Tottenham no 4-2-3-1 e Liverpool no 4-3-1-2 (Arte: Caio Henrique/A Prancheta Tática) |
Em White Hart
Lane, o Liverpool conseguiu uma convincente vitória em cima do Tottenham. E na
partida, a equipe de Brendan Rodgers mostrou um bom repertório de jogo. Os Reds
mostraram excelente repertório de jogo. Os Reds mostraram excelente compactação
sem a bola, controlaram bem o jogo no meio de campo e venceram o duelo na
eficiência e na velocidade nas ações ofensivas pelo do campo.
Movimentação no
ataque coloca o Liverpool em vantagem
Liverpool e Tottenham vão se demonstrando equipes com
ideologias bastante parecidas nesse início de temporada na Premier League.
Embora atuem em esquemas táticos diferentes, o desenrolar do estilo de jogo é
parecido. Brendan Rodgers e Maurício Pochettino apostam na alta valorização da
posse de bola, num jogo fluído e de velocidade e movimentação no ataque. E foi esse jogo que as duas equipes tentaram imprimir no
primeiro tempo. Os Red’s num 4-3-1-2 e
os Spurs no 4-2-3-1, esquemas que povoam o meio-campo e propiciam intensidade
no toque de bola. Mas o Liverpool saiu vencendo na primeira etapa e abriu o
placar, por conseguir executar com mais eficiência uma das ações mais
importantes do jogo: a movimentação do setor ofensivo.
Henderson, Sturridge e Sterling deixam suas posições naturais para
criar jogada de gol (Arte: Caio Henrique/A Prancheta Tática)
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A equipe de Anfield abriu o placar em uma jogada de trocas
de posição. Sturridge, que atuou na maior parte do jogo mais próximo do gol e
pelo lado esquerdo, apareceu na ponta direita em velocidade e tocou para Henderson.
O volante da camisa 14 infiltrou na área e tocou para Sterling - atuando como “enganche”,
por trás dos atacantes- aparecer dentro da área e marcar ao melhor estilo
camisa 9. Já os Spurs, no primeiro tempo, estiveram muito “engessados” no
ataque e sofreram com a compactação do sistema defensivo dos Reds, que teve Balotelli
e Sterling revezando na recomposição da linha de quatro no meio de campo.
A única boa
oportunidade do Tottenham foi proporcionadas por falha de Lovren e Sakho. No
lance, os dois defensores saltaram juntos na bola e o lance sobrou para Chadli
que acertou belo chute e exigiu grande defesa de Mignolet
Pelos lados, Red’s
garantem o triunfo.
Na segunda etapa o Liverpool trabalhou menos a posse de bola
e passou a atuar de forma mais direta e objetiva, contando com a velocidade e
movimentação de seus jogadores, sobretudo pelos lados e na marcação, continuou
muito bem, fechando todos os espaços de um Tottenham pouquíssimo inspirado.
Gerrard fez o segundo após converter pênalti cometido
por Dier em jogada de Allen pelo lado esquerdo. O terceiro do Liverpool foi um
golaço. Roubada de bola do lateral-esquerdo Alberto Moreno pra cima de Towsend,
que havia acabado de entrar nos Spurs, no lugar o improdutivo Eriksen. Após roubar
a bola, Moreno conseguiu belíssima arrancada, percorreu todo o campo do
adversário e finalizou com perfeição.
Com Markovic em campo, Rodgers varia para o 4-1-4-1 para
segurar o resultado (Arte: Caio Henrique/A Prancheta Tática – Reprodução: ESPN)
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Os treinadores mudaram. Além de Towsend no lugar de Eriksen,
Pochettino promoveu a entrada de Dembele no lugar de Bentaleb. Já Brendan
Rodgers deu mais vitalidade ao meio-campo da equipe, com Can no lugar de Allen
e Markovic no lugar de Balotelli. E as substituições provocaram uma mudança no
esquema do Liverpool. O que com Balotelli era apenas uma variação, com Markovic
virou padrão no Liverpool. O sérvio entrou como winger pela direita, completando
linha de cinco com Henderson, Gerrard, Emre Can e Sterling, fazendo o Liverpool
sair do 4-3-1-2 para o 4-1-4-1, possibilitando compactação ainda maior para
garantir a vitória no White Hart Lane.
Destaques individuais
Moreno: muito bem
na marcação e decisivo no apoio, com o gol da vitória. Conseguiu várias subidas
de perigo ao ataque, possibilitadas pelo jogo coletivo do Liverpool que protege
o meio-campo e explora a velocidade pelas pontas.
Gerrard: impressionou
muito bem, atuando à frente da zaga, o veterano errou poucos passes, acertou
bons lançamentos e principalmente, teve ótimo desempenho defensivo, anulando
Eriksen e Lamela que caíam pela zona central do meio de campo.
Sterling: ligado
o tempo todo, bem na recomposição na defesa e muito rápido para ligar
contra-ataques e construir jogadas para o Liverpool. Marcou o gol que abriu o
caminho da vitória dos Red’s.
Considerações finais
Tottenham é superior na posse de bola, mas Liverpool é
amplamente superior nas chances criadas (Foto: BBC Sports)
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Os números de posse de bola ajudam a explicar o que foi o jogo. O Tottenham teve mais a bola, mas sem movimentação no ataque e com passes pouco produtivos no meio, sucumbiu a eficiência e objetividade do Liverpool, que mesmo com apenas 39% de posse, conseguiu uma ampla vantagem nos chutes a gol.
Por: Caio Henrique (@caiohenrique_af)