Para
Portugal, era tudo ou nada. Já para os Estados Unidos, a partida não tinha ares
de drama. Para o duelo, Paulo Bento não poderia contar com Fábio Coentrão
(cortado por lesão), Rui Patrício (lesionado) e Hugo Almeida (lesionado) e
promoveu as entradas de André Almeida, Beto e Hélder Postiga.
O jogo entre as duas equipes começou
com os lusos precisando sair pro jogo e assim fizeram. Em poucos minutos, os
portugueses abriram o placar.Falha da zaga americana em cruzamento rasteiro e
Nani balançou as redes.
O 4-3-3 português que, sem a bola,
se transformava em 4-4-2 com duas linhas de quatro, livrando Cristiano Ronaldo,
que não estava 100%, de acompanhar o lateral direito, era o mesmo das
eliminatórias europeias.
O frame abaixo mostra Meireles pelo meio e Moutinho aberto na esquerda, mas, na verdade, atuaram em posições trocadas. A imagem apresentou apenas uma troca momentânea. (Reprodução FIFA) |
(Reprodução FIFA) |
A partir dos 15 minutos, os
americanos cresceram na partida e criaram perigo nas bolas longas e na
velocidade pelo lado direito com o interessante lateral Johnson.
Chances criadas pelos EUA no primeiro tempo: todas
pela direita (via Stats Zone).
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O
gol não saiu, mas o time de Klinsmann demonstrava bons valores (Johnson, Zusi,
Beckerman, etc), tinha boa atuação e merecia o empate. No 4-2-3-1 americano,
muita fluência de jogo pelos lados de campo com saída de bola qualificada dos
volantes.
Acuado,
Portugal ainda perdeu Postiga lesionado e Paulo Bento colocou emcampo o fraco
Éder, que teve desempenho desastroso. Os lusos, que há meses têm problemas
quando precisam criar, sentiam falta de um Ronaldo mais
saudável e um João Mourinho mais efetivo e não conseguiram encaixar o seu jogo
reativo, rápido e vertical no contra-ataque.
Na volta do intervalo, o lateral,
improvisado na esquerda, André Almeida, foi substituído.Miguel Veloso foi para
a posição e entrou como primeiro volante no seu lugar o promissor William
Carvalho.
Atrás no placar, os EUA continuaram pressionando e acuavam
Portugal no campo de defesa. Os norte-americanos, que já mereciam o empate,
marcaram aos 20 minutos em grande chute de Jones ‘do meio da rua’. A igualdade
no placar era péssima para os comandados de Paulo Bento, que erraram muitos
passes e, apesar das mudanças, falhava defensivamente pelo setor esquerdo. Na
metade da segunda etapa, Dempsey virou para os Estados Unidos trazendo mais
‘justiça’ ao placar.
Precisando pelo menos do empate,
Paulo Bento apostou em Varela, que teve uma má temporada pelo Porto, na vaga de
Raul Meireles. Os lusos foram para o ‘tudo ou nada’ e na base da pressão
empataram com uma cabeçada do wingerportista após preciso cruzamento de
Cristiano Ronaldo.
O 2 a 2 apresentou uma equipe americana
muito boa taticamente com muitas qualidades individuais e uma seleção
portuguesa atrapalhada pelas inúmeras lesões e com sérias dificuldades pra
‘propor jogo’.
Por Pedro Ramos (@pedrohnramos)