quinta-feira, 3 de julho de 2014

Prévia Tática: França x Alemanha

No Maracanã, amanhã, teremos um duelo europeu para definirmos o primeiro semifinalista da Copa do Mundo de 2014. A França de Didier Deschamps enfrentará os comandados de Joaquim Low. Fizemos uma prévia do confronto e veja como ficou:

FRANÇA:

Os franceses vieram para a disputa da Copa, sem seu principal jogador: Ribery, que se lesionou e não pode vir para o Brasil. Porém, o que muitos pensavam não ocorreu: Didier Deschamps montou um esquema diferente, sem Ribery, que encaixou e a França venceu todos seus confrontos até agora na competição. 

Apesar de não ter enfrentado equipes de nível tão difícil, (Honduras, Suíça, Equador e Nigéria), os franceses apresentaram um belo futebol, eficiente, envolvente, ofensivo e que vai dar trabalho aos alemães.

Como jogam:

Didier Deschamps montou um esquema ofensivo. A seleção francesa se organiza no esquema 4-3-3, com Cabaye na contenção da zaga, auxiliando e distribuindo a bola para a criação das jogadas ofensivas francesas. O ataque é formado por Benzema na esquerda, Valbuena na direita e Giroud centralizado.


Quando o jogo aperta, Deschamps coloca Griezmann no lugar de Giroud. Com isso, Benzema muda de posição. Vira centroavante fixo, enquanto Griezmann se desloca para a esquerda.


O jogo ofensivo francês nessa Copa do Mundo se caracterizou pelas jogadas pelo lado direito de ataque. Com Debuchy, Valbuena e Pogba, o lado direito de ataque ofensivo é extremamente importante para a criação das jogadas ofensivas francesas.

Sem a bola, os franceses marcam no campo de ataque, com os volantes marcando a saída de bola. Eles 
alternam o 4-1-4-1 e variam para o 4-4-2.

ALEMANHA:

A Alemanha veio para a Copa como forte candidata ao título, porém após a goleada sobre Portugal (4x0), passaram sufoco contra Gana (2x2) e venceram a última partida contra o EUA (1x0) e por pouco não foi eliminado. 

Como jogam:

Jogam num 4-3-3, com intensa movimentação do trio de frente, Götze busca constantemente a chegada na diagonal, entrando na área quando a bola cai no lado oposto e inverte com Özil, que gosta de centralizar e partir na direção da área, além da qualidade pra dar o passe. Müller é o centroavante, que se movimenta, busca o jogo e também sai da área para abrir espaços para a penetração. 

Um problema é a falta de profundidade nas laterais, já que Joachim Low usa quatro zagueiros de origem na linha defensiva. Por vezes, forma-se um 4-2-3-1, quando Kroos, que arma bem o jogo, avança e busca a profundidade. Quando Schweinsteiger joga, o time alemão tem mais qualidade do passe, na saída de bola, já que ele também chega a buscar aproximação no setor esquerdo do campo.

A Alemanha é um time que gosta de propor jogo e jogar com velocidade na transição, aproveitando a marcação atrasada adversária e pegando a defesas em recomposição, além de manter muito a posse de bola. Tem um toque de bola de muita qualidade no meio-campo, mas acaba perdendo a objetividade quando o adversário marca pressão pra abafar as trocas de passe, obrigando o lançamento longo ou quando pega um time bem compactado, que lhe nega espaços pra progredir verticalmente. Muitas vezes se limita a trocar passes lateralmente quando não consegue jogar...

Sem a bola, marcam com duas linhas de quatro (4-1-4-1) e marcando geralmente dentro do próprio campo defensivo e até cedendo alguns metros da intermediária. 

Sem dúvida nenhuma, será uma excelente quartas de final, que terá cobertura completa da Prancheta Tática. Durante o jogo, no Twitter e após o jogo, com a análise final do duelo. 

Por Daniel Barud (@BarudDaniel)