Assim como o sistema defensivo coxa-branca, o rubro-negro,
inicialmente também apresenta lenta troca de ação de jogo. Já que enquanto
somente um ou nenhum jogador do Atlético-PR pressiona rapidamente o adversário
com a bola, os demais voltam para posicionar defensivamente na intermediária
ofensiva. Deste modo, procurando compactar entre as intermediárias do campo. A
curta compactação é uma constante no sistema defensivo rubro-negro.
No flagrante acima, o Atlético-PR está se defendendo no
4-4-2, já que o esquema tático utilizado contra o Palmeiras foi o 4-2-3-1
(Reprodução: Sportv).
Já contra o Cruzeiro, o Furacão utilizou o 3-4-1-2 e se
compactou em um espaço ainda mais curto, assim como percebe-se o 5-2-3 acima. De
comum entre os dois posicionamentos defensivos, nota-se a curta compactação. Já
de diferente, será abordado adiante (Reprodução: Sportv/ PFC).
Claudinei Oliveira, desde que assumiu o Atlético-PR, tem
mudado o esquema tático e o modo de marcação de acordo com o mando de campo das
partidas. Na Arena da Baixada, o 4-2-3-1 sempre prevaleceu. Já fora dos
domínios rubro-negro, já foi utilizado o 4-4-2 em linha e o 3-4-1-2.
Nos jogos com mando do Furacão, o 4-2-3-1 varia o
posicionamento defensivo entre 4-4-1-1 e 4-4-2. Além deste posicionamento, o
modo de marcar na individual por setor e com perseguições. Ou seja, cada
jogador do Atlético-PR encosta no adversário mais próximo e segue com ele até
boa distância, mesmo que essa perseguição cause a saída do seu setor defensivo.
No jogo contra o Palmeiras, o Atlético-PR atuou no 4-2-3-1,
compactou entre intermediárias, inicialmente se posicionava no 4-4-1-1 ou 4-4-2
e com encaixes de marcação por setor (por isso que no flagrante, o
posicionamento defensivo do Furacão é o 4-1-4-1, pois Deivid já subiu para
marcar o seu) (Reprodução: Sportv/ PFC).
Tamanha foi a orientação de marcar na individual por setor,
que neste mesmo jogo, o Atlético-PR marcava tão desorganizadamente que não dava
para definir o posicionamento defensivo da equipe (Reprodução: Sportv/ PFC).
Contra o Internacional, o Atlético-PR também marcou na
individual por setor. No momento do flagrante, o Furacão estava organizado no
4-2-3-1, mas as marcações individuais estavam bem claras (marcações
representadas pelas linhas azuis) (Reprodução: Sportv).
Agora nas partidas fora da Arena da Baixada, o Atlético-PR
já variou entre 4-4-2 em linha e 3-4-1-2. Nos dois casos, a compactação foi
mais curta e a marcação passou a ser por zona. Ou seja, independente de quantos
jogadores esteja no setor, o sistema defensivo estará ocupando organizadamente
o lado da bola e estará sujeita a inferioridade numérica no setor da bola.
Contra o Cruzeiro, o 3-4-1-2 defensivamente se posicionou no
5-2-3, assim como mostra o flagrante acima. Assim como dito anteriormente, a
marcação passou a ser zonal (Reprodução: Sportv/ PFC).
Agora contra o Grêmio, o Atlético-PR atuou no 4-4-2 típico britânico:
4-4-2 compactado em curto espaço, todos balançando defensivamente para o lado
da bola e com marcação por zona.
Além
da curta compactação independente do esquema tático, outro aspecto defensivo
que é uma constante é o modo de marcação nos escanteios defensivos. Da mesma
maneira que o seu rival, o Atlético-PR marca com dois jogadores na zona da
primeira trave enquanto que os demais de dentro da área marcam individualmente
o adversário mais próximo.
Contra o Internacional, o Atlético-PR posicionou dois
jogadores na primeira trave, estes que marcavam por zona (marcações
representadas pelos círculos amarelos) e os demais de dentro da área na
individual (marcações representadas pelas cores azuis) (Reprodução: Sportv/
PFC).
Assim como foi contra o Internacional, contra o Palmeiras, o
Furacão marcou seus escanteios defensivos da mesma maneira. Este tipo de
marcação é interessante porque os defensores sempre estão próximos e atentos
para onde os seus marcados estão indo, mas, ao mesmo tempo, eles podem ser
levados para qualquer região da área do seu goleiro. Deste modo, propício a
qualquer jogada ensaiada adversária (Reprodução: Sportv).
Por Caio Gondo (@CaioGondo)