A vitória contundente por 3 a 1 do Vélez Sarsfield, em cima do Atlético-PR, foi preocupante para os paranaenses. Com apenas um jogo para disputar, o Furacão brigará pela última vaga com o The Strongest na altitude de La Paz. Além de ter a sua vaga para classificar sendo ameaçada, a maneira que jogou na Vila Capanema também foi inquietante.
Para este jogo contra o Vélez, o Furacão manteve o 4-4-2 em linha. Seguindo a mesma linha de manutenção, o time argentino continuou também com o seu 4-4-2 em linha.
Atlético-PR e Vélez Sarsfield no 4-4-2 em linha. |
No começo do primeiro tempo,
o Atlético-PR compactou a sua equipe em curto espaço, realizou pressão desde a
saída de bola adversária e teve alta intensidade marcação em todo campo. Era
pressão rubro-negra.
Imagem do Atlético-PR compactado em curto espaço e realizando a pressão no adversário (Reprodução: Fox Sports). |
Porém a frieza do Vélez
começou a dar sinais já desde o começo da partida. Apesar da pressão atleticana
e com boas chances de perigo criadas no início do jogo, o Vélez Sarsfield
manteve o padrão tático e o mesmo modo de jogo até o fim dos 90 minutos. O time
argentino se defendia com somente as duas linhas de 4, os seus atacantes não
tinham funções defensivas, a posse de bola para diminuir o ritmo atleticano foi
sempre realizada e, por fim, a busca de contra-ataques para finalizar com a
partida foram procurados. Através de dois contragolpes, “El Fortín” realizou o
primeiro gol, aos 6 do primeiro tempo, e o terceiro, aos 47 da segunda etapa.
Flagrante das 2 linhas de 4 do Vélez sem a participação defensiva de seus atacantes (Reprodução: Fox Sports). |
Como a pressão atleticana no
primeiro tempo não estava surtindo efeito, Miguel Ángel Portugal, técnico do
Atlético-PR, fez com a sua equipe passasse a iniciar a marcação na
intermediária ofensiva. Além de não ter feito um gol no “abafa”, o Furacão
perdeu Manoel contundido, aos 30 do primeiro tempo. Entrou Drausio em seu
lugar.
No intervalo, “Turu” Flores,
técnico do Vélez Sarsfield, não realizou substituição. Já o técnico rubro-negro
colocou Marcelo no lugar de Bruno Mendes. Com esta troca, Éderson voltou a
realizar a movimentação ofensiva que o consagrou no ano passado.
Com Marcelo ao seu lado no
ataque, o camisa 9 rubro-negro passou a jogar somente pelo lado esquerdo do
ataque. Diferentemente do que estava atuando com Bruno Mendes. Uma vez que
Bruno Mendes sempre se projetava à frente, era Éderson o responsável para abrir
espaços para o seu companheiro em todos os lados do campo ofensivo. Já com
Marcelo e o maior entrosamento entre os dois, Éderson voltou a jogar somente
pelo lado esquerdo do ataque.
Agora com Marcelo e o entrosamento de ambos vindo de 2013, Éderson voltou a atuar pelo lado esquerdo do ataque enquanto que Marcelo jogou pelo direito (Reprodução: SporTV). |
Com o maior entrosamento no
ataque rubro-negro e pressão desde a saída de bola adversária voltando a ser
realizada, o Atlético-PR fez o seu gol, aos 8 do segundo tempo. Gol de Drausio.
Entretanto a frieza do atacante Lucas Pratto fez o Vélez ficar, novamente, à
frente do placar 6 minutos depois.
O Vélez manteve a mesma
postura do início ao fim. Para diminuir o ritmo da pressão atleticana no
segundo tempo, o técnico do time argentino realizou as três substituições na
segunda etapa. Entraram o bom volante Canteros, o zagueiro canhoto Cardozo e o
centroavante Nanni nos lugares de Cabral, Correa e Pratto, respectivamente. A
entrada de Canteros fez o time atuar no 4-4-1-1, e melhorar o passe para a
realização dos fatais contra-ataques argentinos.
Com a entrada de Canteros, o Vélez passou a atuar no 4-4-1-1, conforme o flagrante anterior (Reprodução: Fox Sports). |
Já a entrada do zagueiro
Cardozo fez o lateral esquerdo Emiliano Papa avançar para o lado esquerdo do
meio de campo, e Cardozo atuar como lateral esquerdo. Desta maneira, somente a
entrada do centroavante Nanni no lugar de Lucas Pratto não alterou o time
taticamente.
Enquanto “Turu” Flores
mudava o esquema tático de sua equipe, Miguel Portugal não fez o mesmo conforme
o placar se alterava. Do início ao fim do jogo, o Atlético-PR atuou no 4-4-2 em
linha. As entradas de Drausio, Marcelo e Felipe nos lugares de Manoel, Bruno
Mendes e Mirabaje não alteraram o esquema tático da equipe.
Com as alterações já realizadas, os times terminaram a partida neste posicionamento: Atlético-PR no 4-4-2 em linha e Vélez Sarsfield no 4-4-1-1.
Por Caio Gondo (@CaioGondo)
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