segunda-feira, 16 de junho de 2014

Com Cristiano Ronaldo em alta, Portugal pode sonhar com algo a mais na Copa

A seleção portuguesa chega para a Copa do Mundo do Brasil longe de ser uma das favoritas. Ainda assim, os lusos podem causar surpresas se contarem com o melhor do craque Cristiano Ronaldo.

ELENCO – POSIÇÃO POR POSIÇÃO

Portugal, que já tem uma base montada há um bom tempo, muito provavelmente será escalada no 4-3-3 com: Rui Patrício; João Pereira, Pepe, Bruno Alves, Fábio Coentrão; Miguel Veloso, Raul Meireles, João Moutinho; Nani, Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga.


A partir daqui, vamos analisar o elenco luso posição por posição. No gol, Rui Patrício tem vaga garantida pelo ótimo reflexo e agilidade, embora seja péssimo com a bola nos pés e ainda demonstre insegurança na bola aérea. Na zaga, os experientes Pepe e Bruno Alves formam uma dupla forte tanto no jogo aéreo como no aspecto físico e tem Neto e Ricardo Costa como reservas.

Nas laterais, tanto João Pereira como Fábio Coentrão são presenças certas. Embora sejam bons jogadores, é fato que a falta de competição na posição só reforça a titularidade dos dois, ainda mais com a recente lesão de Sílvio, do Benfica.
            
No meio, começaremos pelo primeiro volante:Miguel Veloso vem sendo o titular, mas o jovem destaque do Sporting William Carvalho vem jogando bem e pode surpreender e tomar o seu lugar. Quem poderia ir, mas ficou de forafoi o brasileiro Fernando, do Porto, que tentou se naturalizar português, mas viu seu pedido negado pela FIFA.
           
Mais à frente pela direita, João Moutinho, meia de muita técnica que detém grande visão de jogo e tem perfil organizador, além de Raul Meireles pela esquerda, que tem bom poder de marcação e chega ao ataque com desenvoltura. O meio é por vezes questionado pela falta de criatividade e é esse um dos grandes problemas da seleção portuguesa. Muito se falou da ausência de Tiago, que teve destaque recente atuando pelo Atlético de Madrid, mas o experiente meio-campista já havia pedido dispensa da seleção em 2011.
           
No ataque, Cristiano Ronaldo e Nani são os titulares pelas pontas. Os dois até trocam de posição, mas, originalmente, o camisa 7 atua pela esquerda, embora também busque a diagonal, enquanto o winger do Manchester United joga mais pela direita.   
            
Hélder Postiga, Hugo Almeida e Éder concorrem pela camisa 9 e,a princípio, o primeiro será o escolhido de Paulo Bento. Essa posição requer extremo cuidado na análise. Nenhum dos centroavantes portugueses é um artilheiro nato (bem longe disso). A tarefa de marcar gols cabe aqui a Cristiano Ronaldo. Logo, o centroavante a ser escolhido precisa saber abrir espaço para o craque luso, além de prender a bola esperando a chegada de mais jogadores, ser referência na bola longa, etc. Isso fica evidente olhando os números do ataque luso nas eliminatórias quando Cristiano Ronaldo foi o artilheiro com 8 gols, dois a mais que Hélder Postiga, e muito mais decisivo que o companheiro.

O 4-3-3 português





ESTRATÉGIA

Uma das jogadas mais trabalhadas pelos lusos é a combinação entre lateral e ponta, buscando o cruzamento na área. Do lado direito, a dupla João Pereira-Nanie, do lado esquerdo, o duo Fábio Coentrão-Cristiano Ronaldo.
           
 A bola parada também é outra arma importante dos portugueses. João Moutinho e Miguel Veloso são os responsáveis pelas cobranças de faltas e escanteios visando principalmente Bruno Alves (4 gols nas eliminatórias) e Hélder Postiga. Saíram gols dessa forma nos confrontos contra Israel (duas vezes), Rússia, Irlanda do Norte (duas vezes) e Suécia.
            
Em alguns momentos de diversos jogos, Cristiano Ronaldo ocupou a posição central no ataque, deixando o centroavante de origem no lado esquerdo. A mudança deixa o ágil e artilheiro CR7 ainda mais perto do gol, um perigo para o time adversário.


Marcação
            
A seleção ora pressiona a marcação no campo de ataque, ora recua os jogadores pra dentro do campo de defesa, atrás da linha da bola, estratégia que favorece a tomada de contra-ataque. O ponto mais fraco do sistema defensivo português é o lateral João Pereira, que deixa espaços às costas e é pouco combativo.







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Por Pedro Ramos (@pedrohnramos)