segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O ótimo empate no Morumbi que marca a evolução coletiva do São Paulo sem Ganso, e a obediência tática do Santos

O clássico paulista no Morumbi começou com o Santos avançando as suas linhas para marcar e sufocar a saída de bola do 4-2-3-1 do São Paulo, que não contava com Ganso entre os 11 titulares. Escolha justa de Muricy.

O alvinegro praiano, no mesmo esquema, baseou-se em sua proposta de jogo desse ano: compactação marcação e transação ofensiva rápida e organizada, porém, os comandados não conseguiam controlar o jogo, isso porque o São Paulo colocava ritmo forte tendo a bola no pé tanto no ataque quanto na defesa.

Os 3 meias do 4-2-3-1 do Tricolor Paulista colocavam velocidade para se aproximar de Luís Fabiano, e apostavam a maioria das ações ofensivas no setor esquerdo com o apoio do excelente Álvaro Pereira, uma das melhores contratações da gestão Juvenal Juvêncio, marcado por erros e acertos em contratações a tiro cego. Com dribles e jogadas de linha de fundo, e com Pabón muito bem como o meia central do esquema de Muricy, o São Paulo dominou mais o jogo finalizando mais, porém, errando demais as conclusões, e assim fazendo Aranha trabalhar, porém, o Santos teve chances de contra-atacar assim.


"O São Paulo controlou o jogo no 4-2-3-1, e o Santos contra-atacava no mesmo esquema."

A entrada de Ganso deixou o São Paulo mais apático no segundo tempo, e o Santos ganhou mais fôlego para levar mais perigo a meta de Rogério Ceni, que trabalhou mais no segundo tempo, através do jogo de transições.

A bola continuava nos pés dos comandados de Muricy, trabalhavam ela pelos flancos, mas o Santos era mais eficiente nos contragolpes, conseguiam chegar a área do Tricolor, e Rogério Ceni trabalhou, enquanto que na frente Luís Fabiano, mesmo bem no jogo, ficava em impedimento várias vezes e perdia diversas chances de gol, tal como os demais jogadores do Tricolor.

No fim, com o empate praticamente selado, o jogo ficou mais marcado com o São Paulo se recuando mais, e o Santos com Gabriel no centro do 4-2-3-1 procurando o gol, que só não veio no pênalti de Paulo Miranda em Rildo devido ao impedimento marcado no momento que Damião tocou, mesmo que tilintando na cabeça, para o jogador que sofreu o pênalti.

O ótimo jogo no Estádio Cícero de Pompeu de Toledo mostrou a evolução coletiva do Tricolor Paulista sem Ganso, que ainda não justificou os milhões investidos nele. E o Santos mesmo assim segue firme e forte, com seus jogadores obedientes as táticas de Oswaldo de Oliveira, porém, faltou algo a mais para ambos os times no clássico. Contundência nas finalizações.


"No segundo tempo, um São Paulo mais apático com Ganso no meio, mas forte pelos lados, principalmente pelo lado esquerdo, e um Santos fiel a sua proposta de jogo."


Por Diogo Ribeiro Martins  (@diogorm013)