VICTOR OLIVEIRA APRESENTA A PARTIR DE AGORA A SUA COLUNA ESPECIAL. "RESENHA TÁTICA", ONDE VAI ABORDAR TEMÁTICAS E FOCOS DIFERENTES DOS JOGOS DA COPA.
Jogar
entre as linhas, esse era o desafio brasileiro. Antes de o duelo começar,
Felipão, ao ver a escalação croata, alertou os jogadores que o time adversário
não ficaria tão fechado e poderia partir para propor o jogo. Mas, apesar de ser
um time técnico e gostar de jogar com a bola, as malsinadas linhas estavam lá,
prontas para trancar o jogo brasileiro. Nessa toada, a iniciativa de Scolari de
alocar Neymar solto pelo meio foi válida e acabou dando resultado. O
deslocamento de Oscar para a meiuca também ajudou a desmontar o sistema
defensivo da Croácia.
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Brasil no 4-4-1-1 com Neymar solto para se movimentar. Com a pouca participação do craque sem a bola, não seria absurdo classificar o esquema brasileiro como um 4-4-2 britânico. A Croácia veio no 4-2-3-1, porém com linhas compactadas e a ajuda de Kovacic e Jelavic no primeiro bote. |
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A intenção de Felipão, após o sufoco contra a Sérvia, foi soltar Neymar entre as linhas e fomentar a participação de Oscar com centralizações velozes, o que entortava a linha de meio croata e abria o corredor não aproveitado por Daniel Alves, preso por causa da profundidade de Olic. |
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Lance do gol de empate brasileiro: Linha defensiva croata postada e a movimentação de Oscar desmontando a linha de meio. Com isso, Neymar teve espaço para pegar a bola de frente para a defesa e partir em velocidade. O Brasil ficou com 60% do tempo com a bola no pé e poderia ter aproveitado melhor esse espaço cedido na intermediário. (Reprodução: FIFA/Fox Sports) |
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Visão tática do gol croata: Daniel
Alves foi ao ataque e a Croácia, ao retomar, como previsto, esticou com Olic em
velocidade aproveitando o espaço às suas costas. Thiago Silva saiu para fazer a
cobertura, mas Luiz Gustavo foi lento na recomposição da linha defensiva,
função do volante quando o zagueiro sai para cobrir o lateral.
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Segunda metade da etapa final: Brasil
em um 4-4-1-1 torto, com Ramires praticamente como um terceiro volante para
vigiar Olic e Rakitic. Bernard ficou como uma válvula de escape para sair em
velocidade pela esquerda, mas tinha obrigações de um legítimo extremo ao ter
que acompanhar o lateral adversário. Oscar foi deslocado para organizar o jogo
pelo centro e conseguiu marcar o terceiro gol brasileiro. Hernanes entrou para
ajudar no controle qualificado da bola.
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O
Brasil enfrentou uma seleção bem posicionada e qualificada tecnicamente, o que
pode ajudar fundamentar a atuação insegura, no aspecto tático e técnico. A
vitória teve a cara de Felipão: aplicação e uma pitada de sorte, além do
talento gigantesco de Oscar e Neymar. Mas, a necessidade de evolução é latente.
Além de intensificar a pressão na marcação, o que proporciona mais retomadas em
velocidade, as coberturas defensivas estão mais na base da intuição do que na
organização.
A
iniciativa de ter soltado Neymar entre as linhas e entregar para Oscar a função
de armação do jogo, independente do posicionamento, foram válidas, assim como
as alterações após virar o jogo na etapa final. Também não podemos esquecer que
foi uma estreia, mas, como dito, está longe do ideal. Hulk e Paulinho não foram
bem nas duas últimas partidas e Felipão pode escalar a equipe de forma
diferente contra o México para testar Oscar, Willian e Neymar na linha de meio:
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Sugestão para o Bigode: Ramires ou Hernanes
na vaga de Paulinho e Willian na vaga de Hulk. Oscar no centro e fazendo a
cobertura de Neymar sem a bola, enquanto o craque do Barcelona se junta mais a
Fred partindo da esquerda para dentro da área.
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A MELHOR COBERTURA TÁTICA DA COPA DE 2014 É AQUI NA PRANCHETA TÁTICA!
Por Victor Oliveira (@vlamhaoliveira)