segunda-feira, 2 de junho de 2014

Variações no esquema do Atlético-PR continuam dando certo

Assim como foram as outras três partidas do Atlético-PR com o comando de Leandro Ávila –técnico interino do clube-, o esquema tático inicial da equipe não foi mesmo que terminou o jogo. Contra o Figueirense, o Furacão começou no 4-3-1-2 e terminou no 4-2-3-1. Já o time catarinense, assim como o seu adversário na partida, também alterou do 4-3-1-2 para o 4-2-3-1, mas cada equipe modificou o esquema por diferentes motivos.

No Orlando Scarpelli, os dois times começaram no 4-3-1-2 e distribuídos das seguintes maneiras:

Atlético-PR e Figueirense no 4-3-1-2.

          Apesar de ser o visitante da partida, o Furacão foi quem iniciou mais presente no seu campo ofensivo. No começo da partida, os comandados de Leandro Ávila realizaram marcação pressão na saída de jogo adversária, troca rápida de ação de jogo, transições rápidas de jogo, atacavam com alternância dos laterais e, por fim, o seu meio de campo se defendia em losango e atacava em quadrado. Ao iniciar a partida com tanta velocidade e ímpeto, o Atlético-PR realizou 5 das 7 finalizações do primeiro tempo em 20 minutos. Era pressão rubro-negra.

Flagrante do Atlético-PR atacando no 4-2-2-2 e tendo somente um dos laterais em campo ofensivo (Reprodução: PFC).

Já o Figueirense, que havia começado acuado a partida, depois dos 20 minutos, entrou no jogo. Antes desse período, a equipe catarinense buscava a compactação com um pouco mais do que o terço central do campo (ou seja, bem espaçada), a linha defensiva atuava com recuo de um dos zagueiros em ações defensivas, os atacantes não compactavam com a equipe em situação defensiva e, por fim, as transições ataque-defesa e defesa-ataque estavam lentas.
          
        Após o vigésimo minuto de jogo, os dois atacantes do time alvinegro passaram a compactar com a equipe em ação defensiva e os contra-ataques passaram a ser utilizados. Já que Deivid e Otávio subiam junto com a sua equipe em situação ofensiva, e deixavam um grande espaço entre a linha defensiva e a do meio de campo. Espaço este que Ricardo Bueno –que e a partir dos 32’ do primeiro tempo, foi Dudu- e Everaldo passaram a ocupar no início da transição defesa-ataque da sua equipe.

Representação do espaço utilizado pelos atacantes do Figueirense no início da transição defesa-ataque da sua equipe.

Com a melhora no posicionamento defensivo e com duas substituições realizadas devido às lesões de seus atletas, o time catarinense passou a ameaçar mais a meta de Weverton. Porém foi o Atlético-PR que abriu o placar, aos 47 do primeiro tempo. Lance do qual o sistema defensivo catarinense falhou. Veja no flagrante, os momentos das falhas:

A mudança de losango para quadrado do meio de campo do Atlético-PR fez com que nem Marco Antônio e nem Nem acompanhassem ou Marcos Guilherme ou Bady e, assim, deixando França sem saber quem marcar; além disso, Leandro Silva não balançou defensivamente para auxiliar os seus zagueiros e, deste modo, deixou os dois zagueiros contra os dois atacantes do Furacão. Com esta igualdade numérica na última linha defensiva, nenhum dos dois zagueiros sabiam quem marcar quando os atacantes do Atlético-PR se projetavam à frente (Reprodução: PFC).

No intervalo do jogo, Leandro Ávila colocou Nathan no lugar de Bady. Esta alteração fez o Atlético-PR alterar do 4-3-1-2 para o 4-2-3-1. Já que o Figueirense só atacava com dois atacantes, dois meias e um lateral por vez. Deste modo, atuar com 2 volantes já bastava para dar superioridade numérica em situação defensiva para o Furacão.
Ao dar mais liberdade para Marcos Guilherme, este meia foi quem passou a iniciar vários contra-ataques rubro-negros no segundo tempo. Aos 7, Douglas Coutinho fez o seu segundo gol na partida. Segundo gol de contra-ataque do Atlético-PR.
Agora com dois gols de desvantagem, Guto Ferreira –técnico do Figueirense- colocou Jonathan no lugar de França, aos 12 do segundo tempo. Com esta substituição, a equipe catarinense alterou do 4-3-1-2 para o 4-2-3-1. Entretanto o seu sistema ofensivo continuava a contar com somente 5 jogadores. Uma das poucas vezes que um dos volantes do Figueirense subiu ao ataque, o gol do time catarinense saiu. Gol de Everaldo, aos 28.

Flagrante do sistema defensivo do Figueirense no 4-3-1-2 no primeiro tempo (Reprodução: PFC).

Flagrante das movimentações ofensivas do 4-2-3-1 do Figueirense no momento do seu gol: ao mesmo tempo que um dos laterais subiu ao ataque, França avançou com a bola e, assim, causando indecisão defensiva no meio-de-campo do Atlético-PR (Reprodução: PFC).

Com o gol sofrido, Leandro Ávila colocou Cléo e Mário Sérgio nos lugares de Éderson e Sueliton. Através destas substituições, o Furacão renovou o seu fôlego, teve a coincidência de França ter sentido a falta de ritmo de jogo e, assim, o Figueirense não mais assustava tanto a meta de Weverton. Porém após um dos ataques alvinegros na partida, aos 47 do segundo tempo, Douglas Coutinho fez o seu terceiro gol no jogo e o terceiro de contragolpe do Furacão.

Distribuição dos jogadores ao fim da partida: ambas as equipes no 4-2-3-1.

Por Caio Gondo (@CaioGondo)