Muricy começou 2014 de um jeito parecido que terminou 2013, em termos táticos e técnicos. Três volantes, um armador e dois atacantes, um 4-3-1-2. Com Ganso centralizado, Wellington, Denílson e Maicon sustentando o meia. A frente Ademílson e Luís Fabiano. O futebol ruim, semelhante ao do ano velho, fez Muricy mudar;
Para o segundo jogo três armadores ao invés dos três volantes. Osvaldo no lugar de Denílson, aberto a esquerda, com Ademilson a direita e Ganso no centro. Wellington marcando e Maicon encarregado de fazer a transição com a bola nos pés. 4-2-3-1. Na defesa foram mantidos Rodrigo Caio e Antônio Carlos no miolo de zaga, Álvaro Perreira chegou tomando conta da esquerda e Luis Ricardo revezando com Douglas na outra lateral.
A chegada de Souza fez Wellington perder espaço e a de Pabón fez Osvaldo perder o lugar. A saída de Jadson deixou Ganso ainda mais dono do meio e da, agora, camisa dez. Vitórias em casa poucos convincentes e derrotas fora de casa aumentaram a cobrança, de um time ainda sem forma, mesmo com o elenco do ano passado.
Para o duelo contra o São Bernardo após empatar em casa com a Lusa, Muricy propôs um novo jeito de jogar. Uma nova distribuição tática. Roger Carvalho ganhou a vaga de Rodrigo Caio, Ewandro a vaga de Ademílson e Paulo Miranda a de Luis Ricardo.
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| O São Paulo de ontem. |
Um 4-2-3-1 que marcava no 3-5-2. Ewandro partindo do flanco esquerdo não tinha poder de marcação, por que na Copa SP, onde foi destaque do time, jogava como centro avante. Com isso Pabón recuava como ala e Álvaro Perreira subia para marcar a esquerda. Paulo Miranda segurava o posicionamento como terceiro zagueiro. Até deu certo, o time variou e se movimentou bem. Criou no lance de Luis Fabiano para Ewandro perder, mas marcou na falta de Álvaro desviada no caminho.
No único momento de desatenção, o castigo. Paulo Miranda e Roger trocaram posição sem coordenação, Souza não cobriu por dentro e o São Bernardo chegou ao empate.
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| Sem a bola o 3-5-2 do São Paulo, com Pabón na linha de Álvaro. Reprodução SporTV |
Ewandro sentiu e saiu, na vaga dele Osvaldo deu uma dinâmica diferente ao time. 4-2-3-1 fixo, que até teve velocidade mas não levou perigo. Nem sustos lá atrás. Ganso inerte fez o time sentir falta de um armador. Um bom chute e um ótimo passe em noventa minutos foi muito pouco.
Porém, o interessante nesta variação do primeiro tempo é uma possível entrada de Pato. Já que o camisa onze não tem muitas características de marcação, assim como Ewandro, Álvaro Perreira poderia cobriria na marcação e o atacante teria liberdade para criar ao lado de Luís Fabiano. É apenas um esboço, mas Muricy pode ter dado o recado com essa formação.
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| Um possível São Paulo para o amanhã |
Por Rai Monteiro (@Rai_Monteiro)
