terça-feira, 30 de setembro de 2014

Chelsea cria chances, desperdiça várias, mas vence no jogo aéreo, uma das virtudes da equipe

Jogo válido pela 2º rodada da fase de grupos da Uefa Champions League. Chelsea tinha a obrigação de vencer, por ter decepcionado empatando em casa contra o Schalke 04 na primeira rodada. Já o Sporting vinha de um empate com o desconhecido Maribor, e teria uma tarefa muito difícil enfrentando a equipe de Londres.

O Sporting jogou no 4-3-3, que apostava muito na velocidade pelos lados para a bola aérea do atacante argelino Slimani. Tinha Nani e Carrillo pelos lados, jogadores que eram usados para aplicar velocidade quando o Sporting recuperava a bola. Quando não possuía a bola, se posicionava no 4-1-4-1, com William Carvalho entre linhas e Slimani mais avançado. Marcava em bloco médio, fazendo pressão quando o Chelsea passava do meio de campo.

Flagrante do corredor que o ponta esquerda do Sporting proporciona, com sua movimentação de fora para dentro, onde o lateral do time português pode aproveitar o espaço.


Flagrante do 4-1-4-1, bloco médio, sem bola do Sporting.



Já o Chelsea jogou no habitual 4-2-3-1, que tinha velocidade pelos lados com Hazard e Schurrle e o passe qualificado pelo meio com Fábregas e Oscar, além da referência do Diego Costa mais a frente. Quando não tinha a bola, compactava-se em duas linhas de quatro, e fazia pressão no campo de defesa do Sporting. No momento em que roubava a bola, mesclava em sair no contra-golpe com Hazard, onde criou pelo menos duas chances e manter a posse de bola.

Flagrante do contra-ataque do Chelsea, onde é utilizada a velocidade de Hazard. Observe que 2 jogadores do Chelsea estão contra 1 defensor do Sporting. Observa-se também o espaço que Hazard tem para aproveitar.


Flagrante da marcação pressão do time do Chelsea, onde três jogadores do time de Londres fazem marcação agressiva no jogador do Sporting que está com a bola, e outros três jogadores marcam as opções de passe.


Em um curto espaço, Chelsea pressiona a saída de bola do Sporting, sem agressividade, mas tirando as linhas de passe do portador da bola.

Compactação do Chelsea onde 7 jogadores estão em um espaço de 20 metros.



        


Chelsea tinha o domínio da partida, criava várias chances, mas não conseguia concluir em gols. Até que mostrou uma de suas virtudes: a bola aérea. Aos 33 minutos, Fábregas cobrou a falta e Matic subiu muito alto para fazer justiça no placar.

No segundo tempo, o Sporting adiantou suas linhas, veio para cima, mas não conseguia fazer os gols. Chelsea passou a tocar mais a bola e apostar no contra-ataque. Teve a chance com Diego Costa, mas Rui Patricio, destaque da partida, saiu muito bem do gol.





Chelsea mostrou diversas virtudes que o time possui: goleiro que passa segurança, defesa sólida, subida alternada dos laterais, passe qualificado no meio campo, velocidade pelos lados, bola aérea ofensiva e defensiva, além de um forte contra-ataque. Mas mostrou seus defeitos também: perder muitas oportunidades para definir o jogo e baixar a intensidade no segundo tempo. Defeitos que podem ser fatais em jogos contra PSG, Real Madrid, Barcelona, Bayern.

Mas mesmo assim, é candidatíssimo ao título da Champions League, por ter um treinador muito qualificado, elenco que possui 11 titulares, além de ter no banco Petr Cech, Mikel, Willian, Drogba e ter mais virtudes que defeitos. 

Por Otavio Martins