Assim
como foram as outras três partidas do Atlético-PR com o comando de Leandro
Ávila –técnico interino do clube-, o esquema tático inicial da equipe não foi
mesmo que terminou o jogo. Contra o Figueirense, o Furacão começou no 4-3-1-2 e
terminou no 4-2-3-1. Já o time catarinense, assim como o seu adversário na
partida, também alterou do 4-3-1-2 para o 4-2-3-1, mas cada equipe modificou o
esquema por diferentes motivos.
No
Orlando Scarpelli, os dois times começaram no 4-3-1-2 e distribuídos das
seguintes maneiras:
Atlético-PR
e Figueirense no 4-3-1-2.
Apesar de ser o visitante da partida, o Furacão foi quem iniciou mais
presente no seu campo ofensivo. No começo da partida, os comandados de Leandro
Ávila realizaram marcação pressão na saída de jogo adversária, troca rápida de
ação de jogo, transições rápidas de jogo, atacavam com alternância dos laterais
e, por fim, o seu meio de campo se defendia em losango e atacava em quadrado. Ao
iniciar a partida com tanta velocidade e ímpeto, o Atlético-PR realizou 5 das 7
finalizações do primeiro tempo em 20 minutos. Era pressão rubro-negra.
Flagrante
do Atlético-PR atacando no 4-2-2-2 e tendo somente um dos laterais em campo
ofensivo (Reprodução: PFC).
Já o
Figueirense, que havia começado acuado a partida, depois dos 20 minutos, entrou
no jogo. Antes desse período, a equipe catarinense buscava a compactação com um
pouco mais do que o terço central do campo (ou seja, bem espaçada), a linha
defensiva atuava com recuo de um dos zagueiros em ações defensivas, os
atacantes não compactavam com a equipe em situação defensiva e, por fim, as
transições ataque-defesa e defesa-ataque estavam lentas.
Após o vigésimo
minuto de jogo, os dois atacantes do time alvinegro passaram a compactar com a
equipe em ação defensiva e os contra-ataques passaram a ser utilizados. Já que
Deivid e Otávio subiam junto com a sua equipe em situação ofensiva, e deixavam
um grande espaço entre a linha defensiva e a do meio de campo. Espaço este que
Ricardo Bueno –que e a partir dos 32’ do primeiro tempo, foi Dudu- e Everaldo
passaram a ocupar no início da transição defesa-ataque da sua equipe.
Representação
do espaço utilizado pelos atacantes do Figueirense no início da transição
defesa-ataque da sua equipe.
Com
a melhora no posicionamento defensivo e com duas substituições realizadas
devido às lesões de seus atletas, o time catarinense passou a ameaçar mais a
meta de Weverton. Porém foi o Atlético-PR que abriu o placar, aos 47 do
primeiro tempo. Lance do qual o sistema defensivo catarinense falhou. Veja no
flagrante, os momentos das falhas:
A
mudança de losango para quadrado do meio de campo do Atlético-PR fez com que
nem Marco Antônio e nem Nem acompanhassem ou Marcos Guilherme ou Bady e, assim,
deixando França sem saber quem marcar; além disso, Leandro Silva não balançou
defensivamente para auxiliar os seus zagueiros e, deste modo, deixou os dois zagueiros
contra os dois atacantes do Furacão. Com esta igualdade numérica na última
linha defensiva, nenhum dos dois zagueiros sabiam quem marcar quando os
atacantes do Atlético-PR se projetavam à frente (Reprodução: PFC).
No
intervalo do jogo, Leandro Ávila colocou Nathan no lugar de Bady. Esta
alteração fez o Atlético-PR alterar do 4-3-1-2 para o 4-2-3-1. Já que o
Figueirense só atacava com dois atacantes, dois meias e um lateral por vez.
Deste modo, atuar com 2 volantes já bastava para dar superioridade numérica em
situação defensiva para o Furacão.
Ao
dar mais liberdade para Marcos Guilherme, este meia foi quem passou a iniciar
vários contra-ataques rubro-negros no segundo tempo. Aos 7, Douglas Coutinho
fez o seu segundo gol na partida. Segundo gol de contra-ataque do Atlético-PR.
Agora
com dois gols de desvantagem, Guto Ferreira –técnico do Figueirense- colocou
Jonathan no lugar de França, aos 12 do segundo tempo. Com esta substituição, a
equipe catarinense alterou do 4-3-1-2 para o 4-2-3-1. Entretanto o seu sistema
ofensivo continuava a contar com somente 5 jogadores. Uma das poucas vezes que
um dos volantes do Figueirense subiu ao ataque, o gol do time catarinense saiu.
Gol de Everaldo, aos 28.
Flagrante
do sistema defensivo do Figueirense no 4-3-1-2 no primeiro tempo (Reprodução:
PFC).
Flagrante
das movimentações ofensivas do 4-2-3-1 do Figueirense no momento do seu gol: ao
mesmo tempo que um dos laterais subiu ao ataque, França avançou com a bola e,
assim, causando indecisão defensiva no meio-de-campo do Atlético-PR
(Reprodução: PFC).
Com
o gol sofrido, Leandro Ávila colocou Cléo e Mário Sérgio nos lugares de Éderson
e Sueliton. Através destas substituições, o Furacão renovou o seu fôlego, teve
a coincidência de França ter sentido a falta de ritmo de jogo e, assim, o
Figueirense não mais assustava tanto a meta de Weverton. Porém após um dos
ataques alvinegros na partida, aos 47 do segundo tempo, Douglas Coutinho fez o
seu terceiro gol no jogo e o terceiro de contragolpe do Furacão.
Distribuição
dos jogadores ao fim da partida: ambas as equipes no 4-2-3-1.
Por Caio Gondo (@CaioGondo)