domingo, 9 de março de 2014

A trágica tarde de Antônio Carlos, mas com vitória tricolor no Majestoso graças a insistência


Mesmo jogando em casa, o Corinthians cedeu o campo e a posse ao São Paulo, mas o alvinegro paulista soube recuar, compactar os espaços, para marcar a atacar com triângulos no 4-1-4-1, onde Guilherme era o volante que sai mais pro jogo, trabalhando pela direita. Renato Augusto centralizava na transação defensiva, mas com a bola virava um left-winger, ou seja, abria pelo flanco esquerdo para gerar superioridade numérica pelas laterais. Após Antônio Carlos marcar o gol contra que abriu o placar para o Corinthians no Pacaembu, o time citado passou a recuar as suas linhas, para tentar conseguir ampliar na base da transição.


Mas, o São Paulo tinha mais posse de bola (em média, cerca de 69,7% de posse tricolor, contra 30,2% para o alvinegro - dados via Footstats), mas faltou velocidade no 4-2-3-1, isso porque o Corinthians conseguia recompor e se fechar mais rápido, e o São Paulo buscava atacar pelos lados, isso porque Ganso, inoperante no meio, não se movimentava, e sim, recuava, mesmo com o golaço marcado num lampejo onde achou espaço para empatar a partida no Pacaembu. 



No segundo tempo, a entrada de Wellington no lugar de Souza proporcionou mais combatividade no meio de campo pelo lado tricolor, e o Corinthians manteve a proposta de jogo, e contra-atacando pelos lados procurando Guerrero - que, infelizmente, se lesionou -.

O 4-2-3-1 do São Paulo insistiu na sua proposta de tocar a bola, procurando as jogadas pelos flancos, e, quando, em velocidade, Douglas se livrou de dois marcadores para passar a pelota para Pabón, que cruzou para Luis Fabiano - bem colocado na área -, virar.

Mas o mal posicionamento e o péssimo tempo de bola de Antônio Carlos fez com que o Corinthians empatasse, numa jogada de contragolpe.

Mas o Tricolor insistiu, com as jogadas pelos flancos e um Ganso um pouco mais participativo, aproveitando na maioria das vezes os espaços que Fagner e Uendel deixavam na retaguarda. E Rodrigo Caio virou no belo cruzamento de Osvaldo, com um tempo de bola melhor que o de Antônio Carlos nessa péssima tarde.

A posse continuou com o São Paulo, com o mesmo modelo de jogo é o mesmo do ano passado, que foi mais eficiente que outrora, e o Corinthians, na base da velocidade de Luciano e Romarinho procurava empatar, mas o clássico já estava praticamente ganho.

As conclusões que se podem tirar deste clássico, pelo lado Corinthiano, é que desmontar a defesa bem montada dos últimos anos foi um erro de Mano Menezes. E que Jadson já faz falta no meio de campo, visto que Renato Augusto pouco apareceu enquanto esteve em campo. Pelo lado São-Paulino, o fim de jejum em clássicos podem motivar o time, que, se for mais veloz nas ações ofensivas, pode sonhar um pouco mais alto para a temporada que segue. 





Por Diogo Ribeiro Martins (@diogorm013)