segunda-feira, 21 de abril de 2014

O Galo de Autuori que não convence, e o Corinthians de Mano que aos poucos vai se ajustando, e que precisa de tempo para deslanchar

Muitos fatores explicam o confronto monótono entre Atlético-MG e Corinthians em Uberlândia.

Primeiramente a postura defensiva do Corinthians, que marcava por zona, da intermediária para baixo, bloqueando a saída de bola do adversário, que era na maioria das vezes feita alternadamente pelos dois volantes, priorizando a bola no chão, o toque e o trabalho com a bola, a procura do espaço, passe vertical e as jogadas de ultrapassagens, com os pontas infiltrarem em diagonal.

Mano Menezes alterou o esquema tático utilizado no Paulistão. De 4-1-4-1 para o 4-2-3-1, que, defensivamente, se fechava com as 2 linhas de quatro, formando assim um 4-4-1-1, na fase ofensiva, Jadson se deslocava pelos flancos, e Petros o ajudava na criação e voltava para marcar com eficiência, enquanto que Luciano se aproximava mais de Romarinho.

O 4-2-3-1 do Galo tinha os 3 meias alternando a posição, mas o padrão de jogo não era intensidade, e sim cadência, como já dito antes, priorizando o toque de bola, com a maioria das jogadas sendo trabalhadas pelo flanco esquerdo com Ronaldinho Gaúcho, Fernandinho, Emerson e até Tardelli que saia do lado direito muitas vezes. Faltou movimentação e ocupação e desocupação de espaços para concluir, inclusive devido a ausência de Jô.

O Corinthians marcava bem, mais compacto, com organização de jogadas, mas faltou mais volume de jogo, e velocidade para definir no contragolpe.



No segundo tempo, o Corinthians conseguiu ter e igualar a posse de bola com o Galo, e conseguiu ocupar os espaços na frente, mas faltou a eficiência. Com as alterações, o 4-2-3-1 do Corinthians ficou com um posicionamento mais torto, com Romarinho aproximando-se de Guerrero, que parou em Victor quando teve uma das chances mais claras da partida inteira.

O Galo passou a aproveitar mais a velocidade e as infiltrações em diagonal dos ponteiros através da ocupação dos espaços deixados na frente pelo Corinthians, mas Fernandinho parou em Cássio - com grande atuação, tal como Victor no outro lado -, e Tardelli perdeu chance clara, e, logo em seguida, com as alterações, Tardelli foi para o centro, Ronaldinho - apagado demais em campo -, ficou na referência, onde não acrescentou nada, enquanto que Berola e Marion tentavam acelerar pelos lados.

Ao Corinthians, resta recomeçar e dar tempo para que o trabalho de Mano Menezes de certo, que chega a ser satisfatório até agora com o que tem em mãos. Ao Galo, resta ser mais rápido e intenso nas ações ofensivas e lidar com o mau futebol, as cobranças da torcida, e a péssima fase de Ronaldinho Gaúcho e Tardelli.



Por Diogo R. Martins (@diogorm013)