Depois de 33 anos sem se
encontrarem em uma final do estadual, Londrina e Maringá fizeram a primeira
partida da decisão do Campeonato Paranaense de 2014. O empate por 2 x 2 em
Londrina fez com que o LEC tenha que decidir a finalíssima no estádio de seu adversário,
no dia 13 de abril. Mas até lá, as duas equipes terão bastante do que tirar
desta primeira decisão. Para esta primeira partida, o Londrina iniciou a
partida no 4-2-3-1 e o Maringá no 4-3-1-2:
Londrina no 4-2-3-1 e Maringá no 4-3-1-2. |
Apesar de ser o Tubarão que
estivesse sendo o mandante da partida, o Maringá foi quem começou criando as
primeiras finalizações. Já que a Zebra se defendia no 4-3-1-2 e atacava no
3-4-3, os meias abertos do Londrina sempre voltavam acompanhando os laterais
adversários. Deste modo e com o volante Leandro se infiltrando entre os
zagueiros, a saída da equipe visitante era facilmente realizada. Além desta
movimentação, o meia central, Renan Tavares, se projetava à frente para fugir
da linha dos volantes londrinenses. Com isso, além da superioridade na saída de
bola, Renan Tavares criava outra superioridade numérica no miolo da defesa do
Londrina. Vejam as imagens representando a transição defesa-ataque do Maringá
através de saída curtas de sua defesa:
Entretanto, aos poucos, o
Tubarão foi tomando conta das melhores oportunidades na partida. Para tal
melhora, o LEC iniciou uma constante movimentação do seu quarteto ofensivo
junto com Bidía, o segundo volante. Estes cinco jogadores trocaram tanto de
posição que o sistema defensivo do Maringá não sabia qual a forma de marcar o
jogador adversário que estivesse à sua frente. Vejam pelo flagrante a seguir:
Entre estes cinco jogadores
do Tubarão que trocavam de posição constantemente, Roni Dias merece um maior
destaque. Este jogador conseguiu fazer as três posições de meia corretamente e,
ainda, era somente ele quem se posicionava ao lado de Diogo Roque quando Bidía
subia ao ataque. Roni Dias foi tão consciente taticamente que foi ele quem se
posicionou como segundo volante por boa parte do segundo tempo.
Com estes cinco jogadores se
movimentando constantemente, o Maringá acabou sofrendo o seu primeiro gol, aos
17 do primeiro tempo. Com o gol sofrido, a Zebra foi para cima do Tubarão. E
após sete minutos, o Maringá conseguiu empatar com Gabriel Barcos. Gol
maringaense através da superioridade numérica no miolo da defesa londrinense.
Como o empate não favorecia
à ninguém no jogo, as duas equipes continuaram a procurar o segundo gol,
através de suas movimentações táticas, mas não o conseguiram na primeira etapa
da partida. Vale aqui o destaque para a melhora da marcação do sistema
defensivo do Maringá ainda no primeiro tempo.
Após o empate, a Zebra
passou a defender com o seu primeiro volante, Leandro, entre os zagueiros.
Deste modo, quando o Tubarão avançava por um dos lados do campo, quem passava a
marcar um dos meias adversários era Leandro e o lateral oposto da jogada
centralizava. Assim como mostra o próximo campinho:
Com o Maringá melhorando na
partida, no intervalo, o técnico do Londrina, Claudio Tencatti, avançou a sua
equipe. Com o time passando a pressionar o adversário desde a saída de bola,
fazendo com que os jogadores de frente se movimentassem ainda mais sem a bola
e, ainda, somada a constante troca de posição descrita anteriormente, o
Londrina abriu 2 a 1, aos 10 da segunda etapa. Porém com uma desatenção do
sistema defensivo do Tubarão, após um escanteio sofrido, Baiano, que havia
entrado no lugar de Fernandinho, fez o gol de empate, aos 22 do segundo tempo.
Depois de ter o placar
novamente empatado, as substituições com mudança tática passaram a ser realizadas.
Pelo lado do Londrina, Tencatti colocou o meia Lucas e o atacante Alexandre
Oliveira nos lugares Bidía e Celsinho. Com estas alterações, o Tubarão passou a
jogar no 4-2-2-2. Já em resposta à estas alterações londrinenses, Claudemir
Sturion, técnico do Maringá, colocou os meias Fábio Gomes e Fábio Martins nos
lugares do meia Renan Tavares e do atacante Gabriel Barcos. Deste modo, o
Maringá passou a jogar no 4-1-4-1 e atacar no 4-3-3. Vejam as imagens para
descrever estas alterações:
Com
o meia Lucas e o atacante Alexandre Oliveira, o Londrina deixou de jogar no
4-2-3-1 para atuar no 4-2-2-2, assim como está mostrando o flagrante anterior. (Reprodução: Caio Gondo)
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Distribuição
dos jogadores ao fim da partida: Londrina no 4-2-2-2 e Maringá no 4-1-4-1.
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Por Caio Gondo (@CaioGondo)