quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Guia tático dos favoritos para a temporada europeia: Bundesliga

O futebol alemão é mais interessante do que nunca, principalmente para os brasileiros. Após o 7x1 e o título da Alemanha na Copa do Mundo do Brasil, que emblematicamente completa um mês hoje, começou-se a levantar muitas questões por aqui com relação à mudança de estilo do futebol alemão e o que poderíamos fazer aqui para que nosso país voltasse a ser protagonista no futebol mundial.

Phillip Lahm, capitão do Bayern e da Alemanha na Copa do Mundo e grande símbolo do novo futebol alemão (Getty Images)

Além da atualização dos técnicos, do investimento na base e do exemplo de gestão, a transformação do futebol alemão deve muito à sua liga. A Bundesliga é um dos maiores exemplos de excelência em ligas nacionais no mundo. Em que pese o abismo econômico do Bayern para com os rivais, a média de público, a qualidade da organização, dos estádios e, principalmente, do espetáculo dentro de campo, servem de exemplo não só para o Brasil, mas para qualquer país que tem no futebol um dos principais prazeres do povo.

Sem mais delongas, vamos para mais uma prévia das ligas europeias, dessa vez com a Bundesliga e seus principais times.


Bayer Leverkusen: juventude na beira e dentro do campo


Após temporada irregular sob o comando de Sami Hyypiä, Rudi Völler resolveu revolucionar as coisas na BayArena. Vem da Áustria o novo comandante do Bayer Leverkusen. Roger Schmidt é alemão, mas só dirigiu times de divisões inferiores do futebol de seu país. Nas últimas duas temporadas foi treinador do Red Bull Salzburg, onde sagrou-se campeão austríaco e chamou a atenção da Europa após boa campanha na Europa League de 2013-14, passando com 100% de aproveitamento da fase de grupos e eliminando o Ajax com sobras na fase de dezesseis avos, caindo apenas para o bom time do Basel, nas oitavas.

Nas partidas da pré-temporada, sobretudo contra o Lokomotiv Moscow e o Southampton, o Leverkusen vem mostrando uma atitude diferente e muito interessante dentro de campo. Schmidt montou um 4-2-3-1 com laterais ofensivos e uma linha de três meias muito insinuante, com Bellarabi pela direita, Son Heung-min pela esquerda e o destaque da pré-temporada, o recém-chegado Çalhanoglu, pelo centro. O turco de nome complicado chega do Hamburgo, onde fez grande temporada passada, apesar da desastrosa campanha de seu time, que fugiu de ser rebaixado pela primeira vez na história apenas nos play-offs.

4-2-3-1 de Schmidt empolga pela agressividade e movimentação dos atacantes

A linha de três meias é de intensa movimentação com Son, Bellarabi e Çalhanoglu trocando de posição a todo o tempo com a posse de bola, o que não prejudica a recomposição, já que, onde quer que estejam, os meias sempre voltam com a linha de três formada para a marcação. Além da troca de posição, há de se destacar também a verticalidade e intensidade com as quais o time ataca, com trocas de passes bem feitas de poucos toques na bola para cada jogador. O drible e a velocidade são utilizados para quebrar a marcação adversária, mas a principal alternativa são os toques rápidos que envolvem o rival e abrem espaço para as infiltrações. Coletividade é a palavra de ordem em Leverkusen.

Duas diferentes composições da linha de três meias na fase defensiva. Dá a medida da movimentação que há entre Son, Çalhanoglu e Bellarabi com a posse de bola, o que não compromete o preenchimento de espaços na recomposição

Outro destaque do novo Leverkusen é o posicionamento sem a bola. A marcação é feita em bloco alto, com o 4-2-3-1 compacto dificultando de todas as formas a saída de bola adversária, inclusive com marcação pressão em momentos oportunos, não só dos jogadores de frente, mas também com a aproximação dos volantes e até dos laterais, em alguns casos. Schmidt já mostra que quer um time leve, veloz e agudo, preterindo laterais de cintura dura como Hilbert e Boenisch por Donati e Wendell, além de firmar o polivalente Gonzalo Castro como volante e revezando os mais pesados Reinartz e Rolfes ao lado dele. A ver quem vai sair do time quando Lars Bender se recuperar de lesão. No ataque, o recém-chegado Drmic tem características parecidas com Kiessling e ambos devem brigar por posição, com o alemão largando na frente.

