domingo, 16 de fevereiro de 2014

A evolução do Santa Cruz contra o Guarany de Sobral


Após vencer o Guarany de Sobral por 3 a 0 no Estádio do Arruda, o Santa Cruz praticamente garantiu sua vaga para as semi-finais da Copa do Nordeste. Mas além disso, representou uma significativa melhora na questão de modelo de jogo e aspectos táticos. O trabalho duro, manutenção da base, entrosamento, liderança, além do ótimo técnico Vica, são fundamentais para esse desenvolvimento dos processos de jogo no início de temporada.
Esquema de jogo e proposta ofensiva:
Nesta partida, Vica utilizou um 4-2-3-1, com Cassiano atuando mais enfiado no ataque, porém, com liberdade de movimentação e deslocamentos, procurando principalmente as pontas para criar, buscar o fundo ou tentar diagonais curtas pro meio. A proposta tática ofensiva caracterizava-se pela saída de bola com qualidade, com Sandro Manoel recuando até o campo defensivo para organizar o primeiro passe, auxiliar nas fases iniciais de construção de jogadas e dar mais qualidade à transição para que a bola chegasse com mais qualidade ao ataque; Pelo meio, aproximações entre os jogadores, proximidade entre o portador da bola e suas linhas de passe, apoio dos laterais para dar opção para a abertura de jogada e boa circulação de bola pelo ataque. No segundo tempo, soube explorar os espaços deixados pelo Guarany de Sobral quando o mesmo tentava exercer marcação-pressão em bloco alto, na saída de bola coral, porém, sem pontualidade na subida das linhas e problemas pra manter compactação e proximidade entre as mesmas. O Santinha se aproveitava e sempre enfiava bola nas costas para a movimentação de Cassiano ou de algum dos homens de meio.
Parte defensiva:
Sem a bola, o Santa Cruz tinha o costume de marcar com o posicionamento inicial. Linha de 4 na defesa, os dois volantes alinhados, linha de 3 com os wingers voltando pelos lados e Cassiano mais à frente. O centroavante coral saía pro primeiro combate, enquanto que o meia central auxiliava os volantes, combatendo à frente dos mesmos por dentro, enquanto que os volantes protegiam à frente da defesa e os wingers voltavam marcando a saída dos laterais adversários. Um dos laterais corais saíam pra fechar espaços nas proximidades da linha lateral, enquanto que o do lado oposto centralizava, fechando no miolo de zaga. O Tricolor do Arruda geralmente marcava em bloco médio, a partir de sua própria intermediária, recolhendo as linhas com rapidez de acordo com o avanço adversário, sempre mantendo proximidade entre as linhas de defesa e meio, tentando sair no contra-ataque com seus wingers e/ou a movimentação de Cassiano em zonas mais recuadas para auxiliar na transição.


Por João Elias Cruz