quarta-feira, 18 de junho de 2014

Brasil 0x0 México. Quando ter o goleiro adversário como melhor em campo não significa muito

Ter o goleiro adversário como melhor em campo nem sempre quer dizer superioridade, massacre ou uma boa produção ofensiva. Ter Ocha como melhor em campo em Fortaleza não quer dizer que o Brasil jogou bem, a irritação de Felipão se justifica e a semana promete ser longa.


Sem Hulk, Scolari colocou Ramires pela direita, jogou Oscar para a esquerda mantendo Neymar próximo a Fred. Os ponteiros mais próximos aos volantes deixou a impressão de um 4-4-2, Felipão pode ter preenchido mais o meio já que do outro lado tinha um 5-3-2, com alas e volantes que avançam muito. 

Porém, Aguilar foi mais contido para cuidar de Oscar e ajudar na marcação a Neymar. Do outro lado, Layún apoiou e teve a ajuda de Guardado para fazer dois contra dois com Daniel Alves/Ramires. Paulinho não foi bem, novamente, pouca entrega defensiva, nenhuma transição. E o primeiro tempo ficou devendo do ponto de vista técnico. 

A ótima defesa na cabeçada de Neymar e a saída sobre Paulinho fizeram de Ocha o personagem da etapa inicial, mesmo levando perigo o problema pareceu novamente o meio campo. Sem um jogador que pense, o Brasil acelerou, acelerou, jogou pelos lados, mas mostrou pouca criação. 

O 4-4-2 Brasileiro não teve criatividade, levou perigo em cruzamentos. O que não é muito a praça Brasileira.
O inicio da etapa final surpreendeu com um México adiantado, de pressão na saída, velocidade com a bola e chegada de Herrera e Guardado. Quatro finalizações em onze minuitos assustaram e fizeram Júlio César trabalhar. Mas não durou muito, Felipão resolveu intervir, já havia voltado com Bernard na vaga de Ramires, e tirou Fred para colocar Jô. Em poucos minutos o atacante do Galo mostrou mais que o camisa nove. 

A bola ficou com o Brasil, porém não era dia. Não houve criação e sem ela, zero chances. Apenas cruzamentos, que buscavam Jô, Neymar e quem estivesse na área. Recuado, mas não dominado, M.Herrera mexeu no time, sacou Herrera e Peralta e colocou Fabian e Chicharito. O primeiro deu alguma movimentação ao meio e o segundo se isolou a frente. 

O Brasil tentou pressionar com Bernard e Wilian mas não envolveu a defesa mexicana.
Nos minutos finais, a torcida viu Ochoa operar o último milagre, desta vez na cabeçada de Tiago Silva. Guardado e Jimenez, que entrou na vaga de Giovanni, exigiram o último esforço de Júlio.

O empate foi justo pelo que Brasil e México jogaram. O time de Scolari não teve criatividade para sair do jogo proposto por Miguel Herrera, o México se fechou, ocupou os espaços e ainda teve boas chances. Felipão precisa rever algumas de suas peças para que o jogo flua melhor.

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Por Rai Monteiro (@_RaiMonteiro)