terça-feira, 12 de agosto de 2014

Guia tático dos favoritos para a temporada europeia: Premier League

No segundo texto da série de prévias táticas para as ligas europeias mais importantes, a equipe da Prancheta Tática analisa Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham.

Após uma temporada equilibradíssima no futebol inglês, em que Arsenal, Chelsea, Liverpool e Manchester City (campeão), disputaram o título durante quase toda a Premier League, a que se inicia no próximo sábado promete não ser diferente, agora com mais times acenando como possíveis candidatos ao título, como o Manchester United, que chama a atenção na pré-temporada, e o Tottenham, que corre por fora, mas com um elenco talentoso e um novo técnico no comando, também aparece em condições de tentar se equiparar aos gigantes.

Van Gaal e Giggs: nova dupla no comando técnico do Manchester United já dá o que falar na Inglaterra (Manchester United/Facebook)


Arsenal: em busca da consolidação


Apesar do desapontamento de deixar escapar a liderança da Premier League na parte final da última temporada, os Gunners alcançaram um novo patamar no cenário inglês, após muitos anos de decepções. A conquista da FA Cup certamente fez com que a equipe de Arsène Wenger terminasse a temporada em alta, e foi notável que o momentum continua nos primeiros jogos da pré-temporada atual, assim como na vitória convincente sobre o Manchester City, por 3 a 0, que lhes rendeu a Community Shield.

A equipe de Londres se dispôs a contratar bastante esse ano, sendo o principal reforço o chileno Alexis Sánchez, que sai do Barcelona para ser o protagonista do Arsenal. Outras aquisições notáveis incluem o goleiro Ospina, o zagueiro/lateral Chambers, o lateral Debuchy e a volta de empréstimo de uma das revelações da Copa do Mundo, Joel Campbell. O clube ainda busca por um meio-campista. Deixaram o clube Sagna e Vermaelen, porém a defesa foi bem reforçada e não perde qualidade.

Flagrante tático do 4-2-3-1 do Arsenal no Community Shield, contra o Manchester City (Reprodução: BeIN Sports)

Em relação à estratégia de jogo, não há muitas novidades, e é provável que o 4-2-3-1 já visto no ano passado permaneça. A defesa se posiciona em bloco médio e, na organização defensiva, procura-se exercer pressão intensa na saída adversária. Ofensivamente, a equipe busca as transições rápidas em contra-ataque, a penetração rápida, e em alguns momentos o jogo direto a partir de bolas longas. O jogo veloz é perfeito para a velocidade e explosão de Ramsey, assim como os passes rápidos de Wilshere nas transições e a agressividade de Alexis. Arsène pode apresentar a variação ao 4-1-4-1, invertendo o triângulo no meio-campo, como já o fez em alguns jogos do ano passado e até mesmo em boa parte do jogo contra o City, no último domingo

As duas principais formações do Arsenal para a temporada: O 4-2-3-1 (esquerda) e o 4-1-4-1, e as prováveis escalações a serem usadas.

Esse cenário favorável faz com que o Arsenal já seja visto como potencial candidato a títulos nacionais, e uma vaga direta na Champions League parece bem possível. Arsène possui muitos jogadores em pleno desenvolvimento e o Arsenal pode dessa forma conquistar novamente seu lugar entre os grandes da Europa nos próximos anos.


Chelsea: perseguindo o domínio doméstico e continental


A temporada 2013-2014 foi decepcionante para a equipe do Chelsea. Na UEFA Champions League, a equipe acabou sendo eliminada em seu próprio estádio pelo Atlético de Madri nas semifinais e no Campeonato Inglês a equipe acabou perdendo alguns pontos bobos, acabando assim na terceira posição, quatro pontos atrás do campeão City.

