domingo, 1 de junho de 2014

São Paulo termina o Brasileirão pré-Copa com vitória


A postura do São Paulo no primeiro tempo no Morumbi foi digna de um mandante em seu estádio. O 4-2-3-1 de Muricy Ramalho apresentou uma atuação consistente nos primeiros 45 minutos, mas que pecou no primeiro tempo, e poderia ter matado o jogo.

A postura defensiva foi compacta e moderna, com a última linha, ou seja, a linha de defesa, mais adiantada, se aproximando do meio de campo, e, marcando por zona, o São Paulo apresentava variação de blocos, ora marcação avançada no campo de ataque, ora marcação da intermediária para atrás, além de pressão, com até 3 jogadores cercando o homem portador da bola, confira os flagrantes táticos:

Pressão com 3 homens ao jogador do Atlético-MG com a bola. (Reprodução: PFC/SporTV)

No 4-2-3-1, São Paulo marcando a partir da intermediária. (Reprodução: PFC/SporTV)

Marcação avançada do São Paulo. (Reprodução: PFC/SporTV)

Última linha do São Paulo avançada. (Reprodução: PFC/SporTV)

Na fase ofensiva, o São Paulo apresentava um padrão de posicionamento quando se aproximava da área do oponente, um ponta chega a linha de fundo, outro entra em diagonal ou na área ou na entrada dela, para abrir o corredor ao lateral, um volante se aproxima da área e do lado onde a bola é trabalhada, e o meia central fica enfiado na área junto do centroavante.

Padrão de ataque do São Paulo quando se aproximava da área do Atlético-MG. (Reprodução: PFC/SporTV)
A saída de bola começava com os zagueiros, e o jogo se acelerava com Douglas ou Osvaldo, enquanto que Souza e Maicon tratavam ela para que chegasse com qualidade. Por muitas vezes Ganso e Pato invertiam de posição, e, além disso, havia muito volume de jogo no campo do oponente, somado a posse de bola, faltou ter matado o jogo no primeiro tempo para não ter sofrido para empatar e virar no segundo tempo.

Já o Atlético-MG, no 4-2-3-1, recuava demais as suas linhas, chegando a se recolher no seu campo de defesa, a proposta era sair rápido no contragolpe, mas sem procurar o drible, mas sim a jogada trabalhada pelos lados, com participação alternada, mas ativa, dos laterais pelos flancos, como mostra o flagrante tático abaixo:
Um winger abre espaço para a ultrapassagem do lateral, o meia central organiza a jogada, e o ponteiro oposto ou entra em diagonal ou faz a diagonal. (Reprodução: PFC/SporTV).

O 4-2-3-1 do Galo recuado em seu campo de defesa (Reprodução: PFC/SporTV)
O erro do Galo no primeiro tempo também foi a falta de movimentação para abrir espaço para concluir, embora a defesa compacta do São Paulo também tenha seus méritos.

No segundo tempo, o São Paulo pecou por não ter mantido o padrão proposto no primeiro tempo, além da saída de Maicon para a entrada de Denílson ter provocado a falta de qualidade na saída e organização de jogo com os volantes, deixando Souza sobrecarregado. O Galo foi inteligente ao passar a ocupar o campo de ataque, marcando e saindo em velocidade, e, empatando no erro de saída de Rogério Ceni.

Mas com a falta inexistente em Ganso, e, com a falha de Giovanni, o São Paulo venceu o confronto.




Por Diogo R. Martins (@diogorm013)