Em São Januario, o Vasco recebeu o Ceará, pela 16ª Rodada da
Série B. Vice-líder e líder, respectivamente, se enfrentaram e não fizeram um
jogo como se esperava do melhor ataque da Série B, Ceará diante da melhor
defesa, Vasco. Tivemos os comandados de Adílson Batista, enfrentando os comandados de Sérgio Soares. Um bom duelo tático.
O jogo começou truncado, sem espaços, nervoso, com o Vasco
propondo o jogo. O Ceará buscava sempre o contra-ataque. Vasco com a bola, no
4-4-2, com blocos médios, variando para blocos altos. A armação das jogadas era
feita com Dakson na esquerda e Douglas na direita. Kléber e Guilherme Biteco se
movimentavam na frente, enquanto Guiñazu e Fabrício davam consistência ao meio
campo cruzmaltino. O Vasco criava mais, propunha o jogo, tomava a iniciativa,
com objetividade, pelos lados com Carlos César na direita, pelo meio com
Douglas e na esquerda com Marlon.
Já o Ceará, veio ao Rio, fechadinho, buscando uma bola.
Buscava o contra-ataque, se organizava no 4-4-2, com Magno Alves e Bill na
frente e Nikão e Ricardinho na armação dos contra-ataques, na direita e
esquerda, respectivamente. Enquanto isso, João Marcos e Eduardo eram os
volantes, na contenção da zaga cearense. O Vozão se organizava em blocos
médios, com pouca variação para blocos baixos. O problema cearense era nas
entre-linhas e na saída de bola. O time até que se compactava bem, não dava
espaços para o Vasco penetrar, mas falhava na saída de bola e no meio campo.
Aos 17’ do primeiro tempo, pênalti para o Vasco. Douglas
cobrou e perdeu. De tanto insistir, aos 21’ da primeira etapa, a equipe
cruzmaltina marcou. Marlon foi a linha de fundo, cruzou, Luis Carlos espalmou e
Kléber abriu o placar em São Januário. Daí a diante, o Vasco manteve o ritmo, não
deu chances para o Vozão criar oportunidades ofensivas nos contra-ataques,
criava mais, pelos lados, com mais posse de bola.
Na primeira etapa, o Ceará pouco assustou o Vasco, que criou
mais, teve mais oportunidades. Ceará perdeu o meio-campo, com pouca mobilidade
e velocidade, muito defensivo, marcou mais, criou pouco. No Vasco prevaleceu o
regular sistema defensivo, o melhor da Série B, que marcou bem e não deu
chances para o Ceará, que não fez valer seu poder ofensivo, o melhor ataque da
Segundona.
Na segunda etapa, o Ceará fez uma substituição. Nikão saiu e
entrou Michel. A equipe melhorou o meio-campo, porém não teve efetividade para
criar as oportunidades. Aos 11’ da etapa final, Douglas selou a vitória
carioca, em cobrança de falta perfeita. 2 a 0. Daí em diante, o Vasco manteve o
ritmo do jogo, dominou a partida, criou outras chances e venceu mais uma na
Série B e está invicto a 14 jogos.
Por Daniel Barud (@BarudDaniel)