terça-feira, 30 de setembro de 2014

Especial Atletiba: Sistema defensivo do Atlético-PR

Assim como o sistema defensivo coxa-branca, o rubro-negro, inicialmente também apresenta lenta troca de ação de jogo. Já que enquanto somente um ou nenhum jogador do Atlético-PR pressiona rapidamente o adversário com a bola, os demais voltam para posicionar defensivamente na intermediária ofensiva. Deste modo, procurando compactar entre as intermediárias do campo. A curta compactação é uma constante no sistema defensivo rubro-negro.

No flagrante acima, o Atlético-PR está se defendendo no 4-4-2, já que o esquema tático utilizado contra o Palmeiras foi o 4-2-3-1 (Reprodução: Sportv).

Já contra o Cruzeiro, o Furacão utilizou o 3-4-1-2 e se compactou em um espaço ainda mais curto, assim como percebe-se o 5-2-3 acima. De comum entre os dois posicionamentos defensivos, nota-se a curta compactação. Já de diferente, será abordado adiante (Reprodução: Sportv/ PFC).

Claudinei Oliveira, desde que assumiu o Atlético-PR, tem mudado o esquema tático e o modo de marcação de acordo com o mando de campo das partidas. Na Arena da Baixada, o 4-2-3-1 sempre prevaleceu. Já fora dos domínios rubro-negro, já foi utilizado o 4-4-2 em linha e o 3-4-1-2.

Nos jogos com mando do Furacão, o 4-2-3-1 varia o posicionamento defensivo entre 4-4-1-1 e 4-4-2. Além deste posicionamento, o modo de marcar na individual por setor e com perseguições. Ou seja, cada jogador do Atlético-PR encosta no adversário mais próximo e segue com ele até boa distância, mesmo que essa perseguição cause a saída do seu setor defensivo. 

No jogo contra o Palmeiras, o Atlético-PR atuou no 4-2-3-1, compactou entre intermediárias, inicialmente se posicionava no 4-4-1-1 ou 4-4-2 e com encaixes de marcação por setor (por isso que no flagrante, o posicionamento defensivo do Furacão é o 4-1-4-1, pois Deivid já subiu para marcar o seu) (Reprodução: Sportv/ PFC). 

Tamanha foi a orientação de marcar na individual por setor, que neste mesmo jogo, o Atlético-PR marcava tão desorganizadamente que não dava para definir o posicionamento defensivo da equipe (Reprodução: Sportv/ PFC).

Contra o Internacional, o Atlético-PR também marcou na individual por setor. No momento do flagrante, o Furacão estava organizado no 4-2-3-1, mas as marcações individuais estavam bem claras (marcações representadas pelas linhas azuis) (Reprodução: Sportv).

Agora nas partidas fora da Arena da Baixada, o Atlético-PR já variou entre 4-4-2 em linha e 3-4-1-2. Nos dois casos, a compactação foi mais curta e a marcação passou a ser por zona. Ou seja, independente de quantos jogadores esteja no setor, o sistema defensivo estará ocupando organizadamente o lado da bola e estará sujeita a inferioridade numérica no setor da bola.

Contra o Cruzeiro, o 3-4-1-2 defensivamente se posicionou no 5-2-3, assim como mostra o flagrante acima. Assim como dito anteriormente, a marcação passou a ser zonal (Reprodução: Sportv/ PFC).

Agora contra o Grêmio, o Atlético-PR atuou no 4-4-2 típico britânico: 4-4-2 compactado em curto espaço, todos balançando defensivamente para o lado da bola e com marcação por zona. 

Além da curta compactação independente do esquema tático, outro aspecto defensivo que é uma constante é o modo de marcação nos escanteios defensivos. Da mesma maneira que o seu rival, o Atlético-PR marca com dois jogadores na zona da primeira trave enquanto que os demais de dentro da área marcam individualmente o adversário mais próximo.

Contra o Internacional, o Atlético-PR posicionou dois jogadores na primeira trave, estes que marcavam por zona (marcações representadas pelos círculos amarelos) e os demais de dentro da área na individual (marcações representadas pelas cores azuis) (Reprodução: Sportv/ PFC).

Assim como foi contra o Internacional, contra o Palmeiras, o Furacão marcou seus escanteios defensivos da mesma maneira. Este tipo de marcação é interessante porque os defensores sempre estão próximos e atentos para onde os seus marcados estão indo, mas, ao mesmo tempo, eles podem ser levados para qualquer região da área do seu goleiro. Deste modo, propício a qualquer jogada ensaiada adversária (Reprodução: Sportv).

Por Caio Gondo (@CaioGondo)