quinta-feira, 29 de maio de 2014

Debaixo de chuva, Sport e Grêmio não saem do zero em Recife!

Disposições táticas de Sport e Grêmio

Na Ilha do Retiro, Sport e Grêmio ficaram num empate sem gols, em jogo válido pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro, debaixo de muita chuva na capital pernambucana. Duelo interessante entre Eduardo Baptista e Enderson Moreira na parte estratégica e com chances para os dois lados.
O Sport adotou uma estratégia contra-golpista, com linhas compactas e busca pela negação de espaços sem a bola, porém, tendo agressividade e velocidade com a pelota nos pés. Defensivamente, o Leão da Ilha marcava com encaixes individuais e deslocamentos do marcador quando seu homem a ser marcado saía para buscar jogo ou movimentação numa zona próxima. Pelo lado direito, Patric cuidava de Dudu e Erico Jr buscava o acompanhamento à subida do lateral-esquerdo Breno. Pelo meio, Augusto César ficava de olho em Zé Roberto e Rodrigo Mancha chegava a acompanhar Rodriguinho mais de perto. O centroavante Barcos geralmente tinha a marcação do zagueiro Ewerton Páscoa, que de fato, realizou um bom trabalho nesse aspecto, acompanhando de perto a movimentação do “pirata” quando o mesmo caía no setor direito do ataque gremista e buscando a redução do espaço para a ação do argentino.
Na transição defesa-ataque, o Leão da Ilha contava com as investidas de Erico Junior, que procurava bastante o drible na direção do fundo do campo e a jogada individual pra cima do lateral Breno, a aceleração de Rithely, circulando entre as intermediárias e a velocidade de Augusto César, que com a posse de bola, também chegava a buscar as proximidades do lado direito do ataque, de modo a formar algo próximo de uma pequena sociedade triangular no setor, com Patric e Erico Junior. O problema rubro-negro estava na fase final de construção de jogadas, principalmente por causa dos erros no último passe.
O 4-2-3-1 gremista usava das jogadas de fundo pela direita, com as passagens do lateral Pará e levava perigo quando utilizava do trabalho de costas do centroavante Barcos no pivô(sua principal característica juntamente com a mobilidade pra jogar fora da área) contando com a movimentação/aproximação/chegada de trás de Rodriguinho e/ou Alan Ruiz, que também ia por dentro. Com a posse de bola, Zé Roberto saía mais pro jogo e abria pelo lado esquerdo do ataque quando a bola estava por aquele setor, podendo procurar a jogada perto da linha de fundo.
Na segunda etapa, a entrada de Matheus Biteco deslocou Zé Roberto para atuar mais diretamente do setor esquerdo do campo. Pelo lado do Sport, as entradas de Robert Flores e Wendel mataram a velocidade na transição rubro-negra, porém, melhoraram a qualidade do passe e o trabalho de bola na intermediária ofensiva. Flores, Wendel e Renê chegavam a formar uma sociedade triangular na esquerda, com o primeiro podendo buscar a diagonal de fora pra dentro com a bola nos pés e o terceiro tentando intensificar o apoio e a saída rápida pelo setor.

*Por João Elias Cruz(@Joaoeliascruzzz)