sábado, 21 de junho de 2014

Argentina 1 x 0 - Genialidade de Messi para quebrar o ferrolho iraniano

"Movete, movete, movete/movete dejá de joder/esta hinchada esta loca./hoy no podemos perder", o tradicional grito da torcida argentina sintetiza o que faltou para a Argentina no Mineirão: movimentação. Um muito bem armado Irã que complicou a seleção albiceleste postado com todos os seus homens atrás da linha da bola no compacto 4-1-4-1 de Carlos Queiroz. Sabella voltava ao 4-3-3/4-3-1-2 tradicional para tentar furar o ônibus vermelho estacionado nos últimos 30 metros do campo. Com Gago impreciso, Messi apagado e pouca mobilidade de ataque, coube a Di Maria chamar a responsabilidade pelo flanco esquerdo, sempre vigiado pela marcação dupla de Shojaei e Timotian. Messi tentava encontrar espaço, fugindo de Nekounan, o primeiro volante iraniano, ao cair pelo flanco direito de ataque.
 
A Argentina tinha que se expor com as linhas adiantadas quase no meio de campo. Mascherano ficava entre os zagueiros, liberando Rojo e Zabaleta como alas para associar-se com Gago, Di Maria, Messi, Aguero e Higuain. Apesar de todos esforço, os argentinos esbarravam contra um meio campo super povoado, com a pressão iniciada pelo centroavante Reza, dentro de seu campo, marcando a saída de bola de Mascherano. Atrás de Reza, uma ferrenha linha de quatro homens com Shojaei e Dejagah marcando os laterais; Haji Safi e Timotian completavam pelo centro a segunda linha iraniana, com Nekounan na sobra custodiando a Messi. A ultima linha contava com os laterais, Montazeri e Pooladi presos, dando suporte ao miolo de zaga composto por Hosseini e Sadeghi.
No segundo tempo, Carlos Queiroz deu maior liberdade para Shojaei e Dejagah pelos flancos, armando perigosos contra-ataques nas costas de Rojo e Zabaleta. A Argentina joga mal. Previsível e imóvel. Sergio Romero salvou a albiceleste em duas oportunidades. Sabella, enfim, mudou o seu ataque com o ingresso de Rodrigo Palácio e Ezequiel Lavezzi nos lugares de Agüero e Higuain. Mudava a configuração, com Gago mais preso a Mascherano, liberando Di Maria e Lavezzi pelos flancos com Palácio de referencia entre os zagueiros. Queiroz também trocou os seus ponteiros com os ingressos de Heydari e Alireza. Foi então que apareceu a genialidade de Messi para dar a vitória agônica a uma pobre argentina. Duro castigo para o Irã e muito trabalho à vista para Sabella.