sábado, 29 de março de 2014

Estrelas apagadas e empate justo

Disputa pela bola (Foto: Manchester City)


Arsenal e City entraram em campo olhando para o topo da tabela. O time de Manuel Pellegrini queria a liderança, já que o tropeço do Chelsea mais cedo possibilitava tal situação com dois jogos a menos, ou seja, duas partidas para fazer vantagem e se aproximar do titulo. Já o Arsenal tentava se recuperar de dois tropeços seguidos: derrota para o Chelsea e empate com Swansea. Uma vitória deixaria o time a três pontos do Chelsea e, quem sabe, o reaproximaria da liderança.

Em campo o inicio de jogo foi de um City bem melhor, explorando a fragilidade defensiva do lado esquerdo do Arsenal, que não tinha o apoio de Podolski a Gibbs, e com isso Zabaleta aparecia toda hora ao fundo, buscando Dzeko. Silva pelo centro se movimentava a fim de criar ações ofensivas para o City e em uma delas o próprio Silva armou e concluiu a jogada: Bola do meia para Dzeko que arrematou na trave e no rebote o Espanhol estava lá, em um toque meio sem querer para abrir o placar. 

O Arsenal teve uma distribuição semelhante a do City. Um 4-2-3-1 que tinha a variação de Cazorla e Rosicky que trocavam o meio pela ponta com frequência, mas o time ainda sim não conseguia penetrar na defesa bem armada do City, que vinha de cinco jogos sem ser vazada. Além do firme meio campo, que não contou com uma boa atuação de Yaya Touré, um dos termômetros do time, mas teve Fernandinho discreto e eficiente como sempre e aparecendo a frente para arrematar algumas vezes. 

O Manchester foi superior na primeira etapa e o Arsenal veio mudar esse panorama na etapa final. Começando com marcação adiantada e vigor físico. Rosicky mais definido ao centro e Cazorla ainda discreto pela ponta. Quem veio com “sangue nos olhos” foi Flamini, o volante apareceu na área para completar o cruzamento de Podolski e empatar o jogo no Emirantes, além dos vários botes e da vibração. Empate que já era justo pelo momento do jogo, equilíbrio nas ações e na posse de bola. 

Times no 4-2-3-1 com City encontrando espaço pela direita e tendo boas oportunidades a partir de Silva.
Pellegrini resolveu recompor com Milner na vaga do apagado Navas. Fixando ainda mais duas linhas com Silva e Dzeko a frente. Porém nada mudou o panorama do segundo tempo, que era diferente do primeiro. Desta vez, quem dominava era o Arsenal, que tinha posse, volume, mas pouca contundência para definir, na tarde infeliz de seu avante, Giroud. 

Com Javi García na vaga de Nasri, outro que não foi bem e pareceu ter sentido o reencontro com a torcida Gunner, o City mudou a disposição de suas peças: Silva foi para a direita, Yaya no centro e logo depois Negredo à frente na vaga de Dzeko. O baixo rendimento do melhor jogador do time foi providencial em uma infeliz jornada Citizen.

Com Chamberlain e Sanogo nas vagas de Giroud e Podolski o Arsenal apostou em velocidade e bola aérea. Que não vingou, o time de Wenger foi bem, mas faltou algo mais para concluir o jogo com vitória. O novo empate distanciou o Arsenal, ainda mais, do titulo. 

No jogo em que os destaques não brilharam e cada tempo foi de um time, o empate foi o mais justo. A Premier League segue irresistível e imperdível. Faltam seis rodadas e três times estão inteiramente vivos na briga pelo titulo. Além da ótima briga pela Champions. E a maior novidade é que o United não está em nenhuma dessas.


Arsenal no domínio de um segundo tempo menos intenso que o primeiro.




Por Rai Monteiro (@_RaiMonteiro)