segunda-feira, 28 de abril de 2014

O São Paulo que evolui, mas que precisa mais de concistência, diante do Cruzeiro

No segundo confronto da temporada entre paulistas e mineiros em Uberlândia, tivemos ambas as equipes postadas no 4-2-3-1, mas a dinâmica e proposta era bem diferente.

O Cruzeiro atacava com movimentação intensa da trinca de meias, laterais mais contidos para apoiar, e Lucas Silva participando das ações ofensivas, sendo ele o volante de transição da equipe celeste. O Cruzeiro jogava e marcava no campo do São Paulo com os 3 meias sempre, principalmente com a verticalidade de Éverton Ribeiro. 

O São Paulo tinha Ganso e Boschilia voltando pelos lados e se alinhando aos volantes para compor a segunda linha de quatro, deixando Pato mais a frente junto de Luís Fabiano, formando assim um 4-4-1-1. O camisa 11 tricolor procurava marcar no lado onde a bola era trabalhada pelo oponente, e como de costume, também se movimentava para participar das jogadas pelos flancos, enquanto que Boschilia e Ganso centralizavam muitas vezes para permitir o avanço de Álvaro Pereira e Douglas - e posteriormente, Luis Ricardo -.

O Tricolor Paulista marcava bem, e o Cruzeiro, com muitos passes errados, também reclamava do gramado alto e o calor. O gol assim não saiu com a bola rolando, e sim numa cobrança de falta perfeita de Julio Baptista.



Com a entrada de Osvaldo aberto pelo lado esquerdo, o São Paulo ganhou mais impeto ofensivo, algo que falta muito a um time que aposta demais em passes curtos e muitas vezes não chega a área para concluir com eficiência, com isso, o 4-2-3-1 paulista acabou tendo Pato pela direita e Ganso por dentro, e Maicon, e posteriormente, Hudson, aparecendo na frente.

A entrada de Mayke na lateral direita garantiu mais velocidade, e Nilton entrou para reforçar a marcação no meio de campo, e Borges prendia mais a bola que Julio Baptista, que se movimentava mais, com isso, 2 linhas de 4, com Lucas Silva aberto pelo lado esquerdo, Henrique e Nilton no meio, apostando nas saídas rápidas no contragolpe com Éverton Ribeiro aberto pelo lado direito.

O São Paulo teve a posse de bola, cruzou e finalizou muito, mas sem muita eficiência, exceto pelo cabeceio perfeito de Antônio Carlos na cobrança de falta no último minuto, empatando o placar. Com Alan Kardec, o Tricolor tende a ser mais forte no jogo aéreo.

O São Paulo marca bem, mas falta consistência para vencer e convencer a torcida, oscilação num campeonato de pontos corridos é proibido. Ao Cruzeiro, resta focar na Libertadores para se classificar. Elenco o time celeste tem, o time vem evoluindo, e pode chegar a ser coletivamente um time melhor que o campeão brasileiro de 2013.


Por Diogo R. Martins (@diogorm013)