Os anos passam e o futebol muda. Sim, ele muda, caro leitor.
Não totalmente, mas muda. Um dos maiores questionamentos do torcedor brasileiro
no aspecto tático é o desaparecimento do 4-4-2 com 2 volantes e 2 meias.
No Brasil, esse esquema foi muito presente até grande parte
da década de 90, sumindo nos anos 2000. Só que aqui os meias atuavam centralizados e não abertos pelos lados como na
Inglaterra e em outros países. Eles também não tinham funções defensivas e
pouco contribuíam sem a bola como hoje.
Os volantes
estavam determinados a recuar e dar cobertura aos laterais, algo que acontece
atualmente, mas em menor escala. Se olharmos os principais volantes do futebol
mundial hoje, veremos jogadores técnicos, com grande capacidade de marcação e
de saída de bola.
É possível jogar no 4-4-2 com 2 volantes e 2 meias? Sim,
desde que com mudanças.
Não foram só esquemas táticos que apareceram ou desapareceram
com o tempo. As ideias de compactação, dinâmica e intensidade de jogo, pelo
menos em tese, parecem ter chegado ao Brasil de vez. Ou seja, o futebol mudou e
é preciso estar atualizado com o que tem de novo.
Tendo iniciado esse debate e trazendo essas colocações para o
Vasco de hoje, é possível pensar a
equipe num 4-2-2-2? Volantes ajudando na saída de bola? Meias como Douglas
colaborando na marcação e na recomposição? Que outro meia jogaria ao lado de
Douglas?
- Relembrando o último
4-2-2-2 no Vasco
Aqui embaixo, um frame tático de 2013, quando Paulo Autuori
usou o 4-2-2-2 no Vasco.
No frame abaixo, repare que o meia Bernardo não acompanha o
lateral adversário e é o volante Sandro Silva que tem que fazer a cobertura,
desarrumando o time taticamente.
Por Pedro Ramos (@pedrohnramos)