domingo, 4 de maio de 2014

A vitória do veloz Bahia diante de um Botafogo em reconstrução

Neste domingo, a equipe comandada por Marquinhos Santos exibiu um 4-2-3-1 sem um atacante fixo no centro. Dessa forma, na transição ofensiva, Anderson Talisca e Maxi Biancucchi alternavam-se no posicionamento mais centralizado do ataque, ambos na função de falso nove, saindo da posição central frequentemente e confundindo a marcação. Pela direita, Talisca era o ponto-chave da criatividade da equipe, com passes incisivos e jogadas individuais, onde geralmente procurava realizar a diagonal. O experiente meia Lincoln armava com qualidade a partir da faixa central, ditando o tempo das ações ofensivas, enquanto pela ponta esquerda, Rhayner realizava a função de winger, tendo constantemente a companhia do lateral Pará, que com seus avanços, foi crucial para a vitória.

Flagrante tático do 4-2-3-1 da equipe do Bahia, com Maxi pela direita (Reprodução: Rede Globo).
O Botafogo, por sua vez, posicionava-se no 4-2-2-2, com dois atacantes de movimentação, em especial Emerson, que buscava o jogo em ambos os lados do campo, sendo um dos poucos a causar algum tipo de preocupação ao sistema defensivo tricolor. Sua condição física ainda não era das melhores, o que justificou sua queda de rendimento no segundo tempo. Pela ausência de um meia centralizado, os dois volantes alvinegros, Gabriel e Bolatti, possuíam mais liberdade e espaço para avançar e participar das ações ofensivas. Daniel e Lodeiro (depois Jorge Wagner) jogavam mais abertos, encostando nos atacantes em alguns momentos. Assim como em muitas partidas desse ano, faltou incisividade ao ataque botafoguense, que ficou restrito a finalizações de fora da área.
Flagrante tático do 4-2-2-2 da equipe do Botafogo (Reprodução: Youtube).
Apesar de um equilíbrio inicial, o tricolor baiano se mostrou sereno e dominante na maior parte do jogo, possuindo uma precisão de passes notável (93%) e velocidade na transição ofensiva. A partir do gol que lhes garantia os três pontos, os contra-ataques rápidos a partir de lançamentos foram a tônica até o apito final.

Para o Botafogo, é preciso ainda encontrar a equipe ideal, e ainda há muito a ser feito no aspecto tático, principalmente no setor ofensivo. O Bahia, por sua vez, celebra a segunda vitória seguida, e uma posição respeitável na parte de cima da tabela, evidenciando um bom momento da equipe. 

Por Felipe de Faria