Lokomotiv Moscow x Leverkusen: agressividade na marcação que ajudou a abrir 2x0 nos primeiros 6 minutos. Lateral Donati faz companhia a Çalhanoglu e Bellarabi para pressionar a saída do Lokomotiv. Roubada de bola do meia turco criou boa situação de ataque

Apesar de empolgar a princípio, o Bayer Leverkusen terá uma temporada difícil pela frente, já que perdeu algumas peças importantes, como Sidney Sam e Emre Cam. O elenco é enxuto e isso pode trazer dificuldades para uma temporada que pode ser cheia, com Bundesliga, Copa da Alemanha e Champions League. A falta de reposição que proporcione uma rotatividade maior do elenco pode prejudicar o time fisicamente em pontos altos da temporada, mas a impressão inicial que o grupo de Roger Schmidt tem causado é muito positiva e, mesmo com um elenco menos forte que Schalke 04 e Borussia Dortmund, podem surpreender e dificultar a vida desses times na caça ao Bayern de Munique, não só pela forma agressiva como devem atuar, mas também por estarem jogando juntos há quase um mês, já que o Leverkusen não teve atletas nas fases finais da Copa do Mundo.


Bayern de Munique: novo esquema tático, mesma filosofia


A Alemanha venceu a Copa do Mundo do Brasil e virou objeto de estudo e admiração ao redor do mundo. Mas o que as seleções campeãs mundiais de 2010 e 2014 têm em comum? Quem acompanha um pouquinho de futebol europeu sabe que a resposta é Pep Guardiola. A seleção espanhola do Mundial da África do Sul tinha como base o Barcelona campeão de tudo, dirigido e montado pelo catalão, não só na escalação dos jogadores mas também na forma de jogo. No Brasil, em 2014, Joachim Löw conduziu a Alemanha ao título com a base do Bayern, aproveitando vários aspectos do estilo de jogo que Guardiola levou para a Bavária. Os méritos do espanhol nesse time alemão não são tão expressivos como em 2010, já que o atual grupo do Bayern não é formado por ele e sim por Louis van Gaal e, depois, Jupp Heynckes. Independente disso é inegável a contribuição de Pep com a Mannschaft.

Costumo dizer que Pep Guardiola não é o melhor treinador do mundo, já que José Mourinho, Carlo Ancelotti, Louis van Gaal e até Jürgen Klopp se destacam mais do que ele, principalmente na variação de estratégias de acordo com o momento e o adversário. Guardiola, no entanto, é o mais revolucionário e o mais estudado ao redor do mundo, além de ser o que vai deixar mais importante legado, pela criação de um sistema de jogo diferente, ainda que influenciado por nomes como Marcelo Bielsa, van Gaal e Johan Cruyff, que deu tão certo no Barcelona e que também vai dar mais frutos ainda no Bayern.

Sobre a temporada que está pra se iniciar na Alemanha, o Bayern surge novamente com muitas expectativas, não pelo estilo de jogo, que não vai mudar, mas pela formação tática. Sem a maioria das suas estrelas, Guardiola trabalhou na pré-temporada em um 3-4-3 diferente (olha aí Cruyff, van Gaal e Bielsa), com laterais fazendo parte da linha de zagueiros e participando muito da transição defesa-ataque, além de qualificar a saída de bola. O sistema de posse e pressão intensa não deve mudar, mas a utilização dos alas serve para que os três atacantes tenham mais liberdade de circulação e troca de posições entre si, sem perder a profundidade pelos lados.

Novo esquema de Guardiola causa expectativa para quando o time estiver completo. Embora pareça ser uma convicção e não uma experiência, há a possibilidade de não vingar e o Bayern voltar para o 4-1-4-1 de 2013-14

No primeiro jogo oficial da temporada, contra o Borussia Dortmund pela Supercopa da Alemanha, o gigante da Bavária não conseguiu sucesso. Muito mais por méritos do rival do que por deméritos próprios. A saída de bola do time de Munique foi danificada pela forte pressão exercida pelo ataque do Borussia, o que comprometeu o jogo de posse de bola e a transição defesa-ataque, ainda com o agravante de os dois volantes serem os jovens Gaudino e Rode, ainda sem a experiência necessária pra enfrentar um jogo intenso contra o Dortmund no Signal Iduna Park.

