O confronto entre o time cruz-maltino e o tricolor paulista começou com o Vasco postado num 4-3-1-2, com três volantes, enquanto que o São Paulo veio a campo num 4-2-3-1 com intensa movimentação de seu quarto ofensivo, defesa em linha avançada e e Rodrigo Caio recuava entre os zagueiros na saída de bola, para executar a "saída de três" eternizada pelo técnico argentino Ricardo La Volpe, movimento tático que se tornou característico do time visitante no segundo semestre de 2014.
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| Já no pontapé inicial da partida era possível identificar o 4-3-1-2 armado por Celso Roth. (Reprodução: TV Globo) |
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| No frame acima, pode-se notar a saída de bola do São Paulo, fazendo a saída de três ou "lavolpiana", com Rodrigo Caio recuando entre os zagueiros. (Reprodução: TV Globo) |
O São Paulo era mais compacto que o Vasco, e tinha mais intensidade. Com Alexandre Pato inspirado na ponta, o Tricolor abriu o placar e ampliou ainda no segundo tempo, enquanto que o Vasco mostrava ser um time bastante espaçado sem transições organizadas, algo que a equipe com Doriva tinha demais, e que só pecava devido a qualidade técnica de seus jogadores.
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| Frame tático do 4-2-3-1 vascaíno. Percebe na área onde está escrito "ESPAÇO" a distância entre os três meias e os volantes. Essa imagem exemplifica o Vasco espaçado em campo, sem compactação. Se o time fosse o compacto, volantes e o quarto ofensivo teria de estar mais próximo, assim como a linha de defesa. (Reprodução: TV Globo) |
Ainda no primeiro tempo Celso Roth sacou Lucas e colocou Rafael Silva, alterando o sistema tático do Vasco para o 4-2-3-1. A equipe mandante avançou a marcação para recuperar a pelota mais rapidamente e levou mais perigo a meta de Rogério Ceni. No primeiro tempo as jogadas mais importantes saíram com Riascos e Madson pela direita, enquanto que na segunda etapa, com o esquema tático mantido, as melhores chances vieram em jogadas pelo centro, onde Riascos teve três chances para marcar e virar o jogo para a sua equipe. Mas ele perdeu todas.
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| Ainda na primeira etapa no Mané Garrincha, ambas as equipes postadas no 4-2-3-1. |
Osório sacou Reinaldo e Ganso, e promoveu as entradas de Matheus Reis e Hudson, alterando o sistema tático do São Paulo para o 4-1-4-1, isso após o gol de Wesley em infiltração inteligente pegando o rebote do chute de Centurion, no início do segundo tempo, quando o Tricolor começou avançando para ampliar o placar e ter mais tranquilidade. O Vasco continuou jogando, avançando no mesmo esquema mesmo com as entradas de Thalles e Eder Luis, mesmo estando desorganizado e espaçado em campo, enquanto que o tricolor cedia campo para o time cruz-maltino, que insistia em diminuir o placar, e não aproveitou as falhas da defesa em linha de impedimento que a equipe de Osório tentava fazer.
A entrada de Boschilia no lugar de Pato não alterou o 4-1-4-1. Tocando a bola e impondo movimentação na frente, Boschilia marcou em rebote do chute de Centurion (novamente), fechando o placar para uma goleada a favor do São Paulo.
O São Paulo, se manter esse padrão de jogo organizado com movimentação na frente, pode ter um segundo semestre melhor em 2015. O Vasco, por sua vez, precisa ter um padrão de jogo mais compacto e organizado em campo, para que não viva o pesadelo de um terceiro rebaixamento em sua história.
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| No final do jogo, São Paulo no 4-1-4-1 e Vasco no 4-2-3-1. |
Por Diogo R. Martins (@diogorm013)
