Weverton
Titular incontestável. Como nenhum reserva apresenta um
nível técnico próximo a Weverton e como ele está passando por uma fase
individual muita boa, o camisa 12 é o titular da meta rubro-negra. Taticamente,
este goleiro é o responsável em cobrar os tiros-de-meta e repor a bola em
direção a um dos atacantes do Atlético-PR, já que a altura de todos os meio-campistas
do Furacão não é muito acima da média.
Como Weverton cobra os tiros-de-meta em direção a Marcelo,
Douglas Coutinho ou Dellatorre, Marcos Guilherme troca de posição rapidamente
com o jogador da referência do ataque rubro-negro para que o camisa 10 possa
realizar a mesma movimentação dos demais. Os tiros-de-meta são cobrados em
direção destes jogadores porque são mais altos e, também, para que qualquer
resvalada sobre para os outros demais jogadores ofensivos que se movimentarão
em direção do jogador do Atlético-PR que vai cabecear a bola. Desta maneira,
aumentando as chances de manutenção da bola pelo Furacão.
Sueliton ou Mário Sérgio
Independentemente do lateral que for escalado inicialmente,
ambos realizam com eficiência as funções defensivas e ofensivas do
lateral-direito que Claudinei Oliveira pede. Tanto Sueliton quanto Mário Sérgio
fazem rapidamente a diagonal defensiva, atacam alternadamente em relação a
Willian Rocha e, por fim, “disputa” espaço pelo lado com Marcelo ou Douglas
Coutinho.
Ofensivamente e assim como Willian Rocha, Sueliton ou Mário
Sérgio só ataca até a intermediária ofensiva. Já que no terço ofensivo do
Furacão, Marcelo ou Douglas Coutinho costumeiramente atacam abertos pelo lado e
impedem a projeção do lateral-direito (Reprodução: Sportv).
Defensivamente, tanto Sueliton quanto Mário Sérgio realiza
rapidamente a diagonal defensiva, assim como mostra o flagrante anterior. Pois,
na imagem, como Cleberson saiu “na caça” e perdeu a bola, Mário Sérgio já
iniciara a diagonal defensiva para cobrir o setor deixado pelo seu companheiro
(Reprodução: Sportv).
Gustavo
Desde que chegou ao Atlético-PR, o zagueiro é titular do
lado direito central da equipe. A experiência no futebol e por Claudinei
Oliveira já conhecesse pelo tempo que passou no Paraná Clube, Gustavo passou a
ser um dos líderes da linha defensiva do Furacão. Apesar de já ter muitos anos
no futebol, este zagueiro apresenta pouca qualidade no passe e, assim, fazendo
com que o time sai muitas vezes através dos lançamentos de Weverton.
No flagrante, percebe-se Gustavo no lado direito central da
defesa rubro-negra (Reprodução: Sportv).
Cleberson
Apesar de tantas falhas individuais antes da chegada de
Claudinei Oliveira, Cleberson se mantém como titular da equipe. Mas assim como
foi no seu auge técnico, este zagueiro voltou a atuar pelo lado esquerdo
central da defesa do Atlético-PR. Por voltar onde mais se destacou, Cleberson
diminuiu a quantidade de falhas individuais, mas também ao seu redor, o poder
defensivo da equipe aumentou (antes ele tinha Léo Pereira e Natanael, e agora
tem Gustavo e Willian Rocha). Assim como Gustavo, Cleberson também não
apresenta muita qualidade no passe e, assim, propiciando ainda mais a equipe em
sair para o jogo através de lançamentos.
Na imagem acima, nota-se Cleberson pela esquerda central da
defesa do Furacão.
Willian Rocha
Desde a chegada de Claudinei Oliveira, Willian Rocha passou
a receber mais chances no time. Começou entrando nas partidas, mas desde o 2°
jogo deste técnico, este jogador passou a ser titular. Iniciou como zagueiro, mas
depois que Gustavo chegou ao Atlético-PR, Willian Rocha passou a jogar na
posição que aprendeu a jogar, em 2012, pelo Sport, que é a lateral-esquerda.
