O duelo de tricolores no Morumbi foi muito interessante taticamente, principalmente porque mostrou algumas nuances táticas do futebol moderno, principalmente pelo lado dos comandados de Cristóvão Borges.
O Tricolor das Laranjeiras se posicionava no 4-2-3-1, e, sem a bola, mostrava compactação invejável, com todos os jogadores no campo de defesa, procurando fazer superioridade numérica com 3 a 4 jogadores no setor em que era atacado pelo rival, com a linha de defesa muito avançada, e, muitas vezes procurando fazer a linha de impedimento, o que muitas vezes deu certo quando o Tricolor Paulista procurava penetrar na área de Diego Cavalieri.
O São Paulo se posicionava no 4-4-2 britânico dos últimos jogos, com Ganso e Kaká fechando pelos lados, com as linhas tricolores balançando para o lado da bola. A compactação também esteve presente pelos lados do São Paulo, tanto que no primeiro tempo, o Fluminense também não conseguia infiltrar na área defendida por Rogério Ceni.
Cristóvão Borges pedia constantemente para que o time tocasse a bola rapidamente como nos últimos jogos, e foi assim que a vitória do Fluminense foi obtida, através da velocidade exigida no futebol atual, aliada a disciplina tática, compactação e ao talento de jogadores como Conca, que decretou a vitória do Tricolor das Laranjeiras no final, com um belo gol de falta, sem contar a assistência para o gol de Fred.
As entradas de Luís Fabiano e Osvaldo pouco acrescentaram ao Tricolor Paulista, que pouco conseguia infiltrar na área do Fuminense no fim do segundo tempo, apesar de Luis Fabiano ter procurado se movimentar e ter mostrado vontade de vencer, o que falta ao time do São Paulo atualmente, assim como a já dita movimentação para criar espaços e voltar ao caminho das vitórias.
São Paulo posicionado no 4-4-2 britânico, com as famosas duas linhas de quatro. (Reprodução: PFC/SporTV) |
Por Diogo R. Martins (@diogorm013)