Borussia Dortmund x Bayern de Munique: baváros em fase defensiva, com uma linha de cinco e outra de quatro bem próximas

O poderoso Bayern entra em mais uma temporada como grande favorito à Bundesliga e como um dos cotados à Champions League. O único fantasma que assombra a torcida bávara é o de quatro temporadas atrás, quando também desgastado pela participação de muitos jogadores na fase final da Copa do Mundo, acabou sendo surpreendido e ficando sem o título nacional, que foi justamente para Dortmund. Agora, com os campeões mundiais Neuer, Boateng, Lahm, Schweinsteiger, Götze e Müller, além de Dante e Robben, que disputaram o terceiro lugar, se juntando ao time apenas no final da pré-temporada e após curtíssimas férias, é possível que a falta de preparo influencie no início e o desgaste físico pese no final. Este é o único cenário pelo qual é possível enxergar um eventual insucesso do Bayern em 2014-15. A rotatividade que Guardiola proporciona ao seu elenco vai ser mais importante do que nunca para minimizar estes efeitos físicos.


Borussia Dortmund: novo teste para a capacidade de superação de Klopp


Nas últimas temporadas alemãs, o único time que tira o sono dos fãs do Bayern de Munique é o Borussia Dortmund. Nas últimas quatro Bundesligas disputadas acirradamente (ou nem tanto) pelos dois times, duas Salvas de Prata foram para Dortmund (2010-11 e 2011-12) e outras duas para a Bavária (2012-13 e 2013-14).

O Borussia Dortmund tem sido o único time que consegue equiparar tecnicamente o futebol na Alemanha com o Bayern, apesar do abismo econômico entre o gigante da Bavária e os concorrentes no futebol doméstico. Este abismo explica o principal problema que o time amarelo enfrenta a cada temporada para tentar se manter na cola do rival: a manutenção do elenco. Ao fim 2010-11, um dos destaques do título, Nuri Sahin, acabou sendo negociado com um gigante europeu, o Real Madrid. Na campanha seguinte, Jürgen Klopp achou Gündogan, que substituiu o turco magistralmente, ajudando na conquista do bicampeonato. O bi fez com que outro gigante, o Manchester United, fosse até Dortmund contratar Shinji Kagawa, talvez o maior destaque dos dois títulos. A aquisição de Marco Reus e o deslocamento de Mario Götze para o centro da última tinha de meio-campo do 4-2-3-1 não deram o tri ao Borussia, mas levaram o time à final da Champions League e ao vice-campeonato alemão. O roteiro se repetiu e Götze, craque do time no ano, foi para o Bayern. Na última temporada, por fim, Marco Reus se firmou como principal referência técnica do elenco e o time conseguiu se manter forte, apesar das muitas lesões, alcançando as quartas da Champions e ficando com mais um vice-campeonato da Bundesliga, mesmo com temporada irregular. Como de costume, um gigante europeu abocanhou mais uma estrela do Borussia. Robert Lewandowski, um dos melhores centroavantes do mundo, o homem de mais de 31 gols por temporada nas últimas três campanhas do time, foi para Munique acompanhar Götze. De graça, ainda por cima. A substituição de um centroavante de tanta qualidade está sendo a tarefa mais difícil entre tantas tarefas difíceis que Klopp sempre teve à frente do Borussia. Tanto que o comandante auri-negro assistiu mais de 70 jogos – equivalente a mais de 105 horas – de Ciro Immobile, atacante italiano contratado para substituir o polonês. Apesar de tanto estudo, a torcida, mal acostumada com Lewandowski, não parece muito empolgada com o novo comandante do ataque do time amarelo, apesar do esforço que o italiano tem demonstrado em campo. A participação do jogador da Azzura na Copa e suas atuações na pré-temporada do Borussia tampouco ajudam a mudar esse cenário.

