quarta-feira, 21 de maio de 2014

Arbitragem decide jogo de domínio do Coritiba diante do Inter

O Inter estava esfacelado, sem sete titulares. O Coritiba começou a rodada na vice-lanterna da competição. Ingredientes, entretanto, que não tiraram o brilho da partida. O Colorado tinha mais qualidade, o Coxa teve posse de bola e finalizou mais (20 finalizações, contra apenas 6 do adversário), mas quem roubou a atenção foi a arbitragem, que errou no lance crucial da partida. Apesar disso, foi justo o empate entre Inter e Coritiba, jogo da 6ª rodada do Brasileirão.

1º tempo: Coritiba mais agressivo, Inter mais lúcido


O técnico Celso Roth postou o Coritiba sem surpresas, no habitual 4-4-1-1, dando liberdade para Alex “Cabeção” no setor ofensivo. Chamou a atenção o movimento de transição defensiva do Coxa: mesmo tendo Alex em uma linha anterior, era Zé Love quem saia da área e fechava no lado direito para marcar a saída do Inter com Fabrício (apagadíssimo), praticamente num 4-5-1. 

Jogando em casa, o Coritiba teve tudo para abrir o placar, mas desperdiçou duas chances de bola parada com Leandro Almeida e uma chance claríssima com Zé Love.  Apesar da partida discreta protagonizada por Alex, o cérebro do time, o Coxa era perigoso quando acaionava Roni pelo lado esquerdo (este sempre com vitória pessoal sobre Diogo ou Wellington). As inversões de Norberto e Roni, que trocavam de lado à todo o momento, também causaram certo perigo ao Inter, assim como a bola parada, quesito no qual a equipe de Celso Roth apresentou bom rendimento.

Coritiba defendendo e atacando: movimentação intensa de Zé Love p/ preservar Alex

Já o Inter, embora sendo envolvido pelo adversário em alguns momentos, é uma equipe que se mostrou superior no aspecto técnico. Apesar de estar sem Aránguiz e D´Alessandro, o Colorado teve no lateral-direito Diogo uma excelente válvula de escape. A dupla Diogo-Otavinho funcionou bem no flanco direito do gramado, e Alex entrava por dentro para ajudar na criação das jogadas. 

O Colorado abusou das jogadas pelo lado direito, mas acionou pouco o lado esquerdo (isso mudou quando Valdívia entrou no time, no meio da primeira etapa, em função da lesão de Alan Patrick). Chamou a atenção também a ausência de jogadas com os dois laterais subindo simultaneamente, algo que era marca registrada da equipe neste Brasileirão. O Inter tinha como formação-base o 4-1-4-1, mas alternava para um 4-3-3 quando atacava, com o avanço de Otavinho e Alan Patrick (depois Valdívia), que deixavam de ser extremos para se tornarem atacantes ao lado de Wellington Paulista.


Inter defendendo e atacando: 4-1-4-1 vira 4-3-3 com avanços de A.Patrick e Otávio


2º tempo: Massacre do Coritiba, Inter recua

O segundo tempo começou com o técnico do Coritiba colocando o seu time à frente, através das entradas de Jajá e Keirrison. Abel Braga, que já havia perdido Alan Patrick, perdeu também a sua referência técnica, Alex, logo no primeiro minuto da etapa final. Com isso, Jair entrou, mudando o Inter para um 4-3-2-1. A marcação no seu campo defensivo, entretanto, dava muito espaço para que o Coxa avançasse. O primeiro combate do Inter só se dava praticamente na linha do meio de campo, enquanto o time da casa avançava com os dois laterais simultaneamente. 

O Colorado só apostava no contra-ataque pelos lados, com Otávio e Valdívia, e teve duas chances de matar a partida, mas não o fez. O Coritiba teve posse de bola e mais volume de jogo (foram 20 finalizações ao todo), mas só chegou ao seu gol por conta de uma falha da arbitragem: Dida não tocou em Keirrison, mas o ex-Barcelona se atirou no chão e cavou a penalidade, convertida por Alex. Com a saída de Roni no meio da segunda etapa, Jajá passou a ter mais espaço, se deslocando da ponta para a região central do campo. O Angolano Geraldo entrou com velocidade pelo lado, atuando mais como um extremo no lado direito, mas caindo também pelo lado esquerdo em muitos momentos.

Final do jogo: Inter acuado, Coritiba pressionando e desperdiçando chances