A histórica classificação da Grécia nos mostrou a história mais dramática da Copa. O gol de Samaras aos 48 do segundo tempo mostrou a força do imponderável que só o futebol tem. Persistência e disposição foram outros fatores que carregaram a Grécia até a vaga, com um pouco de sorte, claro.
Lamouchi mexeu novamente no time, promovendo as entradas de Drogba e Kolo Touré. Trazendo experiência ao time, no jogo decisivo. Porém, insistiu no erro de ter Yaya Touré como meia de seu 4-2-3-1. Yaya Touré se transformou no monstro que é jogando como segundo volante no City, sendo o homem da transição. Transição essa que a seleção marfinense não teve.
Os gregos vieram por uma bola, sem Katsouranis, Fernando Santos trocou o 4-1-4-1 por um 4-2-3-1. Esquema esse que teve Samaras, ponteiro, na referência. E longe do gol, o que indicava o estilo de jogo grego: por uma bola. Como na puxada de Samaras que achou Holebas na diagonal para balançar a trave marfinense.
Ironicamente, o responsável pela saída de bola, no lugar de Yaya Touré, foi decisivo no gol grego. Tioté errou na saída de bola, Samaris tabelou com Samaras e abriu o placar.
O jogo pelos lados foi a tônica no primeiro tempo. Os pontas marfinense foram pouco participativos. |
Tioté sentiu o gol e passou insegurança, o abafa que tinha que ser marfinense, foi grego no segundo tempo. Aproveitando erros de saída de bola, a Grécia levou perigo algumas vezes. Tioté deu lugar a Bony, Yaya Touré veio jogar atrás do trio de armadores e Bony como meia. A Costa do Marfim funcionou. Kalou achou Gervinho que entrou na diagonal para servir Bonny para empatar.
A Grécia que já havia sofrido com duas alterações por lesão no primeiro tempo, perdendo o goleiro Karnezis e o meia Kone, responsável pela transição, mexeu pela primeira vez por vontade de seu técnico. Gekas ganhou a vaga de Karagounis. E a Grécia se mandou ao ataque.
Lamouchi recuou o time, Sio e Diamandé entraram nas vagas de Drogba e Gervinho. A Grécia buscou o jogo pelos lados, Maniatis descolou um bolão para Salpingidis em meio a uma defesa espaçada e o atacante bateu pra fora. Mas, quando Holebas chegou ao fundo contrario, o cruzamento que iria encontrar Samaras contou com o pisão de Sio. Pênalti claro e bem batido por Samaras para classificar os gregos.
No fim, a Grécia se mandou ao campo de ataque e foi premiada. |
Gregos, que jogaram com a Costa Rica nas oitavas de final da Copa do Mundo. O confronto mais inimaginável do Mundial reforça e mostra a força do imponderável dentro de campo.
Por Rai Monteiro (@_RaiMonteiro)