quinta-feira, 12 de junho de 2014

Brasil 3 x 1 Croácia: A virada, o talento que decide, os erros e a torcida

O Brasil teve dificuldades em propor o jogo tendo a posse de bola, isso porque a seleção canarinho joga melhor se fechando até a intermediária, compactando-se num espaço de 30 metros, fechando as linhas de passe e acelerando o jogo na transição, e marcação ora avançada, ora recuada.

Mas, quando os comandados de Felipão jogam com a bola no pé, diante de times fechados que procuram o contragolpe, há uma dificuldade imensa para vencer.

A partida começou logo antes do jogo propriamente dito começar, com a torcida já demonstrando a sua força no hino nacional, tal força que deve ser repetida em todos os jogos da Seleção no Mundial.

Taticamente, o Brasil no 4-2-3-1 tinha Luiz Gustavo trabalhando próximo dos zagueiros, fazendo a "saída de três" para liberar os laterais para o apoio,Oscar e Hulk liberavam Neymar pelo centro, que circulava com liberdade, mas isso impedia que Paulinho participasse das ações ofensivas com frequência. Com isso, a Seleção Brasileira usava e abusava das jogadas pelos flancos e os cruzamentos para Fred, apenas 1 foi certo.

A Croácia, fechada com duas linhas de quatro, procurava fechar os espaços e sair rapidamente pelos flancos, explorando a fragilidade dos laterais brasileiros, e a cobertura dos zagueiros por dentro. A saída em velocidade de Olic aproveitando o espaço que Daniel Alves deixara, cruzando para Jelavic furar e Marcelo, que estava cobrindo bem, mas teve azar no corte.

Panorama tático do primeiro tempo na Arena Corinthians.

Mas o Brasil avançou a pressão na marcação, e Oscar serviu Neymar, que, se movimentando pelo centro nas costas de Modric e Rakitic, empatou o jogo na Arena Corinthians.

No segundo tempo, a Croácia apresentou uma postura mais ofensiva, procurando a vitória, com mais toque de bola e Modric crescendo no jogo graças as substituições realizadas por Niko Novac.

Mas Felipão colocou Hernanes, que qualificou o passe no meio, e Bernard preso pela esquerda, fornecendo liberdade para Neymar desequilibrar, e Oscar, peça importante que recompõe, marca com qualidade e participa das ações ofensivas com frequência, achou Fred, para cavar penalidade máxima duvidosa, e até inexistente, onde o camisa 10 brasileiro desempatou. 

Num 4-4-1-1, muito bem sinalizado por Felipão no fim do jogo, o Brasil recuou, mas cedeu espaços aos croatas, mas se salvou graças a partida impecável de David Luiz e a proteção de Luiz Gustavo a frente dos zagueiros.

E numa bola roubada por Ramires, Oscar ampliou e definiu com um "biquinho" surpreendente. 

As lições que podemos tirar da estreia brasileira no Mundial é que a Seleção Brasileira jogará para que Neymar desequilibre mais e mais, sendo ele o craque, a referência técnica do time, e, para isso, a qualidade e importância de jogadores como Oscar vem a tona.




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Por Diogo R. Martins (@diogorm013)