Para essa temporada, a equipe sofreu algumas perdas, porém, nenhuma de grande relevância, com exceção a saída do ídolo Frank Lampard, que não teve o seu contrato renovado. Outros jogadores que também saíram foram o lateral Ashley Cole, que assim como Lampard não teve o contrato renovado, o atacante Eto’o e o goleiro Hilário, também dispensados, além do atacante Demba Ba, que foi vendido ao Besiktas. Para se reforçar, a equipe foi até Madri e trouxe o lateral Filipe Luís e o atacante Diego Costa, ambos jogadores do Atlético, além de ter também o retorno do goleiro belga Courtois, que estava emprestado. De Barcelona a equipe trouxe o meio campo Fábregas. Houve ainda a volta de um ídolo: Didier Drogba, que estava no Galatasaray.

Taticamente a equipe não deverá alterar sua estrutura e modelo de jogo, mantendo-se no 4-2-3-1, com variações para o 4-1-4-1 em fase ofensiva, baseando seu jogo na veloz transição defesa-ataque, uma vez que o time se sente mais confortável atuando dessa maneira. Defensivamente o 4-4-2 em linhas, que se forma com o recuo dos wingers à linha dos volantes, deverá ser o esquema base, embora a equipe também varie para o 4-1-4-1 em determinados momentos, quando em fase defensiva, com a equipe marcando por zona, realizando pressão em bloco médio-alto.

Se taticamente a equipe não deverá alterar a sua estrutura e o seu modelo de jogo, algumas das peças do 11 ideal deverão ser alteradas. Se na linha defensiva, o quarteto Azpilicueta, Cahill, Terry e Filipe Luís deverão ser titulares absolutos, no meio de campo a disputa promete ser quente. Enquanto Matic deverá ser o titular como “primeiro volante”, aquele cara mais recuado que protege a zaga e geralmente inicia a construção das jogadas ofensivas da equipe, com Van Ginkel e Obi Mikel como seus reservas, a briga pela vaga de segundo volante deverá ser acirrada. Ramires e Fábregas fazem um confronto de opostos, com ambos realizando muito bem a função dentro das suas características. Ramires é um cara que conduz mais a bola, já Fábregas é um legítimo representante do tiki-taka da escola Barcelona, com uma grande capacidade de distribuição de jogo.

Na linha dos 3 meias do 4-2-3-1, a vaga de homem aberto pela esquerda já tem dono, com Hazard tomando conta da posição, porém, as outras duas vagas restantes estão totalmente abertas. Oscar, William, Salah, Moses e Schürrle brigam pelas vagas de homem aberto pela direita e homem centralizado. Já a vaga de homem mais avançado da equipe, pelo menos por hora, deverá ser ocupada por Diego Costa, com Drogba e Fernando Torres fazendo sombra ao mesmo.

O 4-2-3-1 do Chelsea de Mourinho, que conta com várias opções para armar a sua equipe do meio pra frente.

A equipe de Londres novamente vem forte. O time não perdeu tanta qualidade com as suas transferências e contratou bem, de modo que trouxe ótimos reforços para os dois setores que mais causaram problemas na temporada passada: a lateral esquerda e o posto de homem mais avançado, coincidentemente ambos reforçados por jogadores do Atlético de Madri. Chegar na final da Champions, e possivelmente levar o título, é a meta, qualquer resultado abaixo disso poderá ser considerado um fracasso para a equipe de José Mourinho.


Liverpool: camisa pesada sedenta de títulos


Sai o craque, chega um time todo. Assim pode ser resumido o promissor Liverpool da temporada 2014-15. Num processo semelhante ao que aconteceu com o Tottenham na última temporada, o clube perdeu o seu principal craque, o uruguaio Suárez, mas usou o alto valor pago pelo Barcelona (cerca de 80 milhões de Euros) para contratar muitos jogadores. Chegaram o lateral-direito Manquillo, o lateral-esquerdo Alberto Moreno, o volante Emre Can e o meia Markovic, além do “pacote” do Southampton, que cedeu o zagueiro Lovren, o meia Lallana e o atacante Rickie Lambert. Ainda há especulações em relação à vinda de mais um atacante – possivelmente Samuel Eto´o – até o final da janela de transferências. Tudo isso faz com que o Liverpool se credencie como um dos postulantes ao título da Premier League (12-1 na casa de apostas), já que, além dos muitos reforços, a base da temporada passada, em que o time fez mais de 100 gols e conseguiu 11 vitórias consecutivas na reta final da liga, foi mantida.

