O Ituano manteve o modo de jogar do primeiro jogo da partida de ida, e assim, o modelo de jogo que se repetiu pelo campeonato inteiro; o 4-2-3-1 que marca a saída de bola do oponente, pressão no homem da bola, linhas compactas, disciplina tática com os jogadores voltando para marcar, formando 2 linhas de quatro, e variação de blocos, ora marcando no campo do adversário, ora marcação a partir da intermediária para atrás, e, ofensivamente, variação ofensiva para o 4-1-4-1, com Jackson Caucaia saindo para "rasgar a linhas dos 3 meias" e participar das ações ofensivas.
Após a recuperação da bola, saída do Ituano em velocidade, com a bola no pé, no chão, embora o recurso do chutão não era dispensável em certos momentos do jogo.
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| Flagrante tático do 4-2-3-1 do Ituano, começando a transição para o 4-1-4-1 após a marcação a partir da intermediária, os dois ponteiros que voltaram para formar as 2 linhas de quatro, começam a se alinhar a Cristian (que procurava demais as jogadas pelo lado esquerdo, mesmo que também aparecesse de vez em quando no lado oposto, como demonstrado no próxima flagrante tático), e Jackson Caucaia começando a se aproximar do camisa 10 do time de Itu Reprodução: TV Bandeirantes). |
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| No flagrante acima, Cristian se movimenta do centro para a esquerda, para oferecer opção de passe a Dener, e fazer com que Esquerdinha ocupasse também o centro do campo Reprodução: TV Bandeirantes). |
O Santos, por sua vez, no 4-2-3-1, apostava demais no apoio dos 2 laterais simultaneamente em conjunto com os ponteiros, e nas infiltrações de Cícero na área, mas o alvinegro praiano procurava demais Leandro Damião, com muitos cruzamentos e ligações diretas.
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| No flagrante, os 2 laterais, Cicinho e Mena estão no campo de ataque, Oswaldo os liberou para apoiar para permitir que o o jogo santista fluísse pelas laterais (Reprodução: TV Bandeirantes) |
Mas poucos cruzamentos e ligações diretas foram eficientes, isso porque o Ituano marcava bem com intensidade, compactação, e pressão, o que privava o Santos de jogar com a bola no chão.
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| Flagrante tático do 4-2-3-1 santista (Reprodução: TV Bandeirantes). |
No segundo tempo, o 4-2-3-1 do Ituano foi mantido pelo excelente técnico Doriva, enquanto que Arouca foi solto para apoiar mais pela direita, mas logo Oswaldo de Oliveira montou um losango no meio de campo, com Cícero avançado, Rildo e Gabriel procurando pressionar pelas laterais, e Mena e Cicinho chegando até a linha de fundo, mas a eficiência defensiva do Ituano, que recolheu as suas linhas - mas que levava perigo no contragolpe -, não permitiu que o Santos chutasse ao gol do excelente goleiro Vagner, que se consagrou nas cobranças de pênalti, dando o histórico título ao Ituano, quebrando a hegemonia dos 4 grandes no estadual, mas que também não apaga o fato do Campeonato Paulista ser sim o mais competitivo, pois todo ano há uma surpresa nos clubes maiores.
Moderno e coletivo, nuances estratégicas do Ituano, e do futebol atual, que, com treinadores estudiosos e inteligentes, podem ser vitoriosos, independente se o clube é grande ou pequeno.
Por Diogo Ribeiro Martins (@diogorm013)
