No Maracanã, o Fluminense, de Cristovão Borges, enfrentou o
Coritiba, do técnico Celso Roth e não fez sua parte. O Cruzeiro havia empatado,
resultado que poderia deixar o Flu com apenas 02 pontos atrás do líder do
Brasileirão, caso vencesse. Porém, em um duelo totalmente diferente do pensado,
o Coritiba veio ao Rio de Janeiro com uma proposta de jogo muito boa e
conseguiu arrancar um empate com a equipe carioca, até então vice-líder.
O duelo, assim como quarta-feira, começou com o time adversário,
o Coritiba tomando a iniciativa do jogo, apertando a saída de bola do Flu. Aos
poucos, o Flu começou a tomar o controle do jogo. O Coritiba estava avançado,
marcando no campo de ataque do Flu. Enquanto isso, o Flu estava apático,
nervoso e sem saída de bola.
O Coritiba veio ao RJ no 4-2-3-1, com Alex de falso nove,
Robinho, Norberto e Dudu de meias, Baraka e Germano de volantes. Os laterais
Dener, pela esquerda e Reginaldo, pela direita, apoiavam bastante ao ataque e a
linha de fundo. Com blocos médios, vaiando para blocos altos, marcação pressão,
no campo de ataque, defesa alta, sem dar espaços para o Flu, forçando a equipe
carioca a fazer lançamentos, sem dar chances para penetração do ataque
tricolor.
O Flu comandado por Cristovão, se posicionava no 4-2-3-1,
porém com muitos problemas. Apático, nervoso e com pouca movimentação no campo
de ataque, a equipe era refém do toque de bola, sem espaços para penetrar na
defesa paranaense. Após os 20’, o Flu parecia acordar. Em um escanteio,
Elivélton subiu mais que todo mundo e abriu o placar para o Flu. 1 a 0. Porém,
o time não rendeu o esperado. Com Sóbis na frente, também de falso novo, Cícero
muito apagado pela direita, Conca nervoso no meio, e Wagner na esquerda, o Flu
não conseguia impor seu jogo. Conca inverteu com Wagner devido a marcação
especial de Baraka em Conca. O que salvava o Flu era sua recomposição
defensiva, que por sinal, é muito boa. O Coxa era defensivo e rápido nos
contra-ataques, com muita velocidade e transição rápida. O jogo era movimentado
e o Coxa dominava o meio campo.
Na segunda e ultima etapa, o Coxa continuou com sua
proposta. Marcando em cima, sem dar espaços, criando mais. Kerrison entrou o
lugar de Robinho. Mais movimentação no ataque do Coxa, pelo lado esquerdo. O
Flu continuava nervoso, apático, precipitado. Aos poucos, tocava a bola, mas não
tinha espaços para penetrar na defesa paranaense. Com a entrada de Edson no lugar
de Bruno e Chiquinho no lugar de Cícero, a equipe piorou. Jean foi deslocado
para lateral direita e Edson ficou como volante. Após queimar as três substituições
deixaram Walter e Fred no banco, com o placar de 1 a 0, favorável, chamando o
Coritiba para seu campo. Celso Roth não pensou duas vezes. Colocou o angolano
Geraldo, para dar mais movimentação e rapidez no ataque do Coxa. E deu certo. De
tanto insistir, o Coxa chegou ao empate em um belo chute de fora da área de
Germano. O Coxa mereceu o resultado e para o Flu o resultado também foi bom,
devido as circunstâncias do jogo.