No Maracanã, amanhã, teremos um duelo europeu para definirmos o primeiro semifinalista da Copa do Mundo de 2014. A França de Didier Deschamps enfrentará os comandados de Joaquim Low. Fizemos uma prévia do confronto e veja como ficou:
FRANÇA:
Os franceses vieram para a disputa da Copa, sem seu
principal jogador: Ribery, que se lesionou e não pode vir para o Brasil. Porém,
o que muitos pensavam não ocorreu: Didier Deschamps montou um esquema
diferente, sem Ribery, que encaixou e a França venceu todos seus confrontos até
agora na competição.
Apesar de não ter enfrentado equipes de nível tão difícil,
(Honduras, Suíça, Equador e Nigéria), os franceses apresentaram um belo
futebol, eficiente, envolvente, ofensivo e que vai dar trabalho aos alemães.
Como jogam:
Didier Deschamps montou um esquema ofensivo. A seleção
francesa se organiza no esquema 4-3-3, com Cabaye na contenção da zaga,
auxiliando e distribuindo a bola para a criação das jogadas ofensivas
francesas. O ataque é formado por Benzema na esquerda, Valbuena na direita e
Giroud centralizado.
Quando o jogo aperta, Deschamps coloca Griezmann no lugar
de Giroud. Com isso, Benzema muda de posição. Vira centroavante fixo, enquanto
Griezmann se desloca para a esquerda.
O jogo ofensivo francês nessa Copa do Mundo se caracterizou
pelas jogadas pelo lado direito de ataque. Com Debuchy, Valbuena e Pogba, o
lado direito de ataque ofensivo é extremamente importante para a criação das
jogadas ofensivas francesas.
Sem a bola, os franceses marcam no campo de ataque, com os
volantes marcando a saída de bola. Eles
alternam o 4-1-4-1 e variam para o
4-4-2.
ALEMANHA:
A Alemanha veio para a Copa como forte candidata ao título, porém após a goleada sobre Portugal (4x0), passaram sufoco contra Gana (2x2) e venceram a última partida contra o EUA (1x0) e por pouco não foi eliminado.
Como jogam:
Jogam num 4-3-3, com intensa movimentação do trio de frente, Götze busca constantemente a chegada na diagonal,
entrando na área quando a bola cai no lado oposto e inverte com Özil, que
gosta de centralizar e partir na direção da área, além da qualidade pra dar o
passe. Müller é o centroavante, que se movimenta, busca o jogo e também sai da área para abrir espaços para a penetração.
Um problema é a falta de profundidade nas laterais, já que
Joachim Low usa quatro zagueiros de origem na linha defensiva. Por vezes, forma-se um 4-2-3-1, quando Kroos, que arma bem o
jogo, avança e busca a profundidade. Quando Schweinsteiger joga, o time alemão tem mais qualidade do passe, na saída de bola, já que ele também chega a buscar aproximação
no setor esquerdo do campo.
A Alemanha é um time que gosta de propor jogo e jogar com
velocidade na transição, aproveitando a marcação atrasada adversária e pegando
a defesas em recomposição, além de manter muito a posse de bola. Tem um toque de bola de muita qualidade no meio-campo, mas
acaba perdendo a objetividade quando o adversário marca pressão pra abafar as
trocas de passe, obrigando o lançamento longo ou quando pega um time bem
compactado, que lhe nega espaços pra progredir verticalmente. Muitas vezes se
limita a trocar passes lateralmente quando não consegue jogar...
Sem a bola, marcam com duas linhas de quatro (4-1-4-1) e
marcando geralmente dentro do próprio campo defensivo e até cedendo alguns
metros da intermediária.
Sem dúvida nenhuma, será uma excelente quartas de final, que terá cobertura completa da Prancheta Tática. Durante o jogo, no Twitter e após o jogo, com a análise final do duelo.
Por Daniel Barud (@BarudDaniel)