quarta-feira, 2 de abril de 2014

Nova vitória coletiva coloca o Real Madrid com um pé nas semifinais

Logo quando chegou, Ancelotti mudou radicalmente o Real que havia pego de Mourinho. Trouxe ao time mais posse de bola e com isso uma cadência maior, Modric e Alonso são os responsáveis por passes tão precisos que podem acalmar e acelerar um jogo, por isso são o termômetro, além de titulares absolutos do time. Quando caem de produção, o time caí também. Na vitória contra o Borussia o jogo coletivo ficou evidente e a participação de ambos foi importante. 

Mesmo com o inicio do Borussia de linhas altas e marcação forte na saída de bola. O Real não se assustou, controlou e na versatilidade do tridente ofensivo abriu o placar: Bale entrou na diagonal e Benzema saiu para a direita, onde fez a jogada e serviu Carvajal que achou Bale no meio da área, para infiltrar e vencer Weindenfeller.

Bem no jogo o Real dominou com posse de bola, onde alternava momentos de pressão e de cadência, outra marca do time de Carlo. Que mesmo com o lado esquerdo desfalcado, sem Marcelo e sem Dí Maria, manteve o bom nível com o defensivo Coentrão e o garoto Isco, que vinha sendo cobrado pelos jogos ruins, mas pareceu dar uma resposta com o tento marcado após ataque em massa: na bola que sobrou da pressão de Alonso, o meia bateu no cantinho do goleiro do Dortmund.

Goleiro que segurou muitos chutes perigosos, que poderiam der dado outros números ao primeiro tempo, como nas faltas de Bale e Ronaldo que foram lindamente defendidas. Além de espaços deixados por linhas pouco compactas, que cheias de desfalques tiveram Reus pela direita onde teria liberdade com as subidas de Isco e Grosskreutz a esquerda onde marcaria as chegadas de Bale. - Assim como nas semifinais do ano passado, mas daquela vez era Dí Maria na ponta.

Ao centro da segunda linha Mkhitaryan fez um péssimo jogo, sem dinamismo e velocidade o meia ficou preso à marcação de Modric e Alonso, além de não acompanhar as saídas de bola do Real. Outro que jogou mal foi Aubameyang, o atacante não se achou em meio ao firme miolo de zaga madridista e não teve espaços no ataque.

Times no 4-2-3-1, Klopp surpeendendo com Reus a direita e Real dinâmico e versátil no seu 4-3-3. 
No fim do primeiro tempo o Borussia pressionou, com posse de bola no campo de ataque e chegadas que assustaram a defesa comandada por Iker Casillas; a etapa final começou igual, com posse auri-negra. Porém sem a inspiração de seu principal armador. Mkhitaryan foi substituído por Hofmann e Reus passou a jogar centralizado, com Hofmann na ponta direita.

Logo depois, Klopp, que via boas chances do Borussia diminuir pelo volume que tinha, colocou Schieber na vaga de Piszczek, trazendo o multiuso Grosskreutz na vaga dele para a lateral e tendo, enfim, um jogador de referência enfiado na área. O Borussia melhorou, mas não conseguiu infiltrar na zaga bem fechada do Real.

Que ampliou em outra jogada bem trabalhada: No passe espetacular de Modric, Ronaldo recebeu tirando Weindenfeller e batendo para fazer seu 14º gol na Champions 2013/14. Um monstro. Então com o resultado bem arrumado, Ancelotti começou a fechar o time: com Illarramendi na vaga de Isco, recompondo o tripé de meio campo. Logo depois Morata na vaga de Karim Benzema para movimentar o ataque.

Com o jogo resolvido, já nos momentos finais, Ancelotti sacou Ronaldo e colocou Casemiro. Armando um losango no meio campo, com Modric a frente dos três volantes, Bale aberto por um lado e Morata pelo outro. Assim o Real administrou o ótimo resultado que leva a Dortmund. Com Lewandowski e companhia o Borussia tenta um “milagre” semana que vem para chegar a semi final. 

No segundo tempo o Borussia se lançou ao ataque e o Real contra atacou e por pouco no ampliou. Sem Ronaldo, Ancelotti surpreendeu com Modric trabalhando com meia do 4-3-1-2.


Por Rai Monteiro (@_RaiMonteiro)