Jogar no Independência é duro.
Já diz o ditado: Caiu no horto, tá morto.
E o Vasco não aguentou. Como muitos não aguentaram e nem
aguentarão neste ano.
O Galo é MUITO FORTE dentro de casa. Caiu na Libertadores
para outro excelente time do Inter, de Aguirre.
E vem firme para brigar pelo título do Brasileirão. Isso é
FATO.
A partida começou aberta, com as duas equipes buscando o
gol. O Vasco com mais dificuldades e o Atlético começando a tomar conta do
jogo.
Com 10min, só dava Galo. O Vasco não aguentou a intensidade
e velocidade do Galão da Massa.
Levir mandou a campo a equipe com suas características:
velocidade na transição defesa-ataque e marcação firme. O 4-2-3-1 organizado
pelo técnico variava para o 4-1-4-1. Com a bola, Dátolo apoiava ao ataque e
formava a linha de quatro meias, deixando Rafael Carioca na proteção da zaga.
Sem a pelota, Dátolo voltava para formar dupla de volantes com Rafael Carioca.
O Vasco foi a campo também no 4-2-3-1 com as estreias de
Diguinho e Riascos. Na linha de três meias, Julio do Santos ficava
centralizado, Rafael Silva na direita e Riascos na esquerda. Faltava mobilidade
e versatilidade na transição ofensiva do Vasco. Muitos erros de passe e de
posicionamento. Organização defensiva com muitos espaços.
O Atlético aproveitava as falhas do Vasco e atacava pelo
flanco direito de ataque com Patric e Luan. O Vasco também apostava nos
laterais. Madson e Christiano, apesar de não ter a mesma eficiência dos
laterais atleticanos, apoiavam com alternância.
O quinteto ofensivo do Galo se movimentava demais. Com
rapidez, inteligência e objetividade, o Galo abriu o placar, após escorregão de
Luan, com Thiago Ribeiro batendo no canto esquerdo do goleiro uruguaio Martin
Silva. 1 a 0. Era a premissa de goleada.
O Galo não parava. Não perdia nem diminuía a intensidade do
jogo. Marcava, jogava, atacava como intensidade muito alta. E rapidamente
ampliou. Lucas Pratto saiu da área, tabelou com Luan, que cruzou para Dátolo
infiltrar sozinho na grande área. 2 a 0.
O Vasco tinha inúmeras dificuldades para sair jogando. Tanto
pelo meio, congestionado, quanto pelos lados, com a marcação intensa e agressiva
dos meias atleticanos. O Galo tinha mais objetividade, mais intensidade e
marcava mais. Congestionaram o meio-campo, não davam espaços e roubavam a bola
com mais facilidade. Patric e Luan faziam o 2x1 em Mádson que não contava com a
recomposição defensiva de Riascos.
Ainda no primeiro tempo, o Atlético decidiu o jogo. Thiago
Ribeiro marcou mais um. Aproveitou o cruzamento e empurrou para o fundo das
redes. 3 a 0.
A segunda etapa foi mais para o tempo passar. O Vasco voltou
um pouco melhor, mas ainda não conseguia infiltrar na defesa atleticana.
Leonardo Silva e Jemerson estão entrosados e não costumam falhar.
O Atlético ocupava muito bem os espaços corretos. Continuava
a marcar firme. Recompunha defensivamente muito bem e ainda mantinha troca de
passes, inversões de jogo, triangulações.
Doriva até tentou mexer, mas o jogo estava decidido.
O Atlético manteve o controle total da partida. Em todo
tempo. Partida muito boa. 3 a 0 incontestável. Podia ser mais.
Ao Vasco resta vencer a primeira em casa e o campeonato é
para brigar para não cair. Se manter na primeira divisão. Para o Galo, a briga
vai ser lá em cima.