Na pré-temporada, o Liverpool conseguiu vitórias importantes contra Milan e Borussia Dormund (4 a 0 no Anfield Road). O técnico Brendan Rodgers testou vários jogadores diferentes, então ainda não há certeza em relação a algumas posições.  A principal dúvida é quem será o meia-direita e sobre o comando de ataque, onde Lambert e Sturridge disputam um lugar no time. Os dois podem eventualmente jogar juntos, mas isso mudaria um pouco o jeito de jogar da equipe. A única coisa certa é que o brasileiro Lucas Leiva deve ter cada vez menos espaço na equipe – ele foi pouco utilizado durante o período de preparação e pode estar indo para o Napoli, segundo os jornais ingleses. Na direita também pode surgir Ibe, de apenas 18 anos, um jogador rápido e driblador da base dos Reds que se destacou durante a preparação do time.

Esta é uma provável do Liverpool, que sempre atuou durante a pré-temporada no 4-2-3-1, posicionando-se em caixa alta e fazendo a marcação-pressão na saída de bola do adversário.

Lovren faz com que a equipe fique bem mais rápida no setor defensivo. A principal marca do time é a constante troca de posições entre os 4 homens de frente, todos de velocidade. O deslocamento do centroavante de referência para a ponta-direita, com o ingresso de Philippe Coutinho fazendo a vertical e tornando-se um falso-9, também foi muito testada durante a preparação e bagunçou o sistema defensivo adversário nos amistosos contra Manchester United e Borussia Dortmund.


Manchester City: almejando a afirmação continental


A temporada passada não foi totalmente boa para o City. Embora tenha levado o título do Campeonato Inglês, a equipe não conseguiu realizar o sonho de chegar à final da UEFA Champions League, caindo nas oitavas de final para o Barcelona.

O time perdeu poucos jogadores nessa janela de transferências, com nenhuma dessas perdas sendo significativas. Saíram o zagueiro Lescott, o goleiro Pantilimon e o meia Barry, que não tiveram contrato renovado, para West Bromwich, Sunderland e Everton respectivamente, além do meia Rodwell, vendido para o Sunderland. A equipe se reforçou pouco também, com nenhuma contratação que viesse a aumentar a qualidade do 11 inicial, contratando somente de forma a melhorar o elenco. Chegaram à equipe o volante Fernando, vindo do Porto, Sagna, lateral direito que veio do Arsenal e irá brigar com Zabaleta pela vaga de titular, Caballero, goleiro que era do Málaga, e Zuculini, jovem meio campista que veio do Racing, além de Frank Lampard, que veio por empréstimo e ficará na equipe até março do próximo ano.

Taticamente, Pellegrini deverá manter o seu 4-4-1-1, apostando no controle da posse de bola e na intensidade da movimentação do seu setor ofensivo. Defensivamente a equipe deve manter a sua estrutura tática, o 4-4-1-1, mantendo também a sua marcação por zona e a marcação pressão em bloco médio-alto.

Assim como taticamente, o time titular da equipe, responsável por executar inicialmente o esquema e a proposta de jogo, não deverá sofrer grandes alterações em relação a temporada passada. No gol a disputa entre Joe Hart e Willy Caballero deverá ser boa pois ambos são bons goleiros e tem condições de ser titular, embora Hart leve ligeira vantagem sobre o seu concorrente por conta das suas boas apresentações na última temporada. As laterais são o maior ponto de dúvida para o treinador, com Sagna e Zabaleta brigando por vaga na lateral direita e Clichy e Kolarov brigando por vaga no lado oposto. Na zaga Kompany é titular absoluto, com a outra vaga sendo provavelmente ocupada pelo recém contratado Mangala, formando assim uma dupla que unirá velocidade, força e técnica, deixando Demichelis e Nastasic como opções.

