quinta-feira, 20 de março de 2014

Novo empate entre os candidatos ao título, em noite de equilíbrio e "copeirismo" do melhor Brasileiro na Libertadores

Heinze sai jogando com Luan por perto. (Reprodução: Fox Sports)

O jogo de "volta" teve ingredientes parecidos com o primeiro em Porto Alegre. Torcida apoiado o tempo todo, ímpetos parecidos, organização e qualidade técnica. Assim Newell's e Grêmio voltaram a se enfrentar pela Copa Libertadores, em um jogo que poderia aproximar um dos dois da liderança do grupo. Já que Grêmio tinha sete pontos e Newell's cinco. 

Enderson Moreira mudou o desenho do time gaúcho, um 4-2-3-1 que tinha Dudu na de Zé Roberto, jogando a esquerda, Luan centralizado e Riveiros a direita fechando a segunda linha de meio campo, mais atrás Ramiro e Edinho. Sem a bola a proposta era compactar os setores e não deixar o time de Rosário se aproximar da meta do Grohe. Com ela era buscar o jogo com velocidade e rotação. Faltou intensidade ao Grêmio, assim como ao Newell's; 

No mesmo 4-1-4-1/4-3-3 que Alfredo Berti havia escalado na Arena. Na disposição tática a única mudança foi Ponce, mais centralizado que Maxi no primeiro jogo. Assim como o Newell's no Sul, o Grêmio amarou o jogo com posse de bola e forte marcação em um bom primeiro tempo. Que teve uma grande chance: o chute de Figueroa desviado por Grohe. 

No mais, a falta de intensidade, principalmente no Newell's, por jogar em casa, ficou evidente e também evitou de certa forma algum movimento no placar.

Grêmio disposto de uma maneira diferente, com duas linhas de meio campo, buscando superioridade no setor em um primeiro tempo amarrado. 
A volta trouxe o time da casa mais acesso e um Grêmio ainda mais dedicado quanto a marcação firme, proposta desde o início do jogo. Poucas chegadas e falta de contundência a frente foram algumas das marcas desse Grêmio. Como resposta a isso duas bolas na trave, uma por Ponce e outra no centro para Heinze. O dedicado time argentino que tem paciência com a bola começara a plantar o gol. 

Com Orzan e Trezeguet, o jogo área estava sentenciado, foram 13, apenas um correto. Mas esses demoraram mais de 170 minutos (soma dos dois jogos) para balançar a rede, e foi após o centro e a bola rebatida que Maxi Rodriguez tocou firme em meio a confusão para vencer Grohe, no tento que explodiu o Colosso del Parque. 

Enderson foi rápido, chamou Alan Ruiz, sacou Edinho e recuou Riveiros para fazer a saída junto a Ramiro. Na linha de três, novas peças e distribuição: Alan Ruiz pelo centro, Luan a direita e Dudu a esquerda. O grêmio teve a bola mas não precionou, não teve tempo para tal, mas foi copeiro ao ponto de achar o empate com Rhodolfo no centro de Barcos no ultimo minuto do derradeiro confronto. 

Empate que mantém o Grêmio como melhor Brasileiro na América, não só pela melhor campanha, mas sim pelo melhor futebol, pela vibra e pelo copeirismo que vem apresentando.  Campanha sólida: 8 pontos de 12 possíveis e um gol sofrido no grupo da morte dão dimensão disso.

Grêmio tentando abafar o Newell's após o gol de Maxi em mais um jogo amarrado.
Por Rai Monteiro (@_RaiMonteiro)