Antes
de saírem as escalações iniciais, Atlético-PR prometia jogar no 4-3-1-2 com
três volantes e Coritiba no 4-2-3-1. Entretanto com os times confirmados, o que
se viu no começo do jogo foi o Furacão no 4-3-1-2 tendo um meia como terceiro
homem da linha dos volantes e o Coxa no 3-4-1-2. Já com o decorrer da partida,
ambos os times alteraram os seus esquemas, mas acabaram terminando nos esquemas
táticos prováveis antes da partida começar.
Para
o início do jogo, o Atlético-PR começou no 4-3-1-2 e o Coritiba no 3-4-1-2,
assim como foi dito anteriormente:
Atlético-PR
no 4-3-1-2 e Coritiba no 4-2-3-1.
Dos
primeiros minutos até os 15 da primeira etapa, o Coritiba fez prevalecer o seu
modo de jogo. O time alviverde realizou marcação pressão desde a saída de bola
adversária, marcação individual por setor, alta intensidade defensiva desde os
seus atacantes e, como vários destes aspectos o Coxa não havia apresentado nos
últimos jogos, ele surpreendeu o Atlético-PR.
Ao
perceber que a equipe adversária estava modificada, Leandro Ávila, técnico
interino do Furacão, fez o time jogar no 4-1-1-2-2. Neste esquema, Deivid
passou a jogar próximo dos zagueiros e marcar o atacante do Coritiba que saia
para buscar jogo; Otávio, Marcos Guilherme e Bady passaram a marcar
individualmente Alex, Chico e Baraka; e Éderson e Douglas Coutinho passaram a
marcar somente o zagueiro mais próximo e mais ninguém.
As
linhas de azul representam as marcações que o Atlético-PR passou a fazer ao mudar
o esquema tático.
Com
as marcações individuais definidas, o Furacão passou a não tomar tanto sufoco
em campo. Apesar dos dois times estarem jogando com alas, somente o Coritiba
que conseguiu aproveitar bem os jogadores desta posição. Já que os do Atlético-PR
pareciam não ter treinado nesta posição e, por isso, subiam precipitadamente
sem dar opção de saída de jogo pelos lados do campo para os seus zagueiros e
volantes. Entretanto, mesmo com o Coxa melhor na partida, o placar do primeiro
tempo terminou 0 x 0.
No
intervalo, Leandro Ávila fez com que o seu sistema ofensivo voltasse a realizar
o que fez nos últimos jogos: constante projeção à frente, movimentação e troca
de posição sem a bola. Com estes aspectos sendo realizados, a marcação
individual do Coritiba apresentava a falha deste modo de marcação: o “efeito
cascata”. Pois sem um dos jogadores do Coxa forem driblados, outro jogador
deveria estar próximo e chegar rapidamente na jogada. Senão, acontece o que
aconteceu no primeiro gol do Furacão. Sueliton driblou Carlinhos –o seu
marcador-, retirou facilmente Welliton que não chegou perto rapidamente e se
projetou no enorme espaço entre Chico e Leandro Almeida. Veja no flagrante a
seguir, a ilustração do descrito anterior:
Ao
driblar Carlinhos, Sueliton retirou facilmente do atrasado na jogada Welliton e
se projetou em um espaço sem a possibilidade de marcação nem de Chico e nem de
Leandro Almeida (Reprodução: PFC).
Com este gol sofrido, aos 11, e o segundo, aos 13, Celso Roth realizou
duas substituições, aos 15 do segundo tempo. O técnico alviverde colocou
Keirrison e Geraldo nos lugares de Leandro Almeida e Júlio César. Com estas
substituições, o Coxa passou a jogar no 4-2-3-1. Como o esquema tático
rubro-negro não estava mais “encaixando” no do coxa-branca, Leandro Ávila
colocou João Paulo no lugar de Bady. Desta maneira, o Atlético-PR passou a
jogar no 4-3-1-2.
Com
as substituições anteriormente citadas, o Atlético-PR passou a jogar no 4-3-1-2
e o Coritiba no 4-2-3-1.
Agora
com os times jogando nos seus esquemas táticos prováveis, o Furacão fez
prevalecer em campo as maiores virtudes dessa equipe: as velozes transições. Com
estas rápidas transições, o Atlético-PR manteve o controle da partida e o 2 x 0
no placar.
Por Caio Gondo (@CaioGondo)