quarta-feira, 23 de julho de 2014

Nacional(PAR) 2 x 0 Defensor(URU) - O Nacional Querido acaricia a final da Libertadores!

Com um Defensores del Chaco repleto,  Nacional e Defensor começaram a decidir a semifinal mais underground de Libertadores dos últimos anos. Agraciando aos muitos torcedores de Olímpia e Cerro Porteño que apoiavam o tradicional clube do bairro Obrero de Assunção, a partida foi intensa e cheia de alternativas. O Nacional soube se impor ao quadro uruguaio, abrindo uma ampla vantagem no confronto de ida.
Postado pelo treinador Gustavo Morinigo no tradicional 4-4-2 britânico, o conjunto paraguaio começou o jogo dentro do campo do rival, explorando a velocidade de seus meias extremos. Tudo acontecia pela esquerda, onde Julián Benitez atuava as costas do jovem lateral Enrique Etcheverry de apenas 18 anos.
A estratégia do Defensor era esperar com suas duas linhas de 4, chamando o quadro local em seu campo para abrir espaços no contra-ataque. Fernando Curuchet escalou o conjunto violeta no 4-4-1-1, com De Arrascaeta muito apagado na função de enlace, deixando o centroavante Matias Alonso isolado entre os zagueiros guaranis. Os uruguaios abusavam da ligação direta e dos erros de passes.


Com a intensidade característica dos times paraguaios, o Nacional passou a pressionar na segunda metade do primeiro tempo. A dupla de volantes, Riveros e Torales, subia bastante ao ataque, arriscando chutes de media distancia. O gol era uma questão de tempo, e foi ali, pela esquerda, que Julian Benitez encontrou Brian Montenegro - recém contratado junto ao Libertad - para abrir o placar com um lindo tiro a queima roupa: 1 a 0 Nacional querido.
O Defensor seguia impreciso, desarticulado, com o prodígio Giorgian De Arrascaeta irreconhecível. Os únicos lapsos do Defensor vinham através de Felipe Gedoz pelo flanco esquerdo.  No último lance da primeira etapa, o garoto de Muçum quase empatou o jogo em uma bela cobrança de falta que beijou a trave de Nacho Dom.
No segundo tempo, Fernando Curuchet adiantou as linhas do Defensor, abrindo a defesa e se expondo para os contra-ataques puxados pelo trio Derlis Orué, Melgarejo e Julian Benitez. Não fossem as intervenções do goleiro Campaña, o Nacional teria ampliando logo nos primeiros 10 minutos.
Eis que, Curuchet decidiu apostar na experiência de Nico Oliveira, o artilheiro do reggae, que diferentemente dos confrontos frente ao The Strongest e Nacional de Medellin, pouco aportou ao ataque violeta. O segundo gol paraguaio já madurava, e após erro crasso na cobertura de um escanteio, Derlis Orué acertou um lindo chute para definir o placar. Curutchet ainda apelou para o jogo aéreo com o ingresso do grandalhão Joaquim Boghossian.

 
O Nacional se fechou nos minutos finais com o ingresso do zagueiro Fabian Balbuena que formou uma linha de 3 defensores ao lado de Caceres e Piris, assegurando uma vitória segura, maiúscula que encaminha o Nacional Querido a uma final inédita. Para o Defensor vale lembrar que nas oitavas de final foi derrotado em La Paz pelo mesmo placar no jogo de ida. Em Montevideo, conseguiu remontar a série vencendo o The Strongest por 2 a 0 e levando a vaga nos pênaltis.



*Por Felipe Bigliazzi Dominguez(@FelipeBigliazzi)