A introdução maior do que o usual serve para indicar que, apesar das desconfianças, as temporadas anteriores provaram que Jürgen Klopp sabe lidar com as perdas no elenco como poucos. O grande problema é que os rivais do Borussia na caça ao Bayern também evoluíram, com Schalke 04 mantendo o bom time e Bayer Leverkusen apresentando um futebol vistoso na pré-temporada, sob o comando de um técnico jovem e com ideias progressistas para os padrões do futebol alemão, tal qual Klopp quando surgiu. A favor de Dortmund, Schalke e Leverkusen está o fato de o Bayern vir para a temporada mais desgastado do que o normal, com 8 jogadores “titulares” tendo participado da última fase da Copa do Mundo, o que compromete a pré-temporada e pode influenciar mais à frente.

Finalmente com relação ao que mais interessa neste espaço, o Borussia Dortmund não deve apresentar algo muito diferente da história recente. O 4-2-3-1 segue como o esquema base do time de Klopp, com uma variação para o 4-1-4-1 em algumas partidas ou até durante um mesmo jogo. O rendimento de Mkhitaryan vai ser fundamental para a manutenção do 4-2-3-1 ou para a migração de vez para o 4-1-4-1, já que após uma temporada de adaptação cheia de altos e baixos, o jogador precisa se firmar como meia central do esquema de Klopp, que carece da intensidade que seus antecessores, Kagawa e Götze, sempre deram ao meio-campo auri-negro. Na partida da Supercopa da Alemanha foi possível ver essa intensidade por parte do armênio, destaque da vitória. A ver se terá regularidade.

Formação do Borussia Dortmund não deve fugir da variação tradicional de Klopp entre o 4-2-3-1 e o 4-1-4-1

Após temporada irregular devido às constantes mudanças e improvisações causadas pelo grande número de lesões, o sistema defensivo do Borussia precisa voltar ao que era antes, com marcação forte e linhas adiantadas que buscam dificultar a infiltração dos rivais. No amistoso contra o Liverpool, o sistema defensivo do time de Klopp apresentou muitas dificuldades contra o ataque veloz dos ingleses. A facilidade com que Phillippe Coutinho e Sterling infiltraram na defesa auri-negra lembrou muito o jogo de ida contra o Real Madrid, pelas quartas da última Champions, com Cristiano Ronaldo e Bale não tomando conhecimento da defesa do Dortmund e decidindo a peleja já na primeira partida. Para isso, é imprescindível a recuperação de Gündogan e Bender para o meio-campo, além da volta de Subotic para formar a dupla de zaga com Mats Hummels, cheio de moral após ser campeão mundial com a Alemanha e ser apontado como novo capitão do clube. Já na Supercopa, contra o Bayern, o Dortmund apresentou esta intensidade, exercendo marcação pressão no campo do adversário em muitos momentos, inclusive com três jogadores atrapalhando a saída de bola dos zagueiros bávaros.

Liverpool x Dortmund: linhas adiantadas e bom preenchimento de espaços, mas defesa lenta e meio-campo sem intensidade na marcação fizeram do mistão do Borussia presa fácil para o ágil e agressivo ataque do time inglês

Dortmund x Bayern: com postura e atitude bem diferentes do jogo de Liverpool e lembrando os bons tempos, os auri-negros encurralaram o rival e venceram o primeiro título da temporada, com marcação pressão na saída de bola adversária

A tentativa de substituir Lewandowski já foi feita com as contratações de Immobile e Adrian Ramos. A iminente manutenção de Reus e Hummels em Dortmund após muitas especulações também é importante para o projeto da temporada. Se Immobile fizer metade dos gols da média de Lewandowski nas últimas temporadas e o fantasma das lesões abandonar Dortmund, o Borussia não deve ser incomodado por Schalke 04 e Bayer Leverkusen, além de ter a possibilidade de alcançar o Bayern na disputa doméstica e de voltar a fazer uma grande campanha na Champions League.


Schalke 04: carência de títulos pressiona os Azuis Reais


Indo para sua terceira Champions League consecutiva, o Schalke 04 precisa mostrar que há bom futebol na Alemanha fora de Munique e Dortmund. A missão é de Jens Keller, na sua terceira temporada comandando os Azuis Reais.