Como o lateral-direito da equipe, o da esquerda também pouco avança até a linha
de fundo adversária. Deste modo, Willian Rocha teve pouco para se adaptar a
nova posição, pois ele é zagueiro de origem.
Assim como Natanael, Willian Rocha sofre com a mesma
“disputa” por espaço com outro jogador do Atlético-PR aberto pela esquerda. No
flagrante anterior, percebe-se Natanael tendo Marcelo a sua frente e, assim,
fazendo com que a bola retornasse até João Paulo (Reprodução: Sportv).
Deivid
Titular com todos os técnicos que passaram pelo Atlético-PR
neste ano. Deivid é um dos jogadores do Campeonato Brasileiro que mais
desarmou, mas, durante os jogos, só acerta os passes mais simples e se complica
nos demais. Independente disso tudo, o camisa 5 rubro-negro realiza funções
peculiares em campo. Em ação defensiva, este volante inicia ao lado do outro
volante da equipe, mas com o decorrer da jogada adversária, Deivid ou se
projeta à frente formando um 4-1-4-1 ou se desprende do alinhamento da volância
partindo para uma perseguição longa do jogador que está marcando. Já
ofensivamente, Deivid se projeta à frente, porém poucas vezes se apresenta como
opção de passe curto, pois não consegue se desmarcar.
No flagrante acima, percebe-se Deivid posicionado
corretamente posicionado para a sua posição: na direita pelo centro da dupla de
volantes da equipe (Reprodução: Sportv).
Em alguns momentos defensivos, Deivid se desalinha do outro
volante da equipe e faz o Atlético-PR se posicionar defensivamente no 4-1-4-1,
assim como a imagem anterior demonstra (Reprodução: Sportv).
Já enquanto o time adversário vai avançando no campo
ofensivo do Furacão, Deivid passa a perseguir o jogador que está marcando.
Mesmo que esta perseguição causa para o seu time a desocupação do setor onde
ele deveria estar. Devido a esta desocupação, o Fluminense realizou o seu
primeiro gol na equipe, na época treinada por Doriva (Reprodução: Sportv/ PFC).
João Paulo ou Hernani
O primeiro recebeu as primeiras chances como titular da “Era
Claudinei Oliveira”, porém o segundo está pedindo passagem nos 11 iniciais.
Ambos se posicionam na esquerda do centro de volantes da equipe, mas de
diferente, João Paulo auxilia mais na saída de bola em campo defensivo e
Hernani realiza mais facilmente a transição do campo de defesa para o do
ataque. Os dois se completariam, mas só um ou outro atua como titular.
No flagrante acima, nota-se João Paulo se aproximando dos
zagueiros do time para iniciar a saída de bola da equipe (Reprodução: Sportv).
Já nesta imagem, as áreas de atuações mais comuns entre os
dois foram representadas. A cor azul está representando a área de João Paulo
–note como ele auxilia na saída de bola entre os zagueiros e atua até próximo
do círculo central- e de vermelho a área de atuação de Hernani –perceba como
Hernani não auxilia tanto na saída de bola, mas consegue transferir a bola do
campo defensivo para o ofensivo e, ainda, permanecer com ela até a
intermediária ofensiva.
Marcos Guilherme
O camisa 10 do Atlético-PR realiza com mais rendimento na
função de meia-atacante, porém em algumas partidas, Marcos Guilherme também é
utilizado como meia central. A condução com a bola em velocidade e o
recebimento da mesma em projeção são as principais características deste
jogador, mas que dependendo do andamento do jogo, elas são poucas vezes
utilizadas por ele. Este meia atua aberto em qualquer das posições de meia do
4-2-3-1 e também como meia central dos esquemas com “1” (como 4-3-1-2 e
3-4-1-2).
