domingo, 15 de junho de 2014

Suíça 2 x 1 Equador - O prêmio agônico ao time que mais buscou o gol adversário

Coube a Equador e Suíça protagonizarem o primeiro jogo modorrento dessa Copa do Mundo. Por fim, em uma desenlace eletrizante, contrastando com o que o foi o restante do cotejo, a Suíça encontrou a vitória de maneira agônica. No começo do jogo vimos a um Equador que pressionava a saída de bola com suas duas linhas de quatro homens bem adiantadas. No 4-4-1-1, o esquema fetiche do futebol equatoriano desde a década passada, el Tri apostava na subida pelos flancos com os ponteiros Antônio Valencia e Jefferson Montero.

A Suíça, compacta e bem postada pelo laureado Ottmar Hitzfeld no 4-2-3-1, demorou para entrar no jogo, graças a lentidão da transição de ataque com os volantes Inler e Behrami abusando do erro de passe. Em uma das suas jogadas prediletas, a bola parada, a seleção tricolor encontrou o seu gol. A falta foi originaria em uma jogada individual de Jefferson Montero, que ao lado de Enner Valencia, foi o grande destaque equatoriano.A vantagem equatoriana eclipsava a uma Suíça, que apesar do maior volume do jogo, carecia de criatividade da sua trica de armadores - Stocker, Shaka e Shaqiri.


No segundo tempo, Ottmar Hitzfeld fez uma mudança estrutural, posicionando Shaqiri, que antes atuava pelo flanco direito, bem contolado por Walter Ayovi, para a posição central da linha de armadores. No intervalo, Mehmedi ingressou no lugar de Stocker pelo flanco esquerdo do ataque sob a custodia de Juan Carlos Paredes, o lateral esquatoriano. Coube a ele anotar o empate, de cabeça, após cobrança de escanteio, onde Carlos Gruezo desnudou a problemática marcação equatoriana.

O Equador, apesar do empate, não mudaria a sua estratégia, entregando a posse para os suíços, esperando pelos lampejos de Antônio Valencia - de tarde apagada - Jefferson Montero, Felipe Caicedo e Enner Valencia. A Suíça acariciava a vitória com Shaqiri insinuante, cada vez mais desequilibrante sob a marcação dos volantes Gruezo e Noboa. Hitzfeld ainda trocaria o seu centroavante: saia o apagado Drmic para dar lugar a Seferovic. Reinaldo Rueda também mexia a suas peças com a entrada de Michael Arroyo e Joao Rojas nos lugares de Caicedo e Montero, sem mudar a estrutura tática.


Eis que aos 47 minutos, Antônio Valencia foi ao fundo para servir Arroyo. Behrami, preciso, salvou o gol equatoriano com um desarme de cinema. Mais do que isso, saiu com a bola dominada para um contra-ataque letal. Ricardo Rodriguez, de ótima atuação marcando o ponteiro do Manchester United, foi a linha de fundo, encontrando Seferovic entre Guagua e Erazo, para anotar o gol agônico. Vitória fundamental e merecida, ao time que apesar da irregular atuação, foi quem mais buscou o gol adversário.


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Por Felipe Bigliazzi (@felipebigliazzi)