A dupla de volantes deverá ser mantida, com Fernandinho e Yaya Touré. Ambos formaram ótima dupla na temporada passada mostrando força na marcação e boa chegada ao ataque. Fernando e Lampard deverão ser os reservas imediatos da dupla. David Silva e Jesús Navas, os dois meias abertos pelos lados, também deverão ser mantidos, com Silva constantemente vindo por dentro para armar e Navas atuando mais como ponta, ora chegando a linha de fundo, ora entrando em diagonal para concluir. Nasri também surge como opção, porém, a irregularidade do meia o atrapalha nessa briga pela titularidade. No ataque o único jogador que pode ser dado como titular é Agüero, que normalmente atua como um segundo atacante, com liberdade total de movimentação. Sendo assim a outra vaga, de homem mais avançado do ataque, está em aberto e conta com jogadores de diferentes características brigando por ela. Negredo e Dzeko são jogadores que tem boa mobilidade mas atuam um pouco mais fixos. Já Jovetic surge como uma opção para dar mais movimentação ao setor ofensivo, caindo pelos lados e também chegando no centro para concluir.

Provável equipe base do City na temporada. Se for confirmada a contratação de Mangala, o mesmo provavelmente se tornará titular ao lado de Kompany

O City novamente surge como candidato a levar o título do Campeonato Inglês. Porém, as ambições da equipe há algum tempo já não se restringem somente ao território inglês, com a mesma ambicionando, dessa vez, conseguir no mínimo chegar às semifinais da Champions, ambição mais do que possível por conta do bom elenco que a equipe possui.


Manchester United: novo comando em busca da recuperação


Nesta temporada, o Manchester United não disputará competições europeias, mas na pré-temporada, já se pôde observar organização tática muito superior em relação a da equipe sob o comando de David Moyes. Louis van Gaal vem montando o time com a mesma estrutura tática da Holanda na Copa do Mundo, só que com algumas diferenças na característica. O time holandês tinha proposta mais reativa, contragolpista, marcava com as linhas mais acuadas, em bloco médio/baixo, fazendo encaixes com perseguições longas no campo todo e apostava demasiadamente na ligação direta e nas transições longas procurando Robben por dentro e por fora e as infiltrações de van Persie entre os dois zagueiros. O Manchester United mostra mais fluidez de jogo, mais vocação para trocar passes e propor o jogo, além de linhas mais adiantadas quando perde a bola.

Defensivamente, a equipe vem exercendo marcação com pressão avançada, linha defensiva alta na intermediária, encaixes individuais por setor, compactação curta entre os três setores (muito próximos entre si), bloqueando a transição defesa-ataque adversária pelo chão e obrigando-o a usar dos lançamentos longos (contra os quais a defesa do United faz a linha de impedimento). O uso da linha de cinco atrás permite que um dos membros dessa linha defensiva saia para caças individuais ou para adiantar combate sem precisar de grandes compensações espaciais, de modo a "deixar" uma linha de 4 atrás quando o zagueiro persegue o atacante em seu recuo para o meio ou quando um dos laterais sobe a pressão (nesse caso, um dos zagueiros se projeta para cobrir suas costas). Na fase de defesa organizada, os Red Devils contam com participação mais direta de 7 jogadores e 3 ficam projetados pra contra-ataque e situações ofensivas. Nos escanteios defensivos, marca individualmente no "bolo" da área, com um jogador marcando a zona na primeira trave e outro protegendo o canto do goleiro na trave oposta a do cruzamento.


Com a bola, o 5-2-1-2/5-2-3 vira um 3-4-1-2, com os avanços de Ashley Young e Valencia, que são responsáveis por dar amplitude ao ataque, principalmente o segundo, que mergulha no corredor direito, chega fácil na linha de fundo e sempre opciona a virada de jogo quando a linha defensiva adversária "encurta" no balanceamento pro lado da bola. Ander Herrera dá o passe curto mais na frente, inicia as jogadas, Mata circula no entre-linhas às costas dos volantes, ocupa espaços, tabela, faz 1-2. Rooney e Welbeck (que deve dar lugar a van Persie) também saem da área pra buscar jogo e aproximar-se dos homens de meio. Talvez com van Persie, tenha-se uma dinâmica diferente, com este mais fixo pro pivô e primeira bola e Rooney se locomovendo por todo o ataque e brigando pela segunda bola. O Manchester United mostra ótimo trabalho da bola, com trocas de passe, triangulações, movimentação, ultrapassagens e busca constante pela formação de linhas de passe próximas ao portador da bola. Um dos poucos problemas da equipe é a saída de bola com os 3 zagueiros, já que os mesmos acabam se complicando um pouco quando apertados diante de um adversário que marca pressão e nega espaços a partir do campo defensivo da equipe de Louis van Gaal.

 Time-base usado por van Gaal na pré-temporada nos Estados Unidos


Tottenham: segunda chance pra um elenco talentoso


Depois de ser considerado uma das maiores decepções da última temporada, o Tottenham parece vir com pretensões bem mais modestas para essa. Sem dinheiro para investir alto como os rivais United, Arsenal e Liverpool, o clube londrino se restringiu a contratações pontuais e de pouco impacto midiático. Chegaram o goleiro Vorm e o lateral-esquerdo Ben Davies, ambos vindos do Swansea, e o zagueiro Eric Dier, promessa inglesa que estava no Sporting Lisboa. O meia Holtby voltou de empréstimo e também deve passar a ser utilizado. Há especulações em torno de uma possível vinda do atacante Memphis Depay, destaque da Copa com a Holanda, que mudaria um pouco o panorama do time.

A principal esperança da equipe está na casamata. Depois de conduzir o Southampton a uma surpreendente campanha, o técnico Maurício Pochettino foi contratado pelos Spurs para tentar fazer mais um time surpreender na liga. A primeira grande aposta do treinador no novo clube deve ser Lamela. O meia, contratado por mais de 30 milhões de Euros na temporada passada, praticamente não jogou, mas ganhou a confiança do comandante e conterrâneo – ambos são argentinos – e se destacou na pré-temporada. Outro destaque é o posicionamento de Townsend. Já que Lennon e Townsend não conseguiram render bem juntos na última temporada, pois ambos preferem atuar pelo lado direito, Pochettino treinou à exaustão o time com os dois jogadores da seleção inglesa juntos, tendo Townsend aberto pelo lado esquerdo.


Eis a base do Tottenham para a temporada. Como a maioria dos jogadores do sistema defensivo não participaram da pré-temporada por terem disputado a Copa do Mundo (dos prováveis titulares, apenas Davies foi aos EUA), não se sabe ao certo como funcionará o sistema de marcação do time no meio-campo, nem quem será o companheiro de Bentaleb – se é que o argelino seguirá tendo cadeira cativa no time. Destaque para as jogadas de lado propostas pelas duplas Walker-Lennon e Davies-Townsend e pelas muitas bolas levantadas para Adebayor, referência da qual o time segue dependente. Se Townsend não mostrar o rendimento esperado, a alternativa é Lamela no meio, com Eriksen sendo deslocado para o lado esquerdo no 4-2-3-1 de Pochettino.

Arsenal: Felipe de Faria
Chelsea e Manchester City: Andrey Hugo
Liverpool e Tottenham: Mateus Kerr
Manchester United: João Elias Cruz
Edição: João Marcos Soares

Papites da equipe da Prancheta Tática para a Premier League:

Andrey Hugo: Manchester United
Caio Gondo: Manchester United
Daniel Barud: Manchester City
Diogo Ribeiro Martins: Liverpool
Felipe de Faria: Manchester United
João Elias Cruz: Manchester United
João Marcos Soares: Liverpool

Veja também: Guia tático dos favoritos para a temporada europeia: Ligue 1