No Maracanã, o décimo quarto colocado no Brasileirão, o Botafogo
recebeu o vice-líder da Série B, o Ceará. No jogo de ida, pelas oitavas-de-final
da Copa do Brasil, os comandados por Sérgio Soares foram superiores aos
comandados de Vagner Mancini e conseguiram uma ótima vantagem para o jogo de
volta, no Ceará. O placar final foi de 2 a 1 para os cearenses, que se
classificarão para a próxima fase, com qualquer empate, em casa, semana que
vem.
O jogo começou com o Botafogo tentando propor o jogo, com
mais volume de jogo, tentando criar,
porém sem espaços. O Ceará tinha a mesma boa
proposta de jogo, armada pelo próprio Sérgio Soares, diante do Vasco, pela
Série B, que não deu certo. Mas quarta, deu. Defensivo, a equipe cearense,
buscava o contra-golpe.
O Botafogo se organizava no 4-4-2, com blocos médios, que variavam
para blocos altos, com Ramírez (esquerda) e Zeballos (direita), na armação.
Ferreyra e Emerson Sheik na frente, no ataque. Airton e Gabriel eram os
volantes, no entre-linhas e tentavam dar consistência ao meio-campo
botafoguense. A equipe carioca era
lenta, os setores desorganizados, sem condições para criar as jogadas ofensivas
e sem espaços para infiltrar na defesa cearense.
O Vozão veio ao Rio de Janeiro ousado. Armado também no
4-4-2, com blocos médios, que variavam para blocos altos, buscando o
contra-golpe rápido, não foi necessário. O Botafogo era lento, pragmático,
desorganizado, enquanto o Ceará, dominava o jogo. Com Michel e Amaral no meio
campo, na saída de bola, Bill e Robinho na frente no ataque e Eduardo e Souza
na armação das jogadas ofensivas.Com os setores compactos, 02 linhas de 4,
fechadinho, sem dar espaços para o Botafogo criar, marcando pressão, com
rapidez e velocidade na ação das jogada ofensivas. Com os avanços de Samuel,
pelo lado direto e Helder Santos pelo lado esquerdo (onde originaram os dois
gols), o Ceará aproveitava as jogadas na fundo, diante de um sistema defensivo botafoguense
totalmente apático.
Em uma das boas e consistentes jogadas de linha de fundo,
Helder Santos foi ao fundo e cruzou. Bill tentou, Jefferson espalmou e Eduardo
completou para o gol. 1 a 0. A torcida carioca já vaiava a equipe, enquanto
isso, Vagner Mancini mudou. Tirou Zeballos e colocou Rogério, para tentar
acelerar o jogo. Em vão. Aos 45’ da etapa inicial, a equipe botafoguense não marcou
mais uma subida de Helder Santos, que cruzou rasteiro para Bill, sozinho
entrando pelo flanco direito, só empurrar para o gol. 2 a 0.
O Botafogo era lento, desorganizado, pragmático, diante de
um Ceará veloz, tranquilo, ousado, forte, bem postado, organizado e rápido nas execuções
e criações das jogadas, marcando em cima, sem dar chance e espaço para o
Botafogo criar.
A etapa final começou bem parecida com a primeira etapa.
Bota tentando criar, porém sem espaços, Ceará marcando em cima, bem postado,
organizado, rápido e criando nos contra-ataques, sem dar espaços para a equipe
carioca, que errava muitos passes. Na base do abafa, o Botafogo tentava
diminuir a diferença no placar, em vão. Em um chute de média distância de
Edilson, o Botafogo conseguiu diminuir o placar. O Ceará ainda teve chances de
amplicar, perdendo pênalti mas venceu e conseguiu uma boa vantagem para o jogo
de volta.