Contra o Internacional, Marcos Guilherme atuou como meia
aberto pela esquerda (Reprodução: Sportv).
Já contra o Grêmio, Marcos Guilherme atuou na posição do “1”
no 3-4-1-2 do Atlético-PR (Reprodução: Sportv).
Marcelo
A revelação do Campeonato Brasileiro de 2013 ainda não
deslanchou em 2014. Com todos os outros três técnicos que o Atlético-PR teve
neste ano, Marcelo freqüentemente foi utilizado aberto pela direita no trio de
meias do 4-2-3-1. Diferentemente do que foi 2013 e agora em algumas vezes com
Claudinei Oliveira, já que nestes períodos, este atacante jogou e joga na
posição de atacante. Uma vez que Marcelo não compõe corretamente o sistema
defensivo quando a bola está no lado oposto do campo, ele ser utilizado como
atacante parece ser mais propício e o atual técnico do Furacão tem percebido
isto.
Aberto pela direita, Marcelo já recebe na região do campo
onde mais consegue driblar, porém o seu marcador já está próximo a ele e no
setor defensivo de sua preferência (Reprodução: Sportv/ PFC).
Já no ataque, Marcelo parte do centro para a direita e com
esta movimentação, ele explora as costas do lateral-esquerdo adversário e
retira o zagueiro adversário que está marcando-o da sua “zona de conforto”. Com
isso, o atacante do Atlético-PR realiza mais facilmente os seus dribles longos
(Reprodução: Sportv/ PFC).
Douglas Coutinho
Aclamado atualmente pela torcida atleticana, Douglas
Coutinho tem recebido freqüentes oportunidades no time titular do Furacão. Mas
também pudera, ele é o artilheiro da equipe no Campeonato Brasileiro. Assim
como Marcelo, Douglas Coutinho também apresenta dificuldades em compor
corretamente o sistema defensivo da equipe. Deste modo e assim como seu
companheiro de equipe, Coutinho tem sido constantemente utilizado na referência
do ataque do Atlético-PR por Claudinei Oliveira. Quando este jogador não joga
centralizado, ele atua aberto em dos lados do trio de meias do time.
Como Douglas Coutinho compõe mal defensivamente, ele
freqüentemente é utilizado na referência do ataque, assim como está mostrando o
flagrante acima (Reprodução: Sportv/ PFC).
Já quando o Atlético-PR atua no 4-2-3-1, assim como mostra o
flagrante anterior, Douglas Coutinho, apesar da sua dificuldade defensiva, atua
aberto em dos lados do campo (Reprodução: Sportv/ PFC).
O 11° jogador
Claudinei Oliveira tem variado o esquema e o modo de atuar
de acordo com o mando do campo das partidas. Quando o Atlético-PR atua na Arena
da Baixada, o 4-2-3-1 é o esquema utilizado e com a intenção de propor o jogo.
Desta maneira, Bady e Dellatorre são os mais cotados para a 11ª vaga do time
titular. Já quando o jogo é fora dos domínios rubro-negros, o Furacão procura
atuar de forma reativa e em esquemas mais compactados, assim como foram os
casos do 5-4-1-2 e do 4-4-2 em linha. Nestas situações, Natanael ou um jogador
com características mais defensivas é cotado para a 11ª vaga do time titular.
Na Arena da Baixada, o esquema utilizado é o 4-2-3-1 e
procurando propor o jogo. No caso da partida contra o Palmeiras, Dellatorre iniciou
como titular (Reprodução: Sportv/ PFC).
Já fora de Curitiba, o Furacão joga reativamente e com o
sistema defensivo mais compactado. No caso do jogo contra o Cruzeiro no
Mineirão, Natanael foi o escolhido entre os titulares (Reprodução: Sportv/ PFC).
Por Caio Gondo (@CaioGondo)