A Alemanha explorou então os espaços entre as linhas brasileiras, tocando a bola, trabalhando e se movimentando no 4-3-3 que avançava a marcação em blocos muito altos, principalmente quando a seleção brasileira saia jogando a partir da defesa com a bola no chão, o que era suicídio. Aproveitando-se de falhas onde o sistema tático brasileiro dormiu, o time foi ampliando e decretando a vitória em menos de sete minutos, com direito a recorde batido de Klose, que deu uma aula de como ser um centroavante de verdade, que se movimenta, participa e sabe executar o papel de pivô com qualidade, e estar na área para concluir e pegar rebotes.
Renovar é preciso, mas é preciso ter paciência, principalmente o torcedor, paciência para que um grupo seja formado e caminhe para o sucesso. É necessário mudar o pensamento do futebol brasileiro, menos merchandising e mais tempo para treinar, um calendário mais justo, espaçoso, e trabalhar a base para produzir os melhores jogadores para a seleção, e fazer assim com que clubes tenham menos dividas com contratações absurdas, fazendo assim também com que a seleção tenha atuações de encher os olhos do torcedor, e, com, além de tudo, jogos com mais qualidade dentro do Brasil, os títulos aos clubes podem vir.
A Alemanha, representando a Europa, deu uma verdadeira aula de futebol moderno, dentro e fora de campo, ao Brasil. É necessário que essa aula seja absorvida, e que nos espelhemos neles para evoluirmos.
Por Diogo Ribeiro Martins (@diogorm013)