Apesar da necessidade de mostrar algo mais, o time de Gelsenkirchen não dá sinal de alguma mudança interessante de perspectiva. Nenhuma grande contratação foi anunciada e a principal notícia até aqui é a manutenção do joven Julian Draxler, campeão do mundo pela Alemanha e joia da base do Schalke que tem despertado interesse de clubes da Premier League. As principais aquisições são o atacante camaronês Choupo-Moting, que vem para ser reserva, e o winger alemão Sidney Sam, destaque do Bayer Leverkusen na primeira parte da temporada passada, cuja contratação já havia sido anunciada pelo Schalke em janeiro, embora o jogador tenha ficado em Leverkusen até o final da temporada. Este deve brigar pela vaga na faixa direita do meio-campo, já que o titular Farfán perderá o início da Bundesliga por lesão.

Os reforços não mudam as perspectivas para a Jens Keller armar o time. O 4-4-2 utilizado na última temporada, sobretudo após a recuperação da lesão de Huntelaar, deve ser a base do time novamente, com Kevin-Prince Boateng atuando como atacante de movimentação e ajudando Draxler na criação de jogadas. Durante o período em que Huntelaar esteve indisponível e sem nenhum dos centroavantes do elenco conseguindo substituí-lo à altura, o Schalke atuou em um 4-2-3-1, com Draxler tendo mais liberdade na armação e Boateng sendo o único atacante. Com Boateng como referência o sistema não é uma grande opção, mas com Huntelaar a alternativa é interessante e pode ser utilizada, já que Draxler centralizado, além de ser onde ele se sente mais à vontade, abre espaço para um winger mais agudo, que agrida mais os adversários com jogadas individuais e que chegue mais à linha de fundo, dando maior profundidade ao time.

Boateng como ponta-de-lança ou Draxler de trequartista? Eis a questão que Jens Keller tem de solucionar para encontrar o Schalke ideal

Apesar de o ataque ter algumas opções interessantes, a recomposição defensiva de Jens Keller não é muito animadora. As linhas de marcação, em geral, são próximas, mas muito frouxas no sentido da agressividade. No amistoso contra o Tottenham, por exemplo, os atacantes do time londrino infiltravam com muita facilidade na defesa lenta dos Azuis Reais. Apesar de o Schalke utilizar uma marcação mais avançada, em bloco médio/alto, não há situações de marcação pressão na saída de bola adversária. É uma marcação alta mas inofensiva, que permite ao adversário trocar passes com facilidade até encontrar um espaço para infiltração e, com a linha de defesa que já é lenta e que geralmente se posiciona de forma adiantada, fica mais fácil ainda para o adversário jogar em profundidade.

Tottenham x Schalke 04: marcação alemã em bloco médio/alto, mas pouco agressiva e com linhas fáceis de serem quebradas

O último título do Schalke 04 foi a Copa da Alemanha de 2010-11. Não faz muito tempo, mas se for levado em conta que a última vez que o time venceu a liga alemã foi há quase 60 anos, a carência por títulos da torcida é compreensível. É difícil competir com o Bayern de Munique, dada à disparidade econômica do gigante da Bavária para com os rivais alemães, mas se o Borussia Dortmund conseguiu conquistar a Bundesliga por duas edições consecutivas com um time cheio de jogadores jovens e até então desconhecidos, o Schalke também pode sonhar, já que tem um bom trabalho sendo feito na base com jogadores já firmados no time principal e outros subindo para esta temporada. Pode tentar repetir em 2014 o feito do grande rival Borussia que, há quatro temporadas, aproveitou o desgaste do Bayern, que teve a maioria dos seus jogadores titulares participando de uma Copa do Mundo até a fase final, e abocanhou a Salva de Prata. O roteiro é parecido e a história e a torcida do Schalke merecem mais do que o usual conformismo com uma vaguinha na Champions League.

Por João Marcos Soares (@JoaoMarcos__)

Palpites da equipe da Prancheta Tática para a Bundesliga:

Andrey Hugo: Bayern de Munique
Caio Gondo: Bayern de Munique
Daniel Barud: Bayern de Munique
Diogo Ribeiro Martins: Bayern de Munique
Felipe de Faria: Borussia Dortmund
João Elias Cruz: Bayern de Munique
João Marcos Soares: Bayern de Munique

                          Guia tático dos favoritos para a temporada europeia: Ligue 1