro citado. O Sport levou a melhor e largou na frente, vencendo o time alagoano por 2 a 0.

O CSA entrou num 4-2-3-1, marcando em cima em boa parte do primeiro tempo, com pressão sob o portador da bola e fechamento das linhas de passe, com perseguições quando um jogador adversário se deslocava de seu posicionamento original, para dar opção de passe ao homem da bola, quando via o mesmo sem opções para dar progressão nas jogadas. Marcação bem encaixada, com linhas compactas e que congestionavam bastante o meio-campo. Quando recuperava a bola, tentava sair em velocidade com bolas na direção de Jefferson Maranhense ou do atacante Josimar, que apresentava boa mobilidade, circulando por todo o ataque e podendo cair pelas pontas para a recepção de bola.
O Sport utilizou o mesmo 4-2-3-1 e com proposta semelhante. Soube desenvolver melhor sua característica após marcar o primeiro gol, que provocou danos no aspecto estratégico de seu adversário. O Leão da Ilha apostava principalmente nas jogadas pelos lados, com o apoio constante de Patric e Renê, procurando o fundo ou tentando puxar tabelas e/ou fazer 1-2 na direção do meio, além da movimentação de Erico Junior e Ananias, que buscavam a diagonal, tentando criar jogadas próximas à grande área.
O esquema de jogo rubro-negro caracterizava-se principalmente pelas aproximações, boa circulação da pelota pelo ataque, valorização da posse de bola e ocupação inteligente dos espaços abertos entre os setores/jogadores adversários. Os volantes Rodrigo Mancha e Ewerton Páscoa mostraram ótimo poder de marcação, recuperação/retomada de bola, saída pelo meio, controle de bola e ataque inteligente às regiões do campo, formando linhas de passes e ajudando na rotação de bola pela faixa intermediária do campo. Na frente, procurava-se a infiltração de Neto Baiano entre os zagueiros para a conclusão, como foi no primeiro gol, originário de um cruzamento de Renê, após a passagem do mesmo pelo lado esquerdo do ataque.
Sem a bola, o Sport preenchia bem os espaços, com o marcador sempre próximo do jogador a ser marcado, aglomerações de 2, 3 ou até 4 jogadores perto do homem da bola, compactação e busca pela recuperação de bola com rapidez e proximidade em relação ao gol, com bom trabalho dos volantes(principalmente Ewerton Páscoa) nas tentativas de exercer pressão, através do combate adiantado, por vezes até ultrapassando a linha dos meias.
Na segunda etapa, os comandados de Eduardo Baptista recuaram um pouco mais suas linhas, passando a marcar mais dentro do próprio campo, e o CSA passou a ter mais volume de jogo. O Sport passou a ter uma proposta mais contra-golpista, com seus volantes tentando acelerar a transição defesa-ataque pela faixa central e também buscando a movimentação de Felipe Azevedo(entrou na vaga de Erico Junior) e Ananias pelos flancos. Desta forma, fez o suficiente para assegurar o resultado. Através de muito trabalho da comissão técnica, jogadores e a diretoria leonina na busca de novos reforços, o Sport segue firme na luta para realizar seus objetivos na temporada.

Por João Elias Cruz