domingo, 25 de maio de 2014

Constantes mudanças nos esquemas táticos marcaram o Atletiba

Antes de saírem as escalações iniciais, Atlético-PR prometia jogar no 4-3-1-2 com três volantes e Coritiba no 4-2-3-1. Entretanto com os times confirmados, o que se viu no começo do jogo foi o Furacão no 4-3-1-2 tendo um meia como terceiro homem da linha dos volantes e o Coxa no 3-4-1-2. Já com o decorrer da partida, ambos os times alteraram os seus esquemas, mas acabaram terminando nos esquemas táticos prováveis antes da partida começar.

Para o início do jogo, o Atlético-PR começou no 4-3-1-2 e o Coritiba no 3-4-1-2, assim como foi dito anteriormente:

Atlético-PR no 4-3-1-2 e Coritiba no 4-2-3-1.

Dos primeiros minutos até os 15 da primeira etapa, o Coritiba fez prevalecer o seu modo de jogo. O time alviverde realizou marcação pressão desde a saída de bola adversária, marcação individual por setor, alta intensidade defensiva desde os seus atacantes e, como vários destes aspectos o Coxa não havia apresentado nos últimos jogos, ele surpreendeu o Atlético-PR.
Ao perceber que a equipe adversária estava modificada, Leandro Ávila, técnico interino do Furacão, fez o time jogar no 4-1-1-2-2. Neste esquema, Deivid passou a jogar próximo dos zagueiros e marcar o atacante do Coritiba que saia para buscar jogo; Otávio, Marcos Guilherme e Bady passaram a marcar individualmente Alex, Chico e Baraka; e Éderson e Douglas Coutinho passaram a marcar somente o zagueiro mais próximo e mais ninguém.

As linhas de azul representam as marcações que o Atlético-PR passou a fazer ao mudar o esquema tático.

Com as marcações individuais definidas, o Furacão passou a não tomar tanto sufoco em campo. Apesar dos dois times estarem jogando com alas, somente o Coritiba que conseguiu aproveitar bem os jogadores desta posição. Já que os do Atlético-PR pareciam não ter treinado nesta posição e, por isso, subiam precipitadamente sem dar opção de saída de jogo pelos lados do campo para os seus zagueiros e volantes. Entretanto, mesmo com o Coxa melhor na partida, o placar do primeiro tempo terminou 0 x 0.
No intervalo, Leandro Ávila fez com que o seu sistema ofensivo voltasse a realizar o que fez nos últimos jogos: constante projeção à frente, movimentação e troca de posição sem a bola. Com estes aspectos sendo realizados, a marcação individual do Coritiba apresentava a falha deste modo de marcação: o “efeito cascata”. Pois sem um dos jogadores do Coxa forem driblados, outro jogador deveria estar próximo e chegar rapidamente na jogada. Senão, acontece o que aconteceu no primeiro gol do Furacão. Sueliton driblou Carlinhos –o seu marcador-, retirou facilmente Welliton que não chegou perto rapidamente e se projetou no enorme espaço entre Chico e Leandro Almeida. Veja no flagrante a seguir, a ilustração do descrito anterior:

Ao driblar Carlinhos, Sueliton retirou facilmente do atrasado na jogada Welliton e se projetou em um espaço sem a possibilidade de marcação nem de Chico e nem de Leandro Almeida (Reprodução: PFC).

      Com este gol sofrido, aos 11, e o segundo, aos 13, Celso Roth realizou duas substituições, aos 15 do segundo tempo. O técnico alviverde colocou Keirrison e Geraldo nos lugares de Leandro Almeida e Júlio César. Com estas substituições, o Coxa passou a jogar no 4-2-3-1. Como o esquema tático rubro-negro não estava mais “encaixando” no do coxa-branca, Leandro Ávila colocou João Paulo no lugar de Bady. Desta maneira, o Atlético-PR passou a jogar no 4-3-1-2.

Com as substituições anteriormente citadas, o Atlético-PR passou a jogar no 4-3-1-2 e o Coritiba no 4-2-3-1.

Agora com os times jogando nos seus esquemas táticos prováveis, o Furacão fez prevalecer em campo as maiores virtudes dessa equipe: as velozes transições. Com estas rápidas transições, o Atlético-PR manteve o controle da partida e o 2 x 0 no placar.


Por Caio Gondo (